League of Legends: Riot Games explica os bastidores das Guardiãs Estelares
League of Legends: Riot Games explica os bastidores das Guardiãs Estelares
Desenvolvedora fala ao Detonado! sobre o evento que combina o game com animes de garotas mágicas
Não basta ter mais de 10 anos de história, e um elenco além de 150 personagens jogáveis, League of Legends ainda conta com um universo expansivo e intrigante. Há motivos para a enorme popularidade do jogo da Riot Games, que parece entender muito bem o que seu público quer em termos de conteúdo, referências e narrativa. Nada simboliza melhor isso do que as Guardiãs Estelares.
Iniciado em 2017, esse evento contextualiza as campeãs do game em uma universo alternativo em que são estudantes com poderes mágicos na eterna luta contra as forças do mal, claramente inspirado por animes como Sailor Moon e Sakura Card Captors. Com uma impressionante e colorida skin para Lux, a iniciativa se tornou um enorme sucesso, e logo virou um evento que acontece recorrentemente desde então, com trama cada vez maior e mais personagens ganhando divertidos visuais inspirados por animes clássicos de garotas mágicas dos anos 90.
Apesar da grande intersecção entre gamers e otakus, a Riot Games não esperava uma recepção tão calorosa por parte da comunidade: “Quando Guardiãs Estelares começou com uma única skin, nós não sabíamos qual seria a reação dos jogadores”, relembra Ambrielle Army, a personalization lead de League of Legends, em entrevista exclusiva para o Detonado!.
“Internamente, estávamos muito animados, mas era tão diferente de tudo que fizemos que não tínhamos certeza da reação. Foi ótimo ver o quão animada a comunidade ficou, e esse sucesso nos permitiu tentar coisas maiores e mais ousadas com esse universo.”
O Detonado!, a vertente de games da Legião dos Heróis, conseguiu trocar umas palavrinhas com a representante da Riot Games para celebrar o retorno das Guardiãs Estelares em 2022, que revelamos exclusivamente. Como era de se esperar, o evento novamente pode ser considerado um sucesso, dessa vez transitando entre o game principal de PC, a versão mobile de League of Legends: Wild Rift, e também o derivado de cartas Legends of Runeterra.
De longe, 12 novas skins que trazem campeãs do jogo original para o mundo das Guardiãs Estelares pode parecer muito – especialmente para quem já está na luta para upar todo o passe inédito para conquistar os itens exclusivos. Mas, em comparação à um elenco enorme de mais de 150 personagens jogáveis, escolher menos de uma dúzia de nomes para ganhar o tratamento de Guardiã Estelar parece uma tarefa árdua. Segundo Ambrielle Army, é justamente o contrário:
“Escolher os campeões é uma das partes mais divertidas do processo! Esse ano, nos desafiamos a pensar não só em que faria sentido como Guardiã Estelar, mas sim que todos os nossos campeões podiam estar neste novo universo, por mais inesperado que pareça.”
Foi assim, por exemplo, que as Guardiãs Estelares passaram a conhecer seus Nêmesis Estelares. Da dupla de vilões, Morgana foi uma escolha certeira, mas o monstro cósmico Fiddlesticks já parece uma opção mais inusitada. Segundo Army, a decisão de colocar o Terror Ancestral entre as coloridas guardiãs “deixou até bastante gente do estúdio se perguntando como isso funcionaria”, mas no fim das contas acabou caindo perfeitamente para o grupo de antagonistas das guerreiras mágicas.
“Quando começamos a explorar o lado dos vilões, todo mundo ficou animado com Fiddlesticks. Além disso, tentamos ter em mente memes da comunidade, e os pedidos dos jogadores no passado, e também criar sempre um grupo cada vez mais diverso.”
Essa ideia de sempre expandir o mundo das Guardiãs Estelares parece ser o maior desafio que a Riot Games enfrenta na hora de confeccionar cada versão do evento. É preciso de um equilíbrio certeiro entre o fanservice e a nostalgia causada pelas inspirações nos animes noventistas, mas também elementos originais e consistentes com a trama sendo desenvolvida, como explica a desenvolvedora.
“Sempre que trabalhamos nas Guardiãs Estelares, há certa pressão para abraçarmos a nostalgia e garantir que vamos entregar aos jogadores o que eles amam nesse universo até então. Mas também queremos que esse universo cresça a cada visita, que a história vá para frente, e ter certeza de que vamos entregar algo novo aos jogadores.”
O universo das Guardiãs Estelares é uma atração à parte de League of Legends. Além das skins, conhecemos mais dessa história alternativa através de impressionantes animações e um modo de visual novel dentro do game. Sabendo que há material de sobra, uma dúvida paira no ar: por que não aproveitar todo esse potencial em uma série de TV? Especialmente após Arcane, há interesse genuíno em ver esses personagens interagindo entre si fora dos intensos combates em Summoner’s Rift.
Sabendo que há enorme demanda por mais conteúdo a lá Arcane, ou até mesmo jogos derivados no estilo de Ruined King (2021), Ambrielle Army não se arrisca, e deixa no ar a ideia de que a Riot Games – mais uma vez – está atenta aos desejos de sua comunidade. Será que vêm aí?
“Sempre ficamos muito animados em levar League of Legends para as mídias e plataformas frequentadas pela nossa comunidade”, afirma Army, com cuidado para não expor nenhuma informação sensível. “Não posso revelar nenhum plano em específico, mas posso garantir que continuamos apaixonados por contar novas histórias dentro do universo das Guardiãs Estelares!”
Com itens e skins exclusivas, o evento das Guardiãs Estelares já está disponível em League of Legends, League of Legends: Wild Rift e Legends of Runeterra.
Aproveite e confira também: