Seria possível existir um traje como o do Homem de Ferro na vida real?

Capa da Publicação

Seria possível existir um traje como o do Homem de Ferro na vida real?

Por Junno Sena

Alguns heróis da Marvel e DC Comics possuem vieses científicos; entre armaduras tecnológicas, partículas capazes de encolher a massa corporal e experimentos com radiação gama, os quadrinhos constantemente utilizam o mundo real e sua ciência como inspiração para suas histórias. Porém, mesmo com base científica, nem tudo é possível de ser feito, como é o caso do traje do Homem de Ferro.

Ao longo dos anos, a armadura de Tony Stark ganhou espaço no imaginário coletivo, fazendo com que boa parte do público acredite na possibilidade de que, em algum dia, sejam capazes de voar com um traje de metal.

Porém, o que a ficção criou, a ciência não é completamente capaz de reproduzir. Pensando em responder essas questões, alguns usuários do Reddit se debruçaram em discutir se é possível existir uma tecnologia similar a de Stark. O artista e escritor Ariel Williams, por exemplo, disse em uma matéria da Forbes que, quando falamos sobre a armadura de Stark, o que parece impossível não é a força ou maquinário, mas habilidades como voo, propulsão e energia.

O que não é possível?

A armadura de Tony Stark se tornou icônica para os fãs da Marvel

Já outro usuário, Glyn Williams, apontou uma peculiaridade curiosa sobre o traje do Homem de Ferro. Sempre se jogando contra paredes de concreto, seria impossível sair completamente ileso desses choques.

Para exemplificar o seu ponto, Glyn lembrou dos elevadores. Caso caiam, as caixas de metal não protegem quem está dentro dela. Pelo contrário, o impacto com o solo causa um efeito cascata no interior podendo até matar quem estiver dentro.

A forma como Tony utiliza sua armadura iria matá-lo, ou pelo menos, machucá-lo mais do que é mostrado em tela. Outros pontos apontados por Ariel é a capacidade de vôo, os feixes propulsores e o reator que gera energia para o traje.

Mesmo que a humanidade já tenha conquistado os céus, ela ainda não é capaz de produzir um sistema de vôo que possa funcionar com uma armadura como a de Stark. A energia que irá alimentar o sistema também é um problema, uma vez que o reator de Stark não é apenas experimental, como também não há indícios de como ela funciona.

Mas o que pode ser feito?

Reproduzir a tecnologia de Stark seria um problema até para os mais competentes cientistas

Desta forma, até a variação mais simples da armadura de Stark seria uma dor de cabeça para o cientista mais competente. Porém, existem alguns trajes que substituem parte da experiência ou, pelo menos, dão algumas vantagens para o usuário.

Um exemplo é o exoesqueleto Raytheon XOS 2. Desenvolvido por e para o exército americano, esse “uniforme” possibilita que o soldado levante até 95 kg sem dificuldade. A roupa serve de auxílio, reduzindo a fadiga do usuário em atividades físicas simples, como flexões.

Nesse caso, a energia continua sendo um problema. Ainda estão desenvolvendo uma forma de alimentar o exoesqueleto. No momento, ele é movido a base de bateria, mas não se sabe quanto é necessário para manter o traje em funcionamento contínuo.

Já a habilidade de voo é contornável. Existem modelos de mochila à jato, porém, existe um risco em um mal funcionamento enquanto o usuário estiver em uma altitude elevada. Também existem mochilas movidas a peróxido de hidrogênio e outras com jatos de água, mas a altitude atingida não é nada animadora.

Encontrar possibilidades de mimetizar os poderes do herói não é o problema, mas conseguir reunir tudo isso e fazer com que a armadura fique 100% operante. Seria preciso muito mais do que uma caverna e um longo tempo exilado para construir a primeira versão do traje do Homem de Ferro.

Aproveite e continue lendo: