Lightyear: Marcos Mion comenta sobre o desafio de criar uma nova voz para o personagem icônico
Lightyear: Marcos Mion comenta sobre o desafio de criar uma nova voz para o personagem icônico
Ator assumiu nova versão de Buzz Lightyear.
Lightyear, filme derivado de Toy Story, chegou aos cinemas. A nova animação da Pixar conta a história do astronauta que inspirou o boneco, originalmente dublado por Guilherme Briggs. Por se tratar de um personagem completamente novo, a Disney decidiu escalar um dublador igualmente novo para o papel: Marcos Mion. Em entrevista à Legião dos Heróis, ele contou como foi dar vida ao herói.
A convite da Disney, a Gabi Orsini, que você conhece das redes sociais da Legião, conversou com o elenco nacional de Lightyear para entender melhor como foi o processo de dublagem da nova aposta da Pixar. O filme acompanha uma missão espacial de Buzz Lightyear, trazendo um tom de ficção científica muito diferente da atmosfera aconchegante do quarto do Andy.
Além da história ser muito diferente para os fãs, a Disney também tinha outro desafio pela frente — fazer com que o público aceitasse a voz do novo protagonista, que ficou a cargo de Mion. O ator comentou sobre as dificuldades de desvincular a sua imagem, que ficou muito famosa na apresentação de programas de auditório, de seu personagem.
“Eu sou um cara que as pessoas cresceram ouvindo a minha voz, em situações das mais adversas. E um grande desafio foi matar as ‘mionzices‘ e quando não dava para matar, suavizar ao extremo. Porque não é sobre mim, é sobre o Buzz. Não é o Marcos Mion fazendo o Buzz. Não é para as pessoas irem ao cinema assistir o Buzz e ficar pensando no Caldeirão. Não é pra isso acontecer,” desabafou.
Neste processo, Mion conta que foi essencial o trabalho do Thiago Longo, o diretor de dublagem do filme, a quem o ator não poupou elogios. Cada fala precisou passar pelo crivo de qualidade do diretor, que tem anos de experiência no ramo. “Teve algumas situações que a gente tinha falas que tinham encaixado incrivelmente,” revela, “Mas a gente jogava fora se achava que estava muito ‘Mion’. Se estava ‘Mion’ a gente não queria.”
“Então o trabalho todo é para sumir, fazer minhas características sumirem,” explicou, “Eu tive muitas diárias e muitas horas na cabine dublando. E da primeira diária para a última, a minha evolução foi gigantesca no sentido de achar a voz, achar o tom. Então eu mudei o tom da minha voz, a gente mudou conscientemente as terminações da minha fala. Eu tenho um jeito muito característico de falar que as pessoas estão acostumadas. E toda vez que a gente sentia que ficava ‘Mion’, a gente parava e fazia de novo até eu conseguir tirar.”
César Marchetti, que deu voz ao gatinho robô Sox, passou por um processo parecido para encontrar o tom certo para seu personagem. Mas no seu caso, o desafio foi encontrar um equilíbrio para que não soasse robótico ou humano demais.
“Foi desafiador porque ele é um robô, né? Só que ele é um companheiro, né? Aquele robô que é um amigo, que vai tanto falar das questões de porcentagem, das questões do espaço, quanto das questões psicológicas do Buzz. Então tem um contraponto aí, além do lado engraçado dele, o lado bem-humorado,” explica, “São horas de trabalho que a gente dispõe, mas confiando completamente na direção, que no caso é o Thiago. Ele sim tem um controle total da obra.”
“Ele é o cara que é super inteligente, sagaz, irônico. Tudo isso a gente foi fala a fala, reação a reação,” complementa Thiago, “E a gente vai construindo junto. É um trabalho total um com o outro assim, com o técnico que tava no estúdio, com o pessoal da Disney, para a gente conseguir chegar nesse produto final.”
Lightyear está em exibição exclusivamente nos cinemas.
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