7 B-movies que se tornaram clássicos cult e conquistaram os fãs

7 B-movies que se tornaram clássicos cult e conquistaram os fãs

Qualidade duvidosa e divertimento garantido

Filme ruim ou clássico subestimado? Ao longo dos anos, os cinéfilos têm transformado produções questionáveis em verdadeiros clássicos irretocáveis. Algumas produções receberam esse título pelo alto nível de ruindade, como The Room; outras pelo tom experimental e revolucionário, como A Morte do Demônio, mas você saberia definir o que é esse estranho gênero?

O que é um B-movie?

Conhecido como B-movie, ou filme B em tradução literal, esse termo é utilizado hoje em dia de forma pejorativa, porém, nos anos 30, surgiu com um intuito organizacional. Após a Grande Depressão de 1929, ninguém tinha dinheiro para comida ou diversão. Um terço da plateia dos cinemas desapareceu, dificultando que os estúdios e cinemas se mantivessem na ativa.

Foi então que, em uma tentativa de manter os lucros estáveis com relação aos seus gastos, foram criados os filmes A e os filmes B. Enquanto os primeiros eram produzidos por grandes estúdios, os segundos eram produções de baixo orçamento, servindo como um treinamento para novos diretores, técnicos e atores.

De certa forma, o “cinema B” acabou servindo como o lugar para se experimentar, dando espaço para que novas histórias pudessem brilhar. Desde seres alienígenas similares a bolhas até uma invasão de zumbis e vampiros, alguns estúdios construíram grandes fortunas com produções “ruins”, como é o caso da Hammer. 

A produtora não apenas adaptou clássicos para as telas, como Drácula e Sherlock Holmes, como também construiu um extenso universo vampiresco. Mas, se essas produções nasceram apenas como uma forma de economizar dinheiro e não competir com lançamentos grandes, ao longo dos anos ganharam um grande aliado: o VHS.

Com o surgimento da mídia nos anos 80, os filmes B poderiam chegar diretamente na casa do público, facilitando a circulação e aumentando ainda mais a produção desses “filmes de qualidade duvidosa”. Hoje em dia, os VHS se tornaram os DVDs, TV aberta e streaming, facilitando ainda mais o consumo desse subgênero. Abaixo, confira alguns dos mais populares entre os fãs:

Sharknado

Sharknado é uma das ideias mais absurdas e geniais dos últimos anos. Trazendo o gênero de catástrofe, mas com uma pitada de tubarões, atores no final da carreira e profissionais iniciantes sob um baixo orçamento, a franquia sintetiza tudo o que um bom filme B deve ser.

Totalizando seis filmes, seguimos o estranho furacão com milhares de tubarões e uma série de personagens curiosos tentando sobreviver à catástrofe que se espalha pelo mar e pela terra.

The Room (2003)

Conhecido como “o pior filme de todos os tempos”, The Room conquistou o público por ser um absurdo. Além de impressionar pelo seu baixo faturamento, totalizando apenas 1.800 dólares em comparação a um investimento de 6 milhões, a produção saiu com vários erros, como um roteiro que fugia da trama principal e imagens sem foco.

O longa foi ganhando notoriedade entre os cinéfilos por ser “muito ruim”, se tornando um clássico cult. Em 2017, por exemplo, James Franco estrelou Artista do Desastre, onde interpretava o diretor, escritor e ator Wiseau e recontava a sua empreitada em realizar o filme.

Plano 9 do Espaço Sideral

Se The Room é o “pior filme de todos os tempos”, Ed Wood é o “pior diretor”. Conhecido por uma longa carreira de filmes B, o mais famoso e infame de seu currículo é Plano 9 do Espaço Sideral. Nele, vemos uma invasão alienígena que se inicia com mortos-vivos. Entre zumbis e vampiros, vemos atuações desastrosas das criaturas perseguindo humanos em um cemitério.

O filme não tem nada de bom e, por isso mesmo, conseguiu conquistar o público. Ainda com a presença de Bela Lugosi, o eterno Drácula, a produção é a pedida certa para dar boas risadas e se assustar com a capacidade, ou incapacidade, de Ed Wood.

Palhaços Assassinos (1988)

Poucos filmes B são tão engraçados, assustadores, bizarros e divertidos quanto Killer Klowns from outer Space, também conhecido como Palhaços Assassinos. O filme segue um grupo de palhaços alienígenas que chegam na Terra para raptar pessoas. Para isso, elas envolvem suas presas em algodão doce e as comem depois. Precisa falar mais?

Os efeitos especiais do filme são risíveis, até mesmo para sua época, mas a produção chamou tanto a atenção que ganhou uma adaptação para o mundo dos games que promete chegar para PC, PS4 e PS5, Xbox One e Series X | S em 2023.

A Bolha Assassina (1958)

Imaginar seres alienígenas não é uma tarefa fácil. Constantemente, os filmes se debruçam nos “homenzinhos cinzas” para fazer suas histórias extraterrestres, porém, em 1958, tivemos uma bolha assassina como alien. Em A Bolha Assassina, um ser gelatinoso e vermelho devora as pessoas de uma pequena cidade da Pensilvânia.

Com atores novatos e um roteiro sem sentido, o longa se tornou um clássico, ganhando uma sequência em 1972. 

Piranha

Como diz o pôster de Piranha 3D, “mar, sexo e sangue”. Assim como Tubarão e Sharknado, Piranha recebeu uma série de sequências ao longo dos anos, mas foi o filme de 1978 que começou a cultura de mulheres de biquini sendo atacadas por peixes carnívoros em uma praia. Nele, Maggie e Paul soltam, por acidente, piranhas que foram geneticamente modificadas.

A Morte do Demônio

Falar em filme B de sucesso e não lembrar de A Morte do Demônio é um crime. Suas sequências podem ter recebido um maior investimento, porém, a versão de 1981 é tudo que se espera de uma produção do gênero. Muito sangue falso, maquiagens horrendas, atuações canastronas e o puro suco das risadas involuntárias.

Nele, seguimos um grupo de jovens que decidem passar uns dias em uma cabana. Lá, encontram um antigo livro que tem o poder de invocar uma entidade maligna que irá tornar a noite deles, “alucinante”.

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