Recap: Um resumo de tudo que rolou em A Casa do Dragão 1×02 – O Príncipe Canalha
Recap: Um resumo de tudo que rolou em A Casa do Dragão 1×02 – O Príncipe Canalha
Uma tempestade chegando!
Após o primeiro episódio de House of the Dragon terminar com a princesa Rhaenyra Targaryen sendo oficializada como herdeira do Trono de Ferro, a trama do segundo episódio da série derivada de Game of Thrones, da HBO, leva o público para seis meses no futuro, onde podemos acompanhar um pouquinho mais da situação em que o reino (e cada um dos personagens) está após tudo que rolou no início da série.
Dessa vez, também tivemos uma nova abertura, e você pode entender todo o simbolismo por trás dela neste artigo:
O segundo episódio, chamado O Príncipe Canalha, começa de volta aos Degraus, onde Craghas Drahar continua aterrorizando marinheiros e engordando caranguejos com os restos de seus inimigos. O momento é breve, mas serve para ilustrar um pouquinho do que vem acontecendo em um local crítico para os Sete Reinos, já que afeta os principais portos da nação comandada pelos Targaryen.
Após essa breve introdução, uma nova reunião do Pequeno Conselho do Rei Viserys I acontece. Eles comentam sobre um falecimento de um membro da Guarda Real que estava doente, levantando a necessidade de escolher um novo integrante da irmandade juramentada para proteger a família real.
Corlys Velaryon chega sem qualquer cerimônia, deixando bem claro seu descontentamento com o rei. Isso porque, além de ser o Mestre dos Navios de Viserys, ele também é o comandante da maior frota de Westeros, e construiu seu legado por meio de sua força naval. A ameaça nos Degraus é uma ameaça direta para ele, que não aceita qualquer compensação pelas perdas de homens e navios. Ele insiste que é preciso que o rei mostre sua força, e combata a colônia da Triarquia que está se formando graças a Drahar.
Como se não bastasse, é mencionado que no tempo entre o primeiro e o segundo episódio, o rei tem mais um problema com o qual lidar: Daemon, seu irmão, não foi para o Vale como ordenado. Ao invés disso, o príncipe foi para Pedra do Dragão, onde está vivendo há meses junto com Mysaria.
É a ele que o título do episódio se refere. Chamado de The Rogue Prince em inglês, a HBO optou pela tradução O Príncipe Canalha. O título, porém, vem de um conto escrito por George R. R. Martin que tem Daemon no centro, e que foi traduzido oficialmente como O Príncipe Rebelde, algo que reflete bem o modo como ele insiste em desafiar abertamente seu irmão, se proclamando Príncipe de Pedra do Dragão e herdeiro do Trono de Ferro.
Viserys, porém, permanece firmemente contra a guerra, e não parece ter intenção de agir contra Daemon, sem sequer comentar o problema. Seu plano de ação em relação ao confronto nos Degraus é simplesmente mandar mensageiros e tentar fazer um acordo com outras das Cidades Livres, algo que faz com que a própria princesa Rhaenyra se manifeste.
Os Targaryen têm dragões, e como Daenerys é lembrada em certos momentos dos livros de George R. R. Martin, foi com fogo e sangue que seus antepassados conquistaram os Sete Reinos. Rhaenyra defende que essa força seja mostrada, e que os cavaleiros de dragão sejam mandados diretamente para lidar com esses possíveis inimigos.
Sua interrupção, no entanto, não é vista com bons olhos exceto por Corlys, e ela é convidada a se retirar, ainda que não diretamente. Para ocupá-la, o rei a envia para escolher o candidato para a Guarda Real, já que eles protegem não apenas ao monarca como a toda sua família.
Na cena seguinte, é justamente isso que ela faz. Acompanhando Sor Harrold Westerling, ela vai avaliar os cavaleiros que se encontram em um pátio. Conforme ele descreve os feitos de cada um deles em torneios, Rhaenyra se mostra pouco impressionada, e não hesita em questionar se algum deles sequer havia realmente estado em batalha.
Em resposta, apenas um dos presentes é chamado: Sor Criston Cole, o mesmo cavaleiro que venceu o príncipe Daemon no primeiro episódio da série. Ele conta à princesa que enfrentou ataques dos dorneses, e foi assim que se tornou um cavaleiro, já que não vem de uma das grandes casas.
Satisfeita com o que ele conta, a princesa o escolhe, levando a protestos sutis de Otto Hightower. A Mão do Rei levanta outras questões, como a necessidade de alianças ou de manter relações com casas importantes, como os Mallister – mas Rhaenyra não quer ouvir, e rebate que seu pai deveria ser defendido por cavaleiros que realmente saibam lutar, ao invés de escolhidos por questões políticas.
Deixando a princesa de lado por um momento, a história se volta para seu pai. Viserys está em seus aposentos, contando a Alicent sobre a Antiga Valíria, e ela admira a reconstrução da cidade. Uma peça representando um dragão acaba caindo das mãos dele e quebrando, mas o rei não se mostra preocupado com isso. A conversa continua e eles falam sobre Rhaenyra, com Alicent o ouvindo e aconselhando em como se aproximar da filha.
Viserys pede que ela não mencione as conversas entre eles para a princesa, com medo de que ela entenda errado. Alicent se mostra nervosa, mas mantém a compostura, e afirma que não conta nada sobre o assunto para sua amiga. Durante todo o episódio, é possível ver que, apesar de contida, Alicent está em uma posição nada confortável, tentando se aproximar do rei simplesmente por esse ser o desejo de seu pai, e por entender que sua posição na corte, como mulher, é limitada.
Ao lado de Rhaenyra, porém, as duas aparecem bem mais abertas quando vão ao Septo juntas. A princesa reclama do Pequeno Conselho, de já quererem que seu pai se case de novo, e do fato de que desejam substituí-la como herdeira.
Assim como fez com Viserys, Alicent aconselha a princesa. Mesmo assim, vendo que Rhaenyra não aceita bem a possibilidade de seu pai se casar novamente e nomear um novo herdeiro, Alicent tenta consolá-la, dizendo que o rei ama a filha e não a substituiria, assunto que atormenta a princesa ao longo de todo o episódio.
Indo para um cenário diferente, o foco se volta para Corlys Velaryon e sua esposa, Rhaenys, que se encontram com o rei Viserys. Os dois começam se desculpando pelo clima tenso na reunião do Pequeno Conselho, e o monarca reafirma o quão importante Corlys e Rhaenys são para ele.
Apesar disso, o Mestre dos Navios pede para falar francamente, e aponta todas as fraquezas do atual reinado, indo do problema nos Degraus com Craghas Drahar, a Daemon tomando Pedra do Dragão para si, e até mesmo o fato de que Viserys nomeou Rhaenyra sua herdeira, e ela ser a primeira mulher na posição pode desestabilizar o reino. A proposta de Corlys para enfrentar isso é simples: unir os Velaryon e os Targaryen por meio do casamento do rei com a filha de Corlys, Laena. Com isso, as duas casas valirianas estariam permanentemente aliadas, e seriam uma força incomparável diante das ameaças.
Viserys logo mostra não estar muito contente com o plano, embora não o rejeite imediatamente. Rhaenys, porém, argumenta que a coroa parece vulnerável no momento, e um casamento é esperado do rei – além de reforçar que não haveria uma combinação mais forte para o trono do que a união com a Casa Velaryon, que tem uma longa história com os Targaryen.
Depois de suas respectivas conversas com Alicent, Viserys e Rhaenyra jantam juntos, e a princesa toma a iniciativa de tentar falar com o pai. Apesar do esforço de ambos, a comunicação começa um pouco hesitante, mas o rei consegue se abrir e eles falam sobre o amor que tem pela falecida rainha Aemma. A conversa, porém, não vai longe, e acaba abruptamente quando Rhaenyra tenta falar da situação com o Conselho que ocorreu mais cedo, mas é cortada pelo pai.
Em mais um momento de tratamentos para feridas que não cicatrizam, a fragilidade do rei é demonstrada enquanto ele discute a possibilidade de se casar com Laena com outros integrantes de seu conselho: o Grande Meistre Mellos e a Mão do Rei, Otto Hightower. Este último claramente não gosta da ideia, mas o primeiro acredita que é importante que o rei se case novamente, e Laena é uma boa candidata, algo que Otto não consegue argumentar contra.
A própria Laena finalmente aparece a seguir, caminhando pelos jardins da Fortaleza Vermelha com o rei. Uma menina de apenas 12 anos, ela se esforça para dizer o que é esperado dela, deixando Viserys exasperado e ressaltando a diferença de idade entre eles.
Mas ele não é o único incomodado com a situação. De longe, Rhaenyra vê os dois juntos, e é questionada por Rhaenys sobre não gostar do que está acontecendo. Ainda que a herdeira de Viserys veja as falas da princesa como uma provocação, Rhaenys diz que é o contrário: só ela está sendo direta e sincera, deixando claro que homens prefeririam colocar fogo no reino que deixar uma mulher ser rainha.
A conversa das duas também cita o Grande Conselho de Harrenhal, no qual Viserys foi escolhido para suceder Jaehaerys ao invés de Rhaenys. Mas, ao invés de inveja, a Rainha que Nunca Foi diz que gostaria que Rhaenyra pudesse mudar as coisas como rainha, ainda que acredite que o próprio Viserys não espera que isso aconteça.
Apesar de passear com Laena, é com Alicent que o rei aparece e seus aposentos. Os dois dividem uma refeição, e ele comenta sobre a pressão de encontrar uma rainha. Alicent indica que isso pode ser bom para o reino, antes de presentear Viserys com uma nova peça de dragão para substituir a que havia sido quebrada durante a conversa anterior dos dois.
Eles são interrompidos por Otto, que, mais uma vez, vem comunicar ao rei coisas terríveis que seu irmão fez para ofendê-lo. No conselho, é explicado que Daemon roubou um ovo de dragão, continua se considerando príncipe herdeiro, e pretende tomar Mysaria como segunda esposa, a tornando uma Lady. O ovo teria sido roubado para ser colocado no berço do filho dos dois, do qual ela já estaria grávida.
Viserys, porém, responde que o irmão só quer provocá-lo, e responder seria dar a ele a atenção que Daemon busca. A situação só muda quando Rhaenyra questiona qual ovo seu tio roubou, e é revelado que ele escolheu o mesmo que havia sido escolhido por ela e dado ao príncipe Baelon, antes do filho de Viserys falecer.
Diante dessa ofensa, o rei se enfurece a ponto de dizer que vai pessoalmente lidar com o irmão. Otto, porém, afirma que seria muito arriscado, e fica decidido que a Mão será enviada no lugar do monarca.
Ele não mede palavras ao encontrar Daemon em Pedra do Dragão. A situação tensa é acompanhada por soldados de ambos os lados, enquanto Otto faz as acusações contra o príncipe e ordena que ele pare com a palhaçada que vem fazendo para chamar a atenção. Daemon, é claro, não o leva a sério, e as provocações continuam até os dois lados desembainharem as espadas.
Antes que o confronto escale e se torne uma batalha, o dragão de Daemon, Caraxes, chega ao local, fazendo Otto ordenar que seus homens guardem as espadas. Impedindo que a discussão continue, Rhaenyra chega ao local voando em Syrax. Ela enfrenta o tio diretamente, questionando o que ele está fazendo e dizendo que ela é o maior obstáculo para o que ele deseja. Quando ela o desafia a matá-la e acabar com isso, porém, Daemon deixa o local, jogando o ovo em direção à princesa.
O príncipe se reúne com Mysaria depois disso, mas ela não o conforta dessa vez. A personagem se mostra irritada com todas as mentiras sobre eles se casarem e terem um filho, dizendo que embora ele seja um príncipe Targaryen, ela não está em posição de comprar briga com o Trono.
Essa é uma das grandes diferenças entre o que a série mostra e o que é sugerido em Fogo e Sangue. No livro de Martin, Daemon leva a amante para Pedra do Dragão e faz as mesmas demandas, mas não como provocações vazias, já que Mysaria de fato estaria grávida.
Ela acaba tendo que deixar os Sete Reinos e perdendo o bebê por causa da jornada o que é, inclusive, outro ponto que aumenta a distância entre o príncipe e seu irmão, já que ela foi forçada a partir por causa do rei e Daemon se ressente disso. Nada semelhante parece ser esperado da série daqui em diante, já que Mysaria deixa claro que não pretende ter filhos e arriscar morrer no parto.
A história volta para Viserys, que continua no dilema de decidir se casa ou não com Laena Velaryon. Ele discute o assunto com um de seus conselheiros, Lyonel Strong, que argumenta a favor do casamento. O diálogo, porém, é interrompido quando um cavaleiro da Guarda Real anuncia o retorno de Rhaenyra de Pedra do Dragão.
Viserys se irrita com a filha por ter ido contra suas ordens e se colocado em perigo, mas Rhaenyra não demonstra remorso, dizendo que conseguiu recuperar o ovo sem derramar sangue – algo que a Mão do Rei não conseguiria fazer sozinha.
A partir disso, os dois falam mais francamente sobre seus sentimentos, e a dificuldade que tiveram em se comunicar. O rei também deixa claro que não vai substituir Rhaenyra como herdeira mesmo que tenha outros filhos, ainda que precise se casar e ter mais herdeiros, para garantir que a linha dos Targaryen não chegue ao fim.
Por sua vez, Rhaenyra indica que entende, e reafirma seu apoio silenciosamente quando o pai finalmente declara ao Pequeno Conselho sua intenção de se casar. Indo contra as expectativas, porém, ele não se casará com Laena, e sim com Alicent Hightower – revelação que causa indignação e fúria em Corlys Velaryon, além de deixar Rhaenyra sem chão. Os dois deixam a sala, claramente desaprovando da escolha.
Na próxima cena, Corlys retorna a Maré Alta, seu castelo, onde encontra um convidado: ninguém menos que Daemon Targaryen. Ele fala sobre sua história e as semelhanças entre os dois, além de propor um acordo – que o príncipe o ajude a lutar contra Craghas Drahar nos Degraus, provando seu valor para qualquer um que ainda duvide dele, ao mesmo tempo em que a Casa Velaryon não seria enfraquecida pelos ataques da Triarquia.
Fechando em uma cena de Drahar, a série deixa em aberto a resposta do príncipe – mas promete muitos conflitos adiante, preparando o tabuleiro com a intriga política que se transformará em confronto no futuro.
Os dois primeiros episódios de House of the Dragon estão disponíveis na HBO e HBO Max, e a série já foi renovada para a segunda temporada.
Quer saber mais sobre o personagem que causou nesse episódio? Então confira nossa lista com tudo sobre Daemon Targaryen (e cuidado com os spoilers dos livros!):