Dragon Ball: conheça os filmes live-action não oficiais e as dificuldades para fazer as adaptações da franquia

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Dragon Ball: conheça os filmes live-action não oficiais e as dificuldades para fazer as adaptações da franquia

Por Flávia Pedro

Dragon Ball é uma das franquias mais amadas dos animes e isso normaliza o fato de que estúdios tentam transformar a série em um live-action. Porém, até hoje, não tivemos uma adaptação que agradasse o público e fosse condizente com o sucesso do anime e mangá de Akira Toriyama. Mas afinal, por que é tão difícil adaptar Dragon Ball? E o que os filmes não oficiais fazem corretamente?

As adaptações de animes para live-action estão se popularizando cada vez mais, e a prova disso são as recentes produções de Cowboy Bebop, Os Cavaleiros do Zodíaco e One Piece. Esse novo sucesso entre as adaptações deixou muitos fãs se perguntando se Dragon Ball também receberia uma nova versão, já que Dragon Ball Evolution foi considerado um dos piores filmes de anime de todos os tempos.

Mas você sabia que essa não foi a primeira vez que tentaram adaptar Dragon Ball para live-action? Claro, os outros não são tão populares quanto o filme ocidental, mas são ótimos exemplos que comprovam a dificuldade que existe em adaptar este anime, além dos erros que muitos estúdios cometem.

Os filmes não oficiais de Dragon Ball

Goku e Chi Chi no filme Dragon Ball: Ssawora Son Goku, Igyeora Son Goku

Dois estúdios fizeram filmes não oficiais de Dragon Ball antes do surgimento de Dragon Ball Evolution. O motivo? A possibilidade de lucrar levando em consideração a popularidade da série animada.

O primeiro filme foi produzido em 1990 pelo estúdio coreano Dai Won. O longa foi intitulado de Dragon Ball: Ssawora Son Goku, Igyeora Son Goku e adapta os primeiros arcos do mangá clássico de Dragon Ball.

No ano seguinte, foi a vez de um estúdio taiwanês fazer a sua adaptação. Chamado de Dragon Ball: The Magic Begins, o filme adapta livremente o primeiro arco do mangá original que já havia sido alterado no filme de Dragon Ball: Dragon Ball: Curse of the Blood Rubies. Ambos os longas acabaram não tão conhecidos por aqui, mas eles acertam em alguns pontos da produção.

Os acertos dos filmes não oficiais

Dragon Ball: The Magic Begins

Uma das primeiras coisas que notamos nas adaptações não oficiais é que as pessoas envolvidas nas produções realmente possuem um amor genuíno pelo material original, deixando claro que a equipe por trás dos filmes entendem e amam a história de Dragon Ball desde o seu princípio. Isso é fundamental para que elementos sejam mantidos, mesmo que pareçam descartáveis em uma versão da vida real. 

Isso fica claro quando os filmes precisam fazer alterações em alguns detalhes do mangá. Apesar das alterações realmente serem feitas, elas não parecem deslocadas e não chamam mais atenção que o resto do filme, mostrando que houve o mínimo de coerência na hora da adaptação.

Além disso, como sabem que têm um baixo orçamento, eles selecionam os detalhes principais que precisam ser mantidos e que dão sentido à adaptação em relação à obra original. Muitos personagens ou cenários podem não ser tão fiéis quanto no mangá, mas ainda são reconhecíveis, pois os elementos visuais principais são respeitados e mantidos. Isso significa que, apesar de barato, não temos muita anormalidade porque os estúdios fazem boas escolhas que resultam num filme coeso.

Os erros na maioria das adaptações

Dragon Ball Evolution

Apesar dos acertos, esses filmes não estão imunes aos erros e até repetem alguns que estão presentes nas adaptações mais modernas. Uma das coisas que mais se destacam nesse assunto é o uso de CGI exagerado, indevido ou mal feito por parte dos estúdios. Os dois filmes não oficiais fogem o máximo que podem do CGI, optando mais por efeitos práticos que cabem no seu orçamento. 

Mas isso não dura para sempre. Em 2007, o filme Dragon Ball: The Magic Begins foi relançado como uma Ultimate Edition que adicionou sequências e efeitos CGI ao filme. Como o estúdio não conseguia pagar uma boa equipe de CGI, isso acabou tirando um pouco da imersão do público, coisa que o longa de 1991 conseguia manter. 

Apesar de ter como o exemplo a boa execução de efeitos práticos e a má qualidade do CGI, inúmeras produções e adaptações modernas acabam cometendo os mesmos erros, mesmo que seus antecessores sirvam de exemplo para evitá-los. 

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