David Zaslav, CEO da Warner, diz que cancelar filmes como Batgirl foi um ato de coragem
David Zaslav, CEO da Warner, diz que cancelar filmes como Batgirl foi um ato de coragem
CEO da Warner/Discovery insiste que foi uma ótima ideia engavetar projetos para não pagar impostos…
Desde que a Warner Bros. se fundiu com a Discovery e David Zaslav assumiu controle da companhia, temos visto uma série de mudanças bruscas e surpreendentes no estúdio. Além de reformulações para o HBO Max – ou, como já é conhecido atualmente nos EUA, apenas MAX -, a empresa tomou decisões questionáveis e controversas ao cancelar filmes apenas para não ter que pagar impostos à receita norte-americana.
Esse foi o caso de Batgirl, longa que faria parte do Universo Estendido da DC Comics e que traria Leslie Grace no papel de Barbara Gordon. O filme daria continuidade aos eventos de The Flash, com Michael Keaton tomando para si o papel de Batman. No entanto, o projeto foi cancelado, mesmo depois de já estar quase pronto, e nunca mais veremos o longa, cuja única cópia atualmente se encontra em um cofre da Warner Bros.
No entanto, Zaslav tem outra visão sobre o assunto. Recentemente, o magnata e empresário esteve no NYT DealBook Summit, evento realizado em Nova York com vários investidores e executivos da indústria do entretenimento. E após discutir o fim das greves em Hollywood, Zaslav disse que o cancelamento do projeto – bem como de outros – foi algo que “demandou coragem“:
“Que conteúdo vai nos ajudar a ganhar? Os conteúdos que não iriam, bem, nós tomamos decisões estratégicas. Foi difícil e foi doloroso. Mas acho que foi a decisão certa para a empresa e foi algo necessário. A questão é, deveríamos pegar alguns desses filmes e lançá-los nos cinemas e gastar mais US$ 30 ou 40 milhões para promovê-los? Quando eu olho para a saúde da empresa hoje, nós precisávamos tomar aquelas decisões. E demandou muita coragem.”
Como bem sabemos, Batgirl não foi o único filme cancelado pelo estúdio. Outros projetos que sofreram com essas decisões executivas foram SCOOB: Holiday Haunt (filme animado que serviria como continuação/prequel para SCOOBY! O Filme, de 2020) e Coyote vs. ACME, híbrido de animação e live-action que, após pressão dos fãs e da mídia, será vendido para outros estúdios.
Não é de hoje que as decisões de Zaslav e da Warner Bros. atraíram críticas. A decisão de cancelar projetos com base em mera tentativa de recuperação fiscal é um desrespeito ao trabalho dos artistas e todo o tempo investido em fazer os filmes. De qualquer forma, pouca coisa pode ser feita além da pura pressão pública.
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