Kimi: Novo filme da HBO Max é baseado em um caso real? Entenda

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Kimi: Novo filme da HBO Max é baseado em um caso real? Entenda

Por Jaqueline Sousa

O filme Kimi: Alguém Está Escutando chegou recentemente na plataforma da HBO Max trazendo uma história bastante intrigante. Estrelado por Zoë Kravitz, o longa apresenta temáticas tecnológicas relevantes na contemporaneidade, como os debates acerca da privacidade na era da internet, em meio a uma trama que trata de uma investigação de um assassinato brutal.

Quando o assunto é thrillers, é comum encontrarmos narrativas baseadas em casos reais no universo do entretenimento. E, caso você já tenha assistido ao filme da plataforma de streaming, pode ser que tenha se questionado, em algum momento, se haveria a possibilidade do enredo ser inspirado em uma história real ou se tudo aquilo era apenas ficção

Já respondendo à pergunta: Kimi não é baseado em um caso real. Entretanto, a trama do longa tem certas semelhanças com um caso que realmente aconteceu envolvendo uma gravação de um aparelho digital da Amazon Echo, aquele que possui a famosa assistente de voz Alexa. Ficou curioso? Então, vem com a gente que hoje nós vamos te explicar essa história!

Qual é a história do filme?

Antes de entendermos o caso real, vamos relembrar a trama do filme. Com direção de Steven Soderbergh (Onze Homens e Um Segredo), Kimi acompanha Angela Childs (Zoë Kravitz), uma mulher agorafóbica (fobia relacionada ao medo de estar em lugares públicos) que trabalha em uma empresa de tecnologia. Sua função é resolver eventuais problemas de comunicação com a Kimi, uma assistente de voz semelhante à Alexa. Até que, certo dia, ela escuta uma gravação em que uma mulher grita por ajuda enquanto é assassinada

A partir disso, você deve ter imaginado que a protagonista iria atrás do responsável pelo crime. Mas as coisas não serão nada fáceis para Angela: quando tenta alertar a empresa onde trabalha sobre o ocorrido, ela acaba descobrindo uma conspiração que pode custar sua própria vida. 

O caso real

Mesmo que o filme não seja baseado em um caso real, ocorreu algo bem parecido num estado dos Estados Unidos.

Ao longo dos últimos anos, muito tem se falado sobre as questões jurídicas envolvendo a privacidade das pessoas que mantêm em casa um aparelho digital como a Alexa. Será que essas gravações poderiam ser utilizadas como evidências em casos criminosos, por exemplo? Foi a partir desse dilema que o roteirista David Koepp teve a ideia para o enredo de Kimi (via AP).

Além disso, Koepp desenvolveu o roteiro do filme durante o auge da pandemia de coronavírus, em meados de 2020. Segundo ele, a ideia era apresentar “uma protagonista agorafóbica enfrentando a pior situação possível que poderia acontecer com alguém em tais condições” (via The Wrap).

Como dito anteriormente, embora o filme não tenha sido baseado em um caso real, existe uma história bem semelhante ao enredo que aconteceu em 2015, no estado do Arkansas (EUA). De acordo com o Screen Rant, um homem foi encontrado morto em uma banheira depois de uma noite de farra com os amigos. O caso chamou atenção porque um dos colegas alegou que tinha escutado uma música vinda de um aparelho da Amazon Echo na noite da morte.

Assim, a corte acabou solicitando as gravações do aparelho à Amazon, já que o recurso é feito para atender aos comandos de voz. Apesar de ter recusado o pedido no início, a empresa eventualmente colaborou com as investigações quando James Bates, o acusado, ofereceu essa informação.

Por fim, por falta de evidências suficientes, as queixas contra o acusado do possível homicídio foram retiradas, e a corte decidiu que Bates não tinha matado o amigo. O caso foi arquivado como um afogamento acidental decorrente do consumo excessivo de álcool. Perturbador, não?

Kimi: Alguém Está Escutando está disponível na HBO Max.

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