Homem de Ferro 3: Curta protagonizado por Mandarim sofre censura na Disney+ americana
Homem de Ferro 3: Curta protagonizado por Mandarim sofre censura na Disney+ americana
Censura parece questionável em comparação a alguns outros problemas do personagem
Construir o Universo Cinematográfico da Marvel não foi fácil. Com alguns erros, acertos e tentativas frustradas, houve personagens que precisaram ser reescritos, adaptados e até mesmo tiveram sua história modificada através dos filmes. Como é o caso de Trevor Slattery, o Mandarim de Homem de Ferro 3. Porém, uma nova e talvez questionável mudança no enredo do personagem foi feita no streaming americano da Disney.
De acordo com o The Direct, uma cena do curta “All Hail the King” (Todos Saúdem o Rei, em tradução) foi censurada para evitar uma palavra ofensiva. Na cena, Trevor, após os eventos do filme do Homem de Ferro, está na prisão. E, entre fãs e haters, o personagem é abordado por um homem branco. É quando este diálogo ocorre:
Dave: Você sabe o que eu quero agora?
Trevor Slattery: Um autógrafo?
Dave: Eu quero dar ao mundo exatamente o que ele está pedindo. O seu cadáver em uma maca no necrotério
Herman: Aí, branquelo (cracker, no original)! Qual foi?
Trevor: Ahhh, meus fãs. Beije meus anéis, frango.
Na dublagem oficial do curta, “cracker” se tornou “branquelo”. Nos Estados Unidos, a gíria é uma ofensa que utiliza estereótipos raciais contra pessoas brancas. Por esta razão, o início da fala de Herman, um homem negro, foi cortado, fazendo com que o personagem diga apenas “Qual foi?” (What’s up?, no original).
Porém, se por um lado essa é uma forma da Disney+ tornar seu conteúdo palatável para todos os públicos, retirar essa palavra parece uma amenidade em comparação a outros problemas com o próprio Mandarim, como representou um estereótipo e até o embranquecimento. Pontos que foram “corrigidos” em Shang-Chi.
Sem contar que no mesmo curta podem ser encontradas outras palavras ofensivas, como “bitch”, que na dublagem ganhou a curiosa tradução de “frango”. De qualquer forma, essa pequena “limpeza” feita pelo streaming nos Estados Unidos pode ser um indício do que veremos no futuro do Universo Cinematográfico da Marvel.
Vale lembrar que censura tem sido um tópico delicado para a Marvel e Disney. Nos últimos meses, a empresa tem sofrido boicotes de alguns filmes pela China e Arábia Saudita devido a cenas que apresentam personagens abertamente LGBT+.
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