Após queda de bilheteria, Disney pode mudar política de distribuição de animações nos cinemas

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Após queda de bilheteria, Disney pode mudar política de distribuição de animações nos cinemas

Por Gabriel Mattos

Bob Iger está cortando um dobrado para reverter todo o dano que seu antecessor causou. Sob a liderança de Bob Chapek, o último ano foi um dos mais fracos para a Disney em seu ramo de animação, com o fracasso de bilheteria de Lightyear e Mundo Estranho. Como uma nova medida de contenção, a Disney pode mudar a sua política de distribuição das animações nos cinemas já este ano.

De acordo com o The Hollywood Reporter, a Disney está considerando estender o tempo que suas animações passam em exibição exclusiva nos cinemas antes de ser disponibilizada em seu serviço de streaming: o Disney+. A medida começaria a valer em Elemental, o próximo projeto da Pixar que tem previsão de lançamento para junho, e também se estenderia para Wish, que estreia em novembro.

O estúdio acredita que a pandemia mudou a mentalidade de seus consumidores, causando “confusão no mercado”. Com os cinemas fechados e muitos projetos migrando para uma distribuição híbrida ou exclusiva no streaming, a concepção é que as famílias “foram treinadas durante a pandemia a simplesmente esperar os filmes animados saírem no Disney+”. Este foi o caso de Raya e o Último Dragão, Luca, Red — Crescer é uma Fera e outros projetos chave.

Elemental deve ser o primeiro filme a adotar a nova política (C. Disney)

Essa possível mentalidade pode justificar a queda brutal de bilheteria dos lançamentos do último ano, o primeiro “pós-pandemia”. Lightyear, derivado da lucrativa franquia Toy Story, rendeu míseros 226 milhões de dólares, que mal conseguem pagar seu orçamento de U$ 200 milhões. Mundo Estranho não conseguiu sequer realizar essa proeza, gerando um prejuízo para o estúdio. Ambos chegaram ao streaming cerca de um mês após sua estreia.

Na última semana, Iger anunciou a primeira grande medida que busca reverter esse prejuízo milionário. A Disney vai produzir sequências de franquias conhecidas por ultrapassar U$ 1 bilhão de bilheteria — Frozen 3, Zootopia 2 e Toy Story 5. Esta mudança rápida de paradigma quanto a suas políticas nos cinemas pode ser uma preparação para garantir que esses futuros projetos alcancem sua ambiciosa meta, restaurando a reputação de excelência das animações da Disney.

O que você acha da decisão? Você também espera para ver os filmes direto no streaming? Não deixe de comentar!

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