Moonfall: A colisão entre a lua e a Terra poderia acontecer? Entenda o que a ciência diz
Moonfall: A colisão entre a lua e a Terra poderia acontecer? Entenda o que a ciência diz
Será que o novo filme de Roland Emmerich poderia acontecer na vida real?
O filme Moonfall: Ameaça Lunar, de Roland Emmerich (2012, O Dia Depois de Amanhã), estreou recentemente nos cinemas brasileiros e já levantou algumas questões bastante curiosas a respeito da probabilidade dos eventos narrados no longa. Na trama, uma força misteriosa tira a Lua de sua órbita, colocando-a em uma rota de colisão mortal com a Terra. Mas será que, na vida real, isso realmente poderia acontecer?
Para aqueles que já estão acostumados com as produções do diretor Roland Emmerich, que envolvem desastres catastróficos grandiosos, Moonfall é um terreno conhecido. Afinal, a ficção científica traz todos os elementos clássicos de uma típica história de fim de mundo. No entanto, até que ponto alguns dos eventos narrados no longa de Emmerich são verídicos?
Como dito anteriormente, a premissa do filme apresenta um cenário onde a Lua está fora de órbita e prestes a colidir com o nosso planeta. Diante da tragédia iminente, dois astronautas, vividos por Halle Berry e Patrick Wilson, e o teórico da conspiração K. C. Houseman (John Bradley) embarcam em uma perigosa jornada para corrigir a trajetória da Lua.
Segundo informações do Screen Rant, durante a produção do filme, a equipe criativa consultou cientistas para entender as situações fictícias colocadas em Moonfall. Muitas são altamente improváveis e até mesmo impossíveis de acontecerem na vida real.
Primeiramente, pode ficar tranquilo: as chances da Lua sair de órbita são praticamente inexistentes, já que o satélite segue seu curso natural pacificamente na galáxia. Porém, diferente do que ocorre no filme, caso a Lua entre em uma rota de colisão com a Terra, o satélite não aguentaria a força gravitacional e despedaçaria, formando uma espécie de anel similar ao de Saturno. Ainda assim, os destroços caíram no planeta azul, causando danos cataclísmicos como extinção e diminuição da habitabilidade.
Outro ponto que fica apenas no âmbito ficcional é a questão da criação da Lua, que no filme é um satélite artificial criado por civilizações ancestrais com o intuito de servir como uma fonte de poder. Apesar dos métodos utilizados na geração de energia serem semelhantes àqueles utilizados em fontes solares e nucleares, a inteligência artificial vai muito além do esperado para tempos passados, ficando apenas como um sonho futurístico.
Falando na Lua como fonte de energia, essa é outra questão que também é improvável. Isso porque, ainda segundo informações do Screen Rant, nenhum poder é expandido quando um objeto orbita um planeta, algo que é naturalmente resultante da gravidade.
A questão da anã branca (nome dado a uma estrela menor que representa seu estágio após a morte), que está presente no longa, também apresenta inverossimilhanças. Mesmo que, teoricamente, seja possível gerar energia através das radiações eletromagnéticas derivadas da gravidade expelida pelo fenômeno, é necessário existir certa distância da estrela por causa de seu calor mortal.
Para que isso aconteça sem grandes catástrofes, um planeta deveria estar posicionado cerca de 805 mil quilômetros longe da anã branca. Mas não é isso que ocorre na realidade, já que a distância entre a Lua e a Terra é muito menor do que isso, não passando de 385 mil km, tirando qualquer possibilidade do nosso satélite ser uma anã branca.
Assim como grande parte das ficções científicas, Moonfall tirou uma licença poética para dar asas à imaginação dos telespectadores, criando eventos catastróficos grandiosos que, felizmente, não possuem muitas chances de se tornarem realidade.
Moonfall: Ameaça Lunar está em cartaz nos cinemas brasileiros.
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