Disney, Warner, Netflix e mais estúdios irão pagar viagens de funcionárias que quiserem fazer aborto nos EUA
Disney, Warner, Netflix e mais estúdios irão pagar viagens de funcionárias que quiserem fazer aborto nos EUA
Corporações reafirmaram compromisso com funcionárias – ainda que muitas tenham financiado políticos anti-aborto no passado
Na última sexta (24), o Tribunal Supremo dos Estados Unidos revogou o direito ao aborto legal, que integrava a constituição do país desde 1973. A partir de agora, cada estado poderá proibir e criminalizar o procedimento médico, e várias corporações estão prometendo pagar os custos de funcionárias que precisem viajar para um estado em que o aborto ainda seja legalizado (via Digital TV).
Durante os dias seguintes à mudança na constituição, várias empresas de entretenimento se manifestaram contra a decisão do Supremo e reforçaram tal comprometimento com a saúde de suas funcionárias. A lista de companhias inclui nomes como Netflix, Comcast, Warner Bros. Discovery, Disney, Sony e muito mais.
Segundo comunicado interno da Warner Bros. Discovery, a empresa atualizará o plano de saúde de suas funcionárias e familiares associados para cobrir o custo de viagens para outros estados e também todas as taxas e despesas associadas ao procedimento médico em si. Por melhor que seja a notícia, ainda há uma questão delicada visto que muitas dessas corporações ajudaram a chegar no ponto atual.
Por mais que a atualização nos planos de saúde seja uma medida necessária e importante em um momento como esse, o anúncio desse compromisso com as funcionárias para o público foi entendido como propaganda e hipocrisia, visto que muitas dessas companhias financiaram políticos que fizeram lobby para reverter o direito ao aborto legal.
Vale notar que algumas dessas empresas têm histórico de financiarem as campanhas de políticos conservadores e anti-abortistas. É o caso da Disney, que recentemente foi pega tendo doado mais de US$400 mil para políticos conservadores apoiando leis anti-LGBTQIA+. A AT&T, antiga dona da WarnerMedia, também tem o nome sujo após ter doado cerca de US$4,9 milhões para políticos anti-abortistas em 2020.