O Senhor dos Anéis: O que são os Anéis de Poder que dão título a série da Amazon?
O Senhor dos Anéis: O que são os Anéis de Poder que dão título a série da Amazon?
Entenda o que são os Anéis do Poder e qual sua importância no universo de O Senhor dos Anéis
O Senhor dos Anéis é uma das obras mais amadas do gênero fantasia, seja na literatura, com a obra de J. R. R. Tolkien, ou nos cinemas com a adaptação dirigida por Peter Jackson. Não é surpreendente, portanto, que mais histórias deste universo continuem chegando aos filmes e séries – com este último tipo sendo a proposta da Amazon Prime Video.
A série promete contar com um orçamento gigantesco e a ambição de rivalizar com o sucesso de Game of Thrones, trazendo ao streaming uma história que antecede a destruição do Um Anel apresentado na trilogia O Senhor dos Anéis. Recentemente, a obra teve seu título divulgado, e apesar de receber algumas críticas pela falta de originalidade, o nome deixa claro que os Anéis do Poder serão centrais na trama. Mas o que são esses anéis? Por que eles foram feitos? E aquele poema apresentado no teaser? Explicamos tudo isso neste artigo!
Como os Anéis do Poder foram criados?
Tanto nos filmes quanto nos livros, os chamados Anéis do Poder são mencionados como algo de grande importância. Enquanto a trilogia original nos cinemas dá destaque ao Anel de Sauron, ele está longe de ser o único entre esses objetos mágicos, se diferenciando simplesmente por seu propósito sombrio e grande poder.
Mas como surgiram esses anéis? Bom, primeiro é preciso um pouco de contexto: em O Silmarillion, Tolkien descreveu a criação do mundo por Eru Ilúvatar, bem como os seres criados por ele. Entre eles, os primeiros foram os Valar, que ajudaram o criador a moldar o mundo, usando a música dele. Um deles, chamado Melkor, não concordava com a visão do criador, e eventualmente se rebelou, o que o levou a se tornar um grande inimigo das forças do bem.
Também conhecido como Morgoth, ele foi o primeiro Senhor do Escuro, e Sauron, que muita gente conhece como o grande antagonista de O Senhor dos Anéis, originalmente era um de seus principais tenentes. É quando Melkor é derrotado e exilado para o vazio, que a Segunda Era, período onde os Anéis surgem, tem início.
Após a derrota de seu líder, Sauron pede o perdão dos Valar, mas se recusa a passar por um julgamento, optando por fugir. Isso, é claro, não o impede de retornar – e ele volta com uma forma bela e se apresentando como Annatar, o “Senhor dos Presentes”. É assim que ele se apresenta aos líderes que permaneciam na Terra-Média, mas isso não convence a todos. Galadriel, Gil-galad e Círdan desconfiam dele, mas os artífices de Eregion o recebem, por quererem mais do conhecimento e técnicas que o personagem oferecia a eles.
Isso está ligado à origem dos Anéis do Poder porque dezesseis deles foram forjados pelos Elfos com ajuda direta de Sauron. Os Três, mais poderosos entre os Anéis Élficos, foram feitos sem o auxílio dele, sendo criados por Celebrimbor, o chefe dos artífices de Eregion.
Por fim, foi criado o Um Anel, que tem todo o destaque na saga O Senhor dos Anéis. Este foi feito pelo próprio Sauron, com o propósito de corromper e dominar, como a famosa inscrição do objeto indica. Assim, são vinte anéis ao todo, como o poema que os apresenta indica:
“Três Anéis para os Reis-Elfos sob este céu,
Sete para os Senhores-Anões em seus rochosos corredores,
Nove para os Homens Mortais fadados ao eterno sono,
Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.”
É por causa desse poema, que foi até utilizado no teaser apresentado para a série da Amazon, que é comum se referir aos anéis de acordo com essa divisão baseada em números. Assim, eles são frequentemente chamados de “Os Três”, “Os Sete”, “Os Nove” e, é claro, o “Um Anel”.
Os Três
Como já mencionado, os três anéis dos Elfos foram forjados por Celebrimbor sem o auxílio de Sauron. Seus nomes eram Narya, o Anel do Fogo, Nenya, o Anel da Água ou Anel Adamantino, e Vilya, o Anel do Ar.
Nenya foi o único que teve uma única usuária: Galadriel. Os outros mudaram de mãos algumas vezes, com Narya indo de Gil-galad para Círdan e sendo usado por Gandalf por último. Por fim, Vilya também foi inicialmente de Gil-galad, sendo herdado posteriormente por Elrond.
Os portadores dos Três não foram revelados até o fim da Terceira Era, e os anéis permaneceram escondidos até o Um Anel ser destruído. Os elfos utilizaram o poder desses anéis para preservar os reinos élficos que restavam durante essa era, com Elrond em Valfenda, Galadriel em Lothlórien e Círdan nos Portos Cinzentos.
A obra de Tolkien indica que o poder de Narya estava ligado à esperança, e à habilidade de inspirá-la mesmo em um mundo cada vez mais frio. Por sua vez, Nenya estava conectado a proteção e preservação, sendo sugerido que o anel era um dos motivos para Lothlórien não ter caído diante das forças de Sauron. Os poderes de Vilya não são descritos, embora seja indicado que ele era o mais poderoso dos Três Anéis.
Após o Um Anel ser destruído, os Três perderam sua força. Eles acabaram sendo levados da Terra-Média por seus portadores, que partiram para o Oeste após os eventos da série.
Os Sete
Os Sete Anéis foram dados aos Anões, e muitos presumem que, como existiam sete Casas dos Anões, o número indica que um anel foi dado a cada casa. Isso, porém, não é confirmado nos livros.
O que se sabe é que Sauron deu aos Anões os Sete Anéis, que foram usados para que eles estabelecessem seus famosos tesouros, se tornando extremamente ricos. Ainda assim, Sauron não foi capaz de dominá-los, de acordo com partes do Silmarillion, por causa de características próprias da raça, que impediam que os anéis deixassem os Anões invisíveis, fossem transformados em espectros, ou tivessem suas mentes controladas.
O impacto negativo era que os portadores dos Sete se tornavam cada vez mais gananciosos, e eles acabavam sucumbindo por causa disso, além de sua grande riqueza ser um enorme atrativo para os dragões. No período em que O Senhor dos Anéis se passa, quatro dos Sete Anéis haviam sido destruídos por dragões. Os outros foram recuperados por Sauron.
Os Nove
Os Nove Anéis dados aos Homens Mortais estão conectados à origem dos Nazgûl, os espectros do anel. No poema, é justamente a essa mortalidade que o trecho “fadados ao eterno sono” se refere, e foi a mortalidade, a inveja dos Homens e a incerteza do que os aguardava após a morte que Sauron utilizou contra eles.
Os Nove Anéis permitiram que seus portadores adquirissem riqueza, poder e deixassem de envelhecer. Isso, porém, acabou fazendo com que com o tempo a vida se tornasse insuportável para eles. Quando usavam seus anéis, eles eram manipulados por Sauron, e acabaram sendo controlados por ele, se tornando espectros e obedecendo à vontade do vilão.
Após Sauron ser derrotado na Segunda Era, os Nazgûl continuaram com os Nove em seu poder. Durante a Terceira Era, não fica claro se os espectros ainda os usam ou se Sauron os pegou de volta, assim como com os anéis dos Anões. Independente disso, os espectros ficaram permanentemente ligados ao Um Anel, tendo sua força aumentada e diminuída de acordo com o poder do próprio Sauron.
O Um Anel
Diferente dos outros, o Um Anel foi forjado pelo próprio Sauron em segredo, com o objetivo de dominar a todos os outros. Para isso, o anel precisava ser mais poderoso que os outros, o que levou o Senhor do Escuro a colocar grande parte de seu poder nele, algo que o enfraqueceu de modo significativo.
As palavras gravadas no Um Anel são as mesmas ditas por Sauron quando ele foi forjado:
“Um Anel para a todos governar, Um Anel para encontrá-los,
Um Anel para a todos trazer, e na escuridão aprisioná-los.”
O texto deixa bem claro qual era o propósito da criação de Sauron, algo que atrapalhou a realização dos objetivos dele. Foi por ouvirem essas palavras antes de colocarem seus anéis que os três portadores élficos não o fizeram, o que garantiu que eles não fossem corrompidos.
Este anel possuía os poderes de todos os outros, bem como alguns inteiramente seus. Enquanto ele existisse, os outros não poderiam ser usados em segurança, já que seus portadores correriam o risco de cair sob a influência de Sauron. Além disso, enquanto usava o anel, o vilão se tornava extremamente mais poderoso, atingindo um nível de força que ele não conseguiria sem o objeto.
Como a trilogia O Senhor dos Anéis deixa claro, destruir o Um Anel é uma tarefa extremamente complexa, já que ele era praticamente indestrutível e precisava ser desfeito na montanha em que foi criado. Este anel também tinha a propriedade de ajustar seu tamanho para caber em portadores de diferentes raças, além de poder influenciar aqueles que o usassem por conta própria.
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