CCXP22: Palco Bentō traz mangákas brasileiros em primeiro dia do evento
CCXP22: Palco Bentō traz mangákas brasileiros em primeiro dia do evento
Em uma troca de ideias super legal, eles falaram dos desafios, incentivos e de seus trabalhos no cenário nacional
O primeiro dia da CCXP22 trouxe inúmeras atrações incríveis em diversos estandes e palcos, mas os otakus tiveram, pela primeira vez, um espaço exclusivo! Esse é o Palco Bentō, que no primeiro dia trouxe Israel Guedes, IaraNaika, Haataoh e Cah Poszar – mangakás brasileiros – para uma roda de conversa onde os 4 dividiram suas experiências, desafios profissionais e dicas para quem quer começar a criar suas próprias histórias.
Em uma roda de conversa bem descontraída, os mangakás responderam perguntas no palco, também algumas do público e dividiram suas vivências como profissionais da área, incentivando quem tem interesse em começar a trabalhar nesse meio.
Ao serem perguntados que fez cada um se interessar por mangás, a resposta foi quase unânime: o interesse veio ainda na infância, quando os animes entraram em suas vidas. Sakura Card Captors, Os Cavaleiros do Zodíaco, Fullmetal Alchemist Brotherhood, Bleach e One Piece foram algumas dessas referências citadas por eles. O Israel Guedes revelou que precisou ir a São Paulo para começar seu curso, por exemplo.
Respondendo sobre os maiores desafios de ser mangaká no Brasil, as perspectivas de cada um foram diferentes, mas se complementaram: atingir o público de massas e furar a bolha da galera que já gosta ou já conhece esse universo, divulgar essas obras (já que o que chega do Japão tem mais atenção) e decidir o que fazer ou como começar a publicar.
Os desafios dessa profissão ainda persistem, mas um caminho a seguir para começar a trabalhar na área – segundo o Israel Guedes – é se profissionalizar em áreas correlatas a quadrinhos, principalmente em cursos sobre narrativa. Foi apontado por ele que muitas pessoas tem a ideia de começar estudando anatomia ou desenho no geral, mas saber contar uma boa história é tão importante quanto ter um desenho bonito.
“Simplesmente, comece!” foi a resposta dada por Cah Poszar quando perguntada sobre o de onde partir. Segundo ela, quanto antes você começar, antes você vai aprender com erros e acertos. Uma dica dada por todos os integrantes da palestra é começar por histórias curtas. Escrevendo histórias curtas com início, meio e fim fica mais fácil de entender a questão da narrativa, linguagem e ilustração.
Também trouxeram o tema brasilidades, já que mangá vem de um a cultura oriental. Como eles enxergam essa questão do “jeitinho brasileiro”? A IaraNaika destacou que a brasilidade está no toque de cada autor, pois mesmo que cada um escreva sobre diversas vertentes (fantasia, ação, cotidiano, romance e etc), cada um traz isso de um jeito muito único e com a linguagem pessoal de cada um.
Veja abaixo um pouco dos principais trabalhos de cada um dos mangakás brasileiros que estavam no Palco Bentō:
E essas foram as principais pautas abordadas durante a mesa de Mangás Brasileiros no primeiro dia de CCXP. Algum interessado em se tornar um mangaká por aqui? Deixe nos comentários!
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