Star Wars: Como o Império e a República lidam com a comunidade LGBTQIA+?

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Star Wars: Como o Império e a República lidam com a comunidade LGBTQIA+?

Por Gabriel Mattos

Nos diversos planetas da galáxia muito distante de Star Wars há uma grande diversidade de raças, culturas e, como não poderia deixar de ser, sexualidades. Mas com um cenário político tão instável, surge uma pergunta: como o regime do Império e da Nova República lidam com a comunidade LGBTQIA+?

Apesar da representatividade queer não ser muito aflorada nos filmes e séries da franquia, devido a políticas internas, os livros de Star Wars contam com dezenas de personagens LGBTQ+ de destaque.

Inclusive, a principal trilogia literária do novo cânone (Aftermath) tem como um dos protagonistas um ex-imperial gay chamado Sinjir Rath Velus, que pode aparecer na futura série Andor. Durante um encontro com seu namorado, Conder, em um bar de Chandrila em Star Wars: Dívida de Honra, o rebelde compartilha suas experiências sendo uma pessoa LGBTQ+ no Império e fora dele.

Como é ser LGBTQ+ no Império?

Rae Sloane assumiu após a morte de Palpatine como testa de ferro para um aprendiz de Sheev

Segundo Sinjir, mesmo sendo uma ditadura, não era crime ser LGBTQ+ no Império Galático de Palpatine, mas também não era bem visto. Qualquer envolvimento romântico ou sexual, seja homoafetivo ou não, era visto como uma fraqueza, um ponto fraco a ser escondido.

Entretanto, o regime militar jamais rejeitaria os talentos de nenhuma pessoa por sua orientação sexual — afinal, a Imperatriz Rae Sloane era bissexual — só não ficava nem um pouco feliz com oficiais em casais homoafetivos. A política aplicada lembra uma versão mais branda de “Don’t Ask, Don’t Tell” (“Não pergunte, não conte” em português), diretriz americana do governo Clinton que proibia militares de comentarem sua sexualidade.

Ainda assim, alguns avanços legislativos importantes foram confirmados pelos livros. A Moff Delian Mors, do livro Lordes dos Sith, tinha uma esposa, confirmando que o casamento LGBTQ+ sempre foi legalizado, até na era mais sombria de Star Wars.

Como é ser LGBTQ+ na República?

Sinjir namorava Conder em uma equipe que é O Esquadrão Suicida de Star Wars

Por outro lado, a antiga e a nova República são muito mais acolhedoras a pessoas LGBTQ+. Conder descreve Chandrila, a capital da Nova República na época, como sendo bem aberta à comunidade. Não só institucionalmente, como as próprias pessoas. De modo geral, ninguém se importa com quem você está apaixonado, todos são livres para amar quem for, sem julgamentos.

E a República parece ser igualmente tranquila quanto a questão de gênero. Na época da Alta República, por exemplo, entre os jedi mais notáveis estavam os irmãos trans não-binários, Terec e Ceret, que estampam a capa de The High Republic #6.

No Universo Expandido, pessoas LGBTQ+ existem muito além de uma cena minúscula de beijo entre figurantes e o queerbaiting de Finn e Poe. As histórias dos personagens queer já existem em Star Wars, resta coragem de transmitir isso com sinceridade para as telas.

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