Matrix Resurrections: Produtora do filme processa Warner pelo lançamento do filme
Matrix Resurrections: Produtora do filme processa Warner pelo lançamento do filme
Estreia simultânea nos cinemas e na HBO Max causou rebuliço nos bastidores da Warner!
Nos últimos meses, muitas polêmicas têm se formado por conta da decisão dos estúdios em adotar os lançamentos híbridos para seus filmes no período da pandemia. No ano passado, vimos todo o rolo que deu entre a Disney e a atriz Scarlett Johansson por conta do lançamento de Viúva Negra. Agora, chegou a hora da produtora de Matrix Resurrections também processar a Warner Bros. por uma estratégia similar.
No começo de 2021, a Warner anunciou que todos os seus grandes lançamentos seriam disponibilizados ao mesmo tempo nas salas de cinema e no HBO Max, sem custo adicional, algo que só aconteceu nos Estados Unidos. E entre os afetados por essa dinâmica, temos Matrix Resurrections, o quarto capítulo da franquia, dirigido apenas por Lana Wachowski (sem a irmã Lilly, dessa vez).
Agora, a Village Roadshow Entertainment Group – a produtora responsável pelo filme – decidiu processar o estúdio por conta dessa decisão. De acordo com o The Hollywood Reporter, o processo foi movido na Corte Superior de Los Angeles. A Village, que produziu todos os quatro filmes de Matrix até o momento, alega que a Warner impediu o lançamento em 2022, que seria exclusivo dos cinemas. Dessa forma, cortou o lucro da própria produtora.
“O único propósito da Warner Bros. em adiantar o lançamento de ‘Matrix Resurrections’ era criar uma onda desesperada de assinaturas do HBO Max Premium até o fim do ano [de 2021], através do que eles sabiam que seria um grande blockbuster, apesar de saberem em plenitude que isso iria dizimar a os lucros de bilheteria e privar a Village Roadshow de qualquer benefício econômico que a Warner e seus afiliados estão usufruindo, ainda mais se comparado a uma estreia exclusiva nos cinemas em 2022.”
O filme foi lançado no dia 22 de dezembro de 2021, conquistando “apenas” US$ 153,44 milhões na bilheteria mundial, o menor valor de todos os filmes lançados até o momento. Originalmente, a produtora e Lana Wachowski tentaram negociar uma estreia para 2022, exclusiva para os cinemas, mas a Warner declinou a oferta e optou pelo lançamento híbrido.
Filme foi lançado ao mesmo tempo nos cinemas e no HBO Max nos Estados Unidos.
Vale lembrar que, no Brasil, o HBO Max não realiza a prática dos lançamentos híbridos. Em vez disso, os filmes que são lançados no cinema chegam ao serviço após 45 dias de sua estreia. Nos Estados Unidos, o lançamento através do streaming acontece a partir da assinatura premium, que é mais cara e permite aos usuários acesso a lançamentos aguardados sem custo adicional.
E não é a primeira vez que a decisão do estúdio impactou diretamente no trabalho de cineastas. Denis Villeneuve (diretor de Duna) afirmou estar decepcionado com o tratamento dado ao seu filme, ainda que tenha conseguido um acordo para dirigir a sequência, prevista para 2023. Já Christopher Nolan, que era um grande talento da Warner, rompeu laços com o estúdio e está agora em parceria com a Universal Studios, por onde lançará seu próximo filme sobre o criador da bomba atômica, Oppenheimer.
Por enquanto, não sabemos quais serão as repercussões do processo da Village Roadshow contra a Warner e até o próprio estúdio ainda não se manifestou abertamente sobre o caso. É esperado que audiências sejam conduzidas nos próximos dias, e se o caso seguir o rumo do processo de Scarlett Johansson contra a Disney, é provável que o estúdio tente fazer um acordo para se livrar das acusações.
Matrix Resurrections está disponível no HBO Max.
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