Cyberpunk: Mercenários – Conheça o anime da Netflix inspirado pelo gênero cyberpunk futurista
Cyberpunk: Mercenários – Conheça o anime da Netflix inspirado pelo gênero cyberpunk futurista
Cyberpunk é uma ótima surpresa da Netflix para os fãs de anime
Atenção: Alerta de Spoilers!
A Netflix é uma plataforma de streaming que tem se dedicado também a fazer suas próprias produções para ampliar seu catálogo e, em 2022, chegou Cyberpunk: Edgerunners (Cyberpunk: Mercenários, na tradução oficial). O anime se baseia no universo de um jogo, e tem personagens marcantes, roteiro bem escrito, animação bem feita e cores vibrantes. Mas afinal, Cyberpunk: Mercenários é realmente bom?
Sobre a adaptação
Cyberpunk: Mercenários é uma série de anime polonês-japonesa baseada em um jogo chamado Cyberpunk 2077, criado por Mike Pondsmith. Lançada em 2022, a série foi animada pelo Studio Trigger em parceria com a CD Projekt e se ambienta em um universo futurista cyberpunk, como um prequel para os acontecimentos do jogo (se passando cerca de 1 ano antes dos eventos de Cyberpunk 2077).
Desde seu lançamento, Cyberpunk: Mercenários tem recebido inúmeros elogios da crítica, principalmente sobre seus personagens, qualidade da animação, construção do universo como um todo e uma ótima narrativa que não precisa ser altamente explicativa para que o público consiga entender o universo em 10 episódios.
Enredo
Neste universo futurístico, existem implantes cibernéticos que aumentam as capacidades físicas, mas é estabelecido desde o começo que, se esses implantes foram feitos em excesso numa pessoa, ela corre o risco de não aguentar, perder o controle e virar um Cyberpsicopata. Ao mesmo tempo, existem grupos de mercenários que trabalham no mercado negro e que usam esses implantes para realizar missões, esses são os Cyberpunks.
O anime conta a história de David Martinez, um jovem que vive nesse mundo distópico repleto de tecnologia, implantes cibernéticos e corrupção. Levando uma vida normal ao lado de sua mãe e, graças a ela, estudando em um dos melhores colégios, o garoto era inteligente e promissor, até que um tiroteio em meio a uma rodovia o faz perder tudo o que tinha e sua vida muda para sempre.
Sem rumo, David realiza um perigoso implante e, consequentemente, conhece um grupo de Cyberpunks ao qual ele se alia e começa a trabalhar de forma ilegal, se tornando um jovem mercenário. O resto da história gira em torno dessa sua escolha e de seus companheiros de equipe: Lucy, Maine, Dorio, Rebecca, Pilar, Kiwi e Falco.
Pontos fortes
Neste tópico vamos abordar o anime de forma mais aprofundada e com alguns spoilers (nada que vá estragar sua experiência, mas se você não quer spoiler nenhum, pule para o próximo).
Um dos pontos mais interessantes dessa trama é que os personagens, apesar de se tornarem meio androides a cada atualização e implante, ainda são muito humanos. Cada um tem seus próprios dilemas pessoais e nenhum deles é 100% bom ou 100% mau, além do grupo do Maine (chefe dos Cyberpunks) se proteger e se tratar como uma família, trazendo uma dinâmica legal que nos faz criar empatia pelos personagens. Mas não se esqueça: eles são mercenários e matar pessoas não é um problema.
E falando em mortes, esse anime é para maiores de 18 anos justamente pela quantidade de cenas violentas e sangue espirrando na tela. Todos os episódios contam com cenas de assassinato, corpos se partindo, explodindo, se dilacerando e isso pode ser algo que, para as pessoas mais sensíveis, cause certo incômodo. A dublagem brasileira ajuda a criar essa ambientação +18 com inúmeros palavrões e ofensas, mas que caracterizam o universo e cada personagem de forma fiel.
Sobre os personagens, como uma animação de apenas 10 episódios consegue fazer com que o público se apegue a um grupo de assassinos de aluguel? O anime não perde muito tempo explicando seu próprio universo ou o passado desses personagens, mas existem momentos chave que levam o público a entender de onde algum desses personagens vieram. Como são muito humanizados, se identificar com cada um é uma tarefa fácil e, a medida que alguns vão nos deixando, é impossível não sentir a perda.
Outro fator que chama a atenção na produção é o design escolhido, assim como a cartela de cores. Ao mesmo tempo que temos cenas com cenários coloridos mostrando a cidade como algo convidativo, animado e futurístico, em outros momentos temos a mesma cidade em tons escuros como cinza, deixando as cores vibrantes apenas para as roupas e traços dos personagens. Como se um mesmo ambiente pudesse parecer tão leve no início da obra e depois, tão pesado e intragável…
A narrativa se divide em duas: a inicial, onde conhecemos a equipe que David integra e a segunda metade do anime, onde as consequências pelas escolhas anteriores começam a pesar. Em meio a esses dilemas, temos um romance entre David e Lucy que, ao mesmo tempo que é relevante para a trajetória dos dois, não é clichê e nem atrapalha o ritmo da ação que o anime carrega. Porém, esse romance acaba fazendo os telespectadores chorarem no ato final, mas o motivo é só assistindo para você saber…
Personagens
- David Martinez: nosso protagonista é um jovem promissor que estudava na Arasaka Academy, um dos melhores colégios do país e vivia com a sua mãe, Glória. Após um incidente que mudou sua vida, ele realiza um implante perigoso e entra para uma gangue de criminosos cibernéticos conhecidos como Cyberpunks;
- Lucy: ela é a responsável por apresentar a David o universo dos mercenários. Acaba se envolvendo romanticamente com David e carrega um passado sombrio bastante difícil, além de odiar a Arasaka por algum motivo. Seu sonho é conhecer a Lua;
- Maine: o veterano mercenário que comanda sua própria equipe de Cyberpunks que David passa a integrar. Ele era um dos clientes de Glória, mãe de David, e permite que o garoto integre seu bando sob sua supervisão;
- Dorio: Dorio é a namorada do Maine e a segunda no comando da equipe;
- Rebecca: uma jovem mercenária com uma pegada meio Arlequina das ideias. Ela adora matar e se diverte quando está no trabalho atirando com suas armas coloridas. É a irmã mais nova de Pilar;
- Pilar: irmão mais velho de Rebecca e o técnico da equipe do Maine. Ele é muito desbocado e não aparenta ter pudor, proporcionando inúmeras cenas engraçadas e piadas adultas;
- Kiwi: ela é uma netrunner da equipe do Maine, que é responsável por pegar as informações nas redes e auxiliar nas missões da equipe;
- Falco: esse é mais um membro da tripulação do Maine, mas o responsável em ser o motorista de fuga do grupo;
Considerações finais
Para os fãs do gênero Cyberpunk, esse anime é uma ótima opção para maratonar, principalmente porque cada episódio é tão dinâmico que termina fazendo o público esperar pelo próximo. Com um total de 10 episódios, Cyberpunk: Mercenários consegue ser divertido, dramático, violento, bonito visualmente e com um final que deixou boa parte do público reflexivo.
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