Disney é criticada por cancelar encontro com vítimas de genocídio na China após polêmica de Mulan
Disney é criticada por cancelar encontro com vítimas de genocídio na China após polêmica de Mulan
A empresa recebeu críticas por não ter realizado o encontro
Após controvérsias envolvendo o lançamento do live-action de Mulan (2020), legisladores dos Estados Unidos criticaram a Disney e Bob Iger, o CEO da empresa, por terem cancelado um encontro com vítimas de genocídio na China. A polêmica diz respeito à decisão do estúdio de incluir no filme agradecimentos especiais a autoridades chinesas da região de Xinjiang, local onde ocorreram gravações parciais, que são acusadas de cometerem genocídio.
As críticas foram publicadas em uma carta, que foi compartilhada nas redes sociais (via The Select Committee on the CCP), assinada por Mike Gallagher e Jim Banks, membros da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. A declaração se dirige ao CEO da Disney, relembrando a decisão do estúdio de realizar filmagens em Xinjiang e criticando a ausência de um pedido de desculpas pela decisão.
Além disso, a carta também menciona o cancelamento dos encontros com as vítimas, e a publicação no Twitter aponta que os legisladores se uniram para questionar Bob Iger depois do ocorrido.
“A Disney nunca se desculpou por fazer parceria e elogiar as agências do Partido Comunista Chinês ativamente envolvidas no genocídio.”
https://twitter.com/committeeonccp/status/1656738842898989068?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1656738842898989068%7Ctwgr%5E2c3ef1e0b7276997a32fb020ac10c634317ecb37%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.cbr.com%2Fdisney-china-genocide-victims-cancelled-meeting%2F
O documento também dá mais detalhes sobre a polêmica. De acordo com os legisladores, pouco depois do lançamento de Mulan, grupos entraram em contato com a Disney para solicitar uma reunião com os executivos e as famílias das vítimas do genocídio. Contudo, não foi isso que aconteceu:
“Nosso entendimento é que os representantes da Disney, inicialmente, concordaram com um encontro agendado em sigilo. Os grupos de defesa estavam esperançosos com a oportunidade de corrigir a aparente indiferença da empresa em relação ao genocídio Uyghur… Mas depois de concordar com a reunião, os representantes da Disney, de repente, interromperam a comunicação e ignoraram os desejos dos grupos.”
Lançado em 2020, o live-action de Mulan acabou se envolvendo em uma série de polêmicas na época por ter dado créditos a uma agência supervisora de Xinjiang que estaria associada a tentativas do governo chinês de camuflar genocídios.
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