A cena marcante de Titanic que pode não ter acontecido na vida real
A cena marcante de Titanic que pode não ter acontecido na vida real
Há uma cena importante do filme de James Cameron que pode ser apenas ficção!
Mesmo mais de 25 anos após o lançamento nos cinemas, Titanic ainda impressiona o público com sua precisão histórica e pela grandiosidade da representação do naufrágio do famoso navio. Porém, nem mesmo o perfeccionismo de James Cameron passou despercebido entre as falhas humanas: o diretor já admitiu, no documentário Titanic: 25 Years Later with James Cameron (Titanic: 25 Anos Depois com James Cameron, em tradução livre), que pode ter cometido um erro sobre a tragédia da vida real representada no filme.
Em celebração ao aniversário de 25 anos de Titanic em 2022 (via ComicBook.com), Cameron decidiu revisitar sua obra em um documentário especial do National Geographic. Para isso, ele contou com a ajuda de uma equipe de cientistas e engenheiros para explorar a história apresentada no longa-metragem, buscando entender até que ponto o naufrágio do transatlântico foi retratado com precisão histórica no filme.
“O filme Titanic retrata o que acreditávamos ser um retrato preciso das últimas horas do navio. Nós o mostramos a proa afundando primeiro, levantando a popa no ar, antes de seu enorme peso partir a embarcação em dois pedaços”, Cameron disse no documentário. “Nos últimos 20 anos, venho tentando descobrir se acertamos.”
Quem assistiu ao filme deve se lembrar do dramático momento em que o Titanic parte em dois. Antes disso acontecer, boa parte da proa do navio já estava afundando por causa do impacto com o iceberg. Logo, à medida que o transatlântico se inclinava cada vez mais, o peso era tão grande que a parte traseira acabou se quebrando, fazendo com que ele caísse horizontalmente no oceano novamente.
Foi justamente essa cena icônica do filme que a equipe de cientistas analisou no documentário a partir de testes hidrodinâmicos com réplicas do navio que se partiam no mesmo local que a embarcação do filme se “quebra”. A conclusão foi de que a recriação da tragédia estava “meio certa”.
O problema encontrado pela equipe foi na representação de que, com as duas metades ainda conectadas, a proa acabaria “puxando” a popa para baixo, fazendo com que a embarcação afundasse na vertical. Porém, com os testes feitos para o documentário, isso não teria acontecido na vida real, já que a popa poderia ter caído de volta no oceano ou ter afundado verticalmente, mas não fazer os dois ao mesmo tempo.
“Nós descobrimos que você pode fazer a popa afundar verticalmente e pode fazer a popa cair para trás com um grande respingo, mas não pode ter os dois”, James Cameron contou. “Portanto, o filme está errado em um ponto ou outro — penso que está errado na recaída da popa por causa do que vemos na proa do naufrágio.”
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