Mulher-Hulk: Jessica Gao explica decisão de usar vilão controverso na série

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Mulher-Hulk: Jessica Gao explica decisão de usar vilão controverso na série

Por Chris Rantin

Trazendo uma grande quebra da quarta parede, o retorno do Demolidor e uma nova versão de Kevin Feige, a primeira temporada de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis chegou ao fim. A decisão de fazer com que Jen enfrentasse um grupo tóxico e misógino ao invés de um grande vilão dos quadrinhos gerou críticas de alguns fãs, mas Jessica Gao, a roteirista e grande responsável pelo projeto do Universo Cinematográfico da Marvel, explicou o que a fez tomar essa escolha.

Ainda que personagens como Titânia, Abominável, Homem-Sapo e outros vilões desconhecidos estejam presentes em Mulher-Hulk, o grande inimigo da heroína é um grupo de homens tóxicos que possuem uma conduta problemática online. Em uma entrevista para a Legião do Heróis, Gao explicou que este é um retrato realista que ela gostaria de explorar na série.

“No seu cerne, essa série é um retrato realista de uma jovem mulher que tem de lidar com se tornar uma super-heroína sem querer. Então nós queríamos uma abordagem pé no chão de como isso aconteceria na vida real,” disse. “O modo como a sociedade se relaciona com a mídia ao retratar não só as pessoas, no geral, mas especificamente as mulheres, era algo que nós, certamente, queríamos focar. E, infelizmente, nós sabíamos exatamente como uma certa porcentagem tóxica dos fãs reagiria.” 

Mulher-Hulk quebrando a quarta parede para corrigir os eventos finais da série

Desde que os primeiros materiais promocionais de Mulher-Hulk começaram a ser divulgados, muitos comentários tóxicos foram feitos. Boa parte deles é replicado como parte do discurso dos vilões da Inteligência, mas segundo Gao isso foi previsto há quase três anos:

“Nós começamos a escrever essa série há três anos. Então a maior parte do roteiro foi feita entre dois anos e meio e três anos atrás. E isso realmente mostra o quão clichês e cansativos muitos desses caras são, ao ponto de que nós os previmos tão precisamente.”

A roteirista também explicou a decisão de focar em uma ameaça mais pessoal para Jen, ao invés de trabalhar uma trama mais grandiosa ou um evento global.

“Um dos focos da série é que diferente das grandes produções da Marvel onde as preocupações são ‘o mundo vai acabar’, ‘a humanidade vai acabar’, ‘nós temos que salvar o dia’, aqui nós diminuímos o que isso significa, para que ao invés do mundo inteiro estar acabando, esse é o mundo dela acabando. E é por isso que esses caras tóxicos, que são terríveis, são os verdadeiros vilões. Porque é o que acontece quando nós falamos do mundo de uma única pessoa.”

A primeira temporada de Mulher-Hulk está completa no Disney+.

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