Justiceiro: Criador do anti-herói acredita que símbolo possa ser resgatado da extrema-direita
Justiceiro: Criador do anti-herói acredita que símbolo possa ser resgatado da extrema-direita
Gerry Conway quer ver o símbolo associado a causas sociais
O Justiceiro sempre esteve entre uma das figuras mais controversas da Marvel Comics, devido a sua visão perigosamente pragmática sobre a luta contra o crime. Não demorou para que a caveira que representa o personagem fosse apropriada por movimentos de extrema-direita, para o desgosto de seus criadores. Em uma recente participação a um podcast, Gerry Conway revelou ter esperanças que o símbolo ainda possa ser resgatado por boas causas (via 99% Invisible).
Justiceiro e a extrema-direita
Quando criou o personagem para Amazing Spider-Man #129, junto de John Romita Sr. e Ross Andru, Conway não imaginava como o imagético do anti-herói se tornaria sinônimo de grupos como “Vidas Azuis Importam”, “Vidas Verdes Importam” e QAnon.
Muitos consideram que não é mais possível desassociar a caveira do Justiceiro com ataques de ódio de grupos extremistas, como o próprio apresentador do podcast Endless Threat faz questão de declarar. Ainda assim, Conway se mantém esperançoso.
“Mesmo se este fosse o caso, apontar o dedo na cara dos vilões sempre é um bom negócio. E espalhar blusas com o logo do Vidas Pretas Importam junto do logo do Justiceiro é um belo ‘Vai se f-‘ para as pessoas que merecem um ‘Vai se f-‘,” comenta.
Justiceiro pelas causas sociais
O escritor acredita que o ícone da caveira simboliza justiça, ao invés de opressão. Tanto que em 202o, ano marcado por protestos antirracistas em todo mundo, Conway lançou a campanha “Skulls for Justice” (Caveiras pela Justiça, em português), que incentivava fãs do anti-herói a aplicar seu símbolo em causas sociais que apoiem a justiça racial, igualdade de gênero e a visibilidade trans.
A Marvel não chegou a tomar ações legais para combater o uso indevido de sua marca pelos movimentos de extrema-direita, mas Conway tem uma ideia mais sutil para desestimular o uso ilegal do símbolo por tais indivíduos. Ele acredita que está na hora de um novo personagem assumir o manto de Justiceiro: um veterano de guerra negro.
Deste modo, seria possível continuar a explorar os mesmos temas que acompanham Frank Castle por uma lente mais alinhada com os problemas das minorias. O que você acha? Concorda com o escritor? Não deixe de comentar!
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