Friends: Criadora responde às críticas sobre falta de diversidade na série
Friends: Criadora responde às críticas sobre falta de diversidade na série
Essa é uma das principais críticas sobre a série.
A sitcom Friends foi de um caso de amor para ódio em meio ao público. Trazendo uma comédia leve com um grupo de amigos em Nova York, a produção criada por David Crane e Marta Kauffman tem recebido uma série de críticas nos últimos anos por sua falta de diversidade e piadas machistas e homofóbicas. Em uma recente entrevista para o Los Angeles Times, Kauffman comentou que, atualmente, se sente constrangida por estas falhas.
Lançada em 1994 pela NBC, Friends foi um sucesso instantâneo. Com Jennifer Aniston, Courtney Cox, Lisa Kudrow, Matt LeBlanc, Matthew Perry e David Schwimmer no elenco, a sitcom não apenas formou uma geração de serianáticos, como também se tornou um exemplo quando tratamos em finais satisfatórios.
Porém, a série não envelheceu bem. Com apenas uma personagem negra de destaque ao longo de suas dez temporadas — Charlie Wheeler interpretada por Aisha Tyler —, diversas piadas lesbofóbicas e atitudes questionáveis de Ross, alguns fãs passaram a repensar a importância de Friends. Assim como a própria Kauffman, que explicou que muito mudou nos “últimos 20 anos”.
“Eu aprendi muito nos últimos vinte anos. Admitir e aceitar a culpa não é fácil. É doloroso olhar para si mesma no espelho. Estou envergonhada que não sabia o suficiente há 25 anos atrás”.
Mesmo que a experiência da roteirista hoje em dia seja “difícil e frustrante” ao olhar para trás, a verdade é que o mercado televisivo dos anos 90 era problemático por si só. Até as produções mais progressistas, como Queer As Folk, lançada nos anos 2000, transbordava preconceitos e senso comum.
Porém, vale lembrar que Kauffman esteve envolvida na criação de outra série de comédia de sucesso, Grace & Frankie. Trazendo Jane Fonda e Lily Tomlin nos papéis principais, a produção original da Netflix procura trazer um olhar diferente para a faixa etária idosa.
Destacando-se pelo elenco, ainda assim decepcionou quando se trata de representatividade. Com apenas dois personagens negros de destaque, ela ficou conhecida por trazer atores sêniors de volta para a televisão, mas esqueceu de estender as barreiras além da branquitude.
Tentando fazer a sua parte em uma luta antiracista, Kauffman mostrou revolta ao assassinato de George Floyd em 2020, como também já arrecadou quatro milhões de dólares para o departamento de estudos afro-americanos da Brandeis University.
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