Adam Driver critica Netflix e Amazon por não atenderem às demandas do Sindicato dos Atores
Adam Driver critica Netflix e Amazon por não atenderem às demandas do Sindicato dos Atores
Enquanto greves continuam em Hollywood, Adam Driver rasga o verbo para falar de estúdios e streamings
Desde o mês passado, os atores entraram em greve em Hollywood, se juntando aos roteiristas e paralisando toda a indústria cinematográfica norte-americana. Até o momento, os grandes estúdios e plataformas de streaming ainda se recusam a atender as demandas do WGA (Sindicato dos Roteiristas) e do SAG-AFTRA (Sindicato dos Atores), e dessa vez, quem chama atenção para o tópico é Adam Driver.
Recentemente, o ator esteve no Festival de Cinema de Veneza para divulgar seu mais novo filme, Ferrari, onde ele dá vida a Enzo Ferrari. Como o filme foi financiado por uma distribuidora pequena, que concordou em atender às demandas dos roteiristas e atores, o processo de divulgação foi liberado pelos sindicatos.
Lá, Driver falou com a imprensa sobre sua felicidade acerca do projeto. Ele aproveitou o momento para mencionar o esforço dos sindicatos e suas tentativas de negociação com a AMPTP, a Associação de Produtores de TV e Cinema. O astro disse (via Variety):
“Estou muito feliz de estar aqui e apoiar esse filme, mesmo com o cronograma truncado que nós tivemos para gravar, mas tudo funcionou graças aos esforços incríveis dos atores e da equipe técnica trabalhando nisso. Mas também, estou muito orgulhoso de estar aqui para representar visualmente um filme que não faz parte da Associação de Produtores de TV e Cinema e promover as lideranças do Sindicato dos Atores e seus direcionamentos, que estão em busca de um acordo.”
Mas Driver não parou por aí. Logo em seguida, ele questionou o motivo pelo qual estúdios e distribuidoras menores estão sendo capazes de atender às demandas de roteiristas e atores, enquanto grandes plataformas – e aqui, ele cita a Netflix e a Amazon – continuam se recusando a negociar com seus trabalhadores:
“O outro objetivo é, obviamente, perguntar por que distribuidoras pequenas como a Neon e a STX International conseguem atender às demandas do Sindicato dos Atores – nessa fase de pré-negociações -, mas companhias grandes como a Netflix e a Amazon não podem? E cada vez que o pessoal do SAG demonstra apoio a um filme que esteve de acordo com as pré-negociações, só fica mais óbvio que há pessoas dispostas a apoiar seus trabalhadores, e outros que não estão.”
Até o momento, a greve dos roteiristas e dos atores ainda não deu sinal de quando vai acabar. Os Sindicatos se mantém firmes em suas convicções, e os estúdios e streamings parecem determinados a não ceder às demandas dos seus trabalhadores – que pedem por salários mais justos e regulamentação de inteligências artificiais.
Vale ressaltar que Driver já trabalhou anteriormente com a Netflix em alguns de seus projetos, como História de um Casamento, que ele coestrelou ao lado de Scarlett Johansson. No ano passado, ele também protagonizou Ruído Branco, outro original da Netflix.
Agora, Driver estará em Ferrari, uma cinebiografia dirigida por Michael Mann (Fogo Contra Fogo) que deve sair em dezembro de 2023 nos cinemas americanos. Além dele, o filme ainda conta com Shailene Woodley, Penélope Cruz, Jack O’Connell e o brasileiro Gabriel Leone.
Ferrari está previsto para ser lançado em dezembro de 2023, nos Estados Unidos. Ainda não há data confirmada de estreia no Brasil.
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