Review: Mulher-Hulk 1×06 – Apenas Jen
Review: Mulher-Hulk 1×06 – Apenas Jen
Para o desprazer dos que esperavam o diabão vermelho…
Mephisto? Demolidor? Não! É apenas a Jennifer Walters. E, felizmente, isso não é ruim. Como a série de comédia que se propõe ser, Mulher–Hulk: Defensora de Heróis tem conseguido balancear a dose de momentos divertidos com a personagem, participações curiosas e o bom e velho embate entre herói e vilão.
Por motivos como esse, o falso alarme da semana passada em relação ao Demolidor apenas passou pela minha mente nos momentos finais do episódio. Com uma trama de tribunal ainda mais reduzida que o normal, o que nos restou foi uma Tatiana Maslany conseguindo carregar a trama com a sua contraparte vilanesca interpretada por Jameela Jamil.
Essa que, semana após semana, consegue mostrar o porquê de ter sido escolhida para o papel. Diferente de Tahani de Good Place e até de sua persona no reality show Legendary, Titânia possui um brilho que é tanto atrativo quanto desconcertante. Assim como as histórias de famosos egocêntricos, a vilã se tornou uma grande piada com a vida de influencer.
Algo que é positivo para o contexto geral de Mulher-Hulk. Nos quadrinhos, a prima de Bruce Banner surgiu como a resposta ao medo de um problema legal no futuro, mas logo se tornou um sopro de novidade narrativa nos quadrinhos. É gratificante como esse universo não tão à parte do MCU têm tomado a mesma função.
Diferente do que vemos em Ms. Marvel, Cavaleiro da Lua, Wandavision e Falcão e Soldado Invernal, o confronto entre herói e vilão é apenas o doce sabor de uma fofoca da internet. É algo tão raso que consegue carregar uma cena de luta ridícula no meio de um casamento. Volto a bater na tecla que o Universo Cinematográfico da Marvel precisa do bobo pelo ato ser bobo.
Não de uma forma que menospreze o roteiro ou enredo, mas por um caminho que traga leveza sem a necessidade de uma ameaça constante. Mesmo que James Gunn tenha feito um trabalho excepcional com os Guardiões da Galáxia, todo momento descontraído de Peter Quill é apenas um mecanismo de defesa para não lidar com problemas com os pais e genocídios intergalácticos.
Ver Jenn brigando com um vestido de madrinha feio e Nikki resolvendo no diálogo o caso de um homem imortal e bissexual que foge do conflito fingindo sua morte é um alívio. Estamos no meio de lançamentos de produções densas e cheias de tramas profundas sobre poder e vingança, como A Casa do Dragão, Anéis de Poder, Andor.
E, para mim, Mulher-Hulk é aquela série divertida em que você não precisa estar completamente investido e atento para consumi-la. Diga-se de passagem, antes uma produção que se propõe a algo leve e o entrega do que uma série que diz ser profunda, mas acaba com um conteúdo tão raso quanto uma poça d’água. Deixarei exemplos de lado, pois não é sobre isso.
Porém, é sobre Nikki, Malory, Titânia, Jenn e como, mais uma vez, a Marvel Studios conseguiu reunir um elenco que faz com que o público sempre queira um pouco mais.
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