Elden Ring: Conheça melhor a história inicial do game antes de jogar
Elden Ring: Conheça melhor a história inicial do game antes de jogar
Maculado, seu destino te aguarda aos pés da Térvore!
Para aqueles que esperaram por tanto tempo, a recompensa: Elden Ring, novo épico da FromSoftware com a Bandai Namco, já está entre nós e é mais grandioso do que imaginávamos!
Como todo bom soulslike, vai demorar um tempo ainda até que consigamos explorar todas as raízes das Terras Intermédias. Um novo mundo inteiro se abre à nossa frente, com toda a sua magia e violência, e cabe a nós decifrar seus segredos.
Mas não se preocupe! Este texto deve servir como auxílio para aqueles que querem atravessar o Mar de Névoa preparados, desvendando a história inicial de Elden Ring. Nada é o que parece nessas terras douradas, Maculado, mas você pode, pelo menos, se sentir mais seguro conhecendo a Graça.
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A Graça
Enquanto o nosso mundo parece viver em uma maratona caótica cotidiana, mundos mágicos geralmente funcionam através do equilíbrio de forças naturais daquele universo; uma batalha infinita entre ordem e caos.
Em Elden Ring, essa ordem natural possui nome: Graça. É uma força invisível, na maior parte do tempo intangível, com vontade própria e zelo pelas leis que fundamentam o mundo. Ela abençoa seus escolhidos com sua luz dourada, bane os indesejados de seu quintal e mantém as estruturas dessas terras funcionando através do conjunto lógico que forma o Anel Prístino.
No entanto, mesmo sendo uma força, a Graça não é invencível ou intocável. Ela se faz presente no mundo através do Anel e das Runas, pode ser usada pelos habitantes dessas terras para obter poder e sua ordem pode ser interrompida, caso o criminoso saiba onde atacar.
O caos ainda existe nas Terras Intermédias e, tão natural quanto a vontade da ordem, é o desejo dele de sobrepô-la.
O Anel
Mas esta é uma história sobre um anel; não um anel comum, um adereço, mas sim um conjunto lógico que determina as leis de funcionamento do mundo. Um conjunto lógico que foi quebrado e jogou todos os componentes deste conto nas mãos do caos.
Elden Ring é traduzido oficialmente como “Anel Prístino”. Prístino é uma palavra tão incomum no português quanto “Elden” na língua inglesa. De acordo com o dicionário, é um adjetivo “relativo a um estado, a uma condição ou a uma época anterior; antigo”. Assim, o anel que nomeia o jogo vem de algum ponto no passado e, no momento do início da aventura, já nem existe como um todo.
O Anel Prístino é formado por “Grandes Runas”, uma forma tangível da Graça. Ele é um item no plano físico, que pode ser quebrado, e também é uma entidade metafísica. Era através do anel que as leis gerais da realidade se faziam valer e ele era a fonte de poder da Térvore – a grande árvore dourada, iluminada pela Graça, que equilibra os reinos das Terras Intermédias.
No momento em que se passa Elden Ring, o Anel Prístino só existe em pedaços, guardados pelos semideuses que governam as regiões das Terras Intermédias. Esses fragmentos garantem poder absoluto para quem os segura, mas, em contrapartida, os distorce, integrando em seu corpo e mente o caos que assola o reino.
A Eterna e os Semideuses
Rainha Marika, a Eterna, é quem governa as Terras Intermédias. Não fica claro há quanto tempo ela ocupa o trono, quem veio antes ou como é o seu governo; ela estava lá quando o Anel Prístino ainda mantinha a ordem do mundo e continua, agora que ele foi quebrado.
Os filhos da Rainha Marika, chamados de semideuses, reinam sobre as regiões das Terras Intermédias. Porém, o relacionamento entre essa “família real” é conflituoso, quando cada um desses reis se apossou de um fragmento do Anel Prístino, após a ruptura, e um histórico de guerras se seguiu.
Na época de Elden Ring, esses reis ganharam a alcunha de “semideuses decrépitos”. Os fragmentos do Anel corromperam seus usuários e eles aplicaram essa nova “lógica” em seus reinos. Um exemplo é o de Godrick, o Enxertado, que governa sobre as terras do Limgrave.
Godrick ficou obcecado por membros, especialmente braços, e passou a enxertar partes extras em seu corpo, transformando-se em uma monstruosidade. A história conta que o governante fazia “colheitas de carne” pelo reino, para usar em si mesmo e em experimentos.
Por sua vez, a força de Marika ainda ressoa por boa parte das Terras Intermédias. No game, explorando o cenário, você pode encontrar “Estacas de Marika”; elas funcionam como um tipo de checkpoint secundário, ficando sempre próximas de áreas difíceis ou chefes, dando ao jogador a possibilidade de renascer naquele local caso seja derrotado.
Isso implica não só na influência atual da Rainha no mundo, mas em alguma ligação entre ela e os Maculados — como é chamada a “raça” dos personagens jogáveis. Mais ainda, coloca Marika muito próxima daquilo que começou a ruptura do Anel Prístino: a Runa da Morte.
A Runa da Morte
Estabelecemos, então, que o Anel Prístino é um conjunto de lógicas naturais do mundo e que elas são representadas por Grandes Runas. Mas como aconteceu a ruptura de algo tão poderoso e intangível?
Ainda não sabemos a história completa, mas conhecemos seu início: a Runa da Morte. Dentre as leis do Anel Prístino, estava a determinação natural de que o que está morto não levantará mais; a morte era uma lógica primordial do Anel e do mundo. Até que ela desapareceu.
É dito que a Runa da Morte foi roubada em uma noite de névoa densa, eras antes do início do jogo. Isso causou um desequilíbrio nas forças naturais e eliminou o caráter definitivo da morte. Aqueles que caíram agora podem retornar… só não se sabe quem os rege além do túmulo.
Este foi o impacto que iniciou a ruptura do Anel Prístino. Em um mundo onde a morte não é mais regra, a “eternidade” da Rainha Marika e seus filhos semideuses também não é mais insuperável. Assim, os semideuses começaram a cair e o poder de Marika sobre as Terras Intermédias se viu ameaçado.
Godwyn, o Dourado
Descobrimos, através do trailer do game, que Godwyn, o Dourado, foi o primeiro dos semideuses a “cair”. Não é dito “morrer”, mas “cair”, pois vemos o corpo do semideus acordar, pouco depois. Em seguida, é colocado que Marika foi “levada ao extremo” e, assim, o Anel Prístino começou a rachar.
Não foi revelado ainda como a ruptura do Anel aconteceu. No entanto, pela cicatriz, é possível agora reconhecer Godwyn na cena do primeiro trailer do game, onde é indicado que alguém quebrou o Anel Prístino. Isso explicaria como seus irmãos receberam partes desse poder e como os poderes de Marika ainda regem pelas Terras Intermédias.
O fato é que, enfim, o Anel foi quebrado, suas runas estão nas mãos de semideuses decrépitos e o caos toma conta do reino. Por isso, uma raça expulsa das Terras Intermédias, que agora vive além do Mar de Névoa, é chamada de volta, na esperança de conquistar todos os fragmentos do Anel Prístino e salvar a ordem da Graça: os Maculados.
Os Maculados
Em Elden Ring, você faz parte dos Maculados, aportando nas Terras Intermédias com a ajuda da Graça, depois de eras exilado para além do Mar de Névoa. Esta Graça, que baniu sua raça deste lugar, é a mesma que te chamou de volta, em busca de ajuda, e que te guiará na jornada.
Sabemos pouco sobre os Maculados; o nome sugere que eles foram algo “puro”, em algum momento, que foi manchado. E a história é exatamente essa: uma raça, anteriormente abençoada pela Graça, que perdeu sua glória e foi expulsa depois de cometer um certo “pecado”.
Não sabemos qual foi o erro dos Maculados no passado, mas isso foi há muito tempo — algo mais antigo que a ruptura do Anel Prístino. Exilados para além do Mar de Névoa, essa raça permaneceu em desgraça por eras, enquanto as Terras Intermédias sucumbiam ao caos.
Agora, depois de tanto tempo, a Graça voltou a chamar os Maculados. Não só o seu personagem, mas outros visitantes de além do Mar de Névoa estão explorando as Terras Intermédias. Sua missão é conquistar os fragmentos do Anel Prístino, retornar a ordem ao reino e, enfim, servir à Graça como um “Lorde Prístino”, reconquistando a glória do seu povo.
Ou não. Talvez, depois de tanto tempo, você descubra que ser grato à Graça não vale a pena. Afinal, a “ordem” precisou estar em completo desespero para “perdoar” os Maculados. Ela precisa de você, mas você já está sem ela há muito tempo. O ponto é que você deve, sim, conquistar o Anel, mas não necessariamente para dedicar o resto da sua existência servindo a uma força que te negou por eras…
Cabe a você, Maculado, decidir o que fará. Mas, até lá, sua direção é única: derrubando semideuses, até os pés da Térvore.
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