Attack on Titan: Hange é contra o Rugido da Terra? Entenda o por quê

Capa da Publicação

Attack on Titan: Hange é contra o Rugido da Terra? Entenda o por quê

Por Flávia Pedro

Atenção: Alerta de Spoilers!

Em Attack on Titan Eren vê como única solução para proteger seu povo um genocídio em escala global e, por incrível que pareça, muitos estão ao seu lado nesse plano. Porém Hange Zoe, a última Comandante da Tropa de reconhecimento não aprova um genocídio. Vamos te explicar o por que!

O Rugido da Terra (ou o Estrondo, dependendo da tradução) é um evento em que o Titã Fundador utiliza seus poderes para liderar uma marcha de Titãs semelhantes ao Titã Colossal para esmagar tudo no seu caminho, incluindo principalmente humanos.

Esse plano genocida do protagonista está dividindo opiniões desde que foi posto em prática, tanto entre os personagens fictícios quanto entre o público que acompanha a franquia. No anime, os que apoiam o plano de Eren se denominaram Yeageristas e querem dominar a Ilha Paradis até que seu líder volte para governar.

Entre os que estão contra o Eren, existe a parcela da população que está de mãos atadas pois, além de não poder fazer nada de efetivo, também temem os Yeageristas – que ameaçam todos que vão contra seus ideais – e os soldados de Marley e Eldia, que se aliaram na intenção de parar a destruição em massa.

Hange, Mikasa e Jean se reuniram para pararem o Eren.

Para isso, Hange Zoe, a Comandante do Reconhecimento pediu ajuda a Mikasa e Jean, seus dois ex-amigos e subordinados da tropa, e ambos aceitaram se aliar aos demais para deter Eren. Porém, Jean demonstrou um pequeno interesse nos objetivos do amigo genocida, principalmente porque a ideia de “ele está fazendo isso para nos proteger” não pareceu tão errada.

Ele afirma que, se Eren não exterminar todo o mundo, todo o mundo irá se voltar contra a Ilha Paradis, é só uma questão de tempo para que um ataque aos eldianos aconteça. Nesse momento, porém, vemos que Hange é contra um genocídio e não vai ceder a essa ideia, mesmo que isso signifique ir contra o suposto bem para seu povo. Nas palavras da personagem:

“Genocídio não! Eu me recuso a encontrar uma justificativa para isso!” 

Disse enquanto levantava a voz, claramente em sinal de reprovação aos motivos dados por Jean. Em seguida ela se desculpa por ter gritado e continua:

“O Jean está certo. O Eren só ficou assim por causa da minha covardia e visão idealista. Além disso, apesar de ter incentivado tudo isso, eu tentei fugir do problema. Queria abandonar tudo. Abandonar tudo e tentar viver.”

Ela se culpa bastante por ter sido uma influência para o ato final de Eren, pois sempre foi defensora de seus ideais que envolviam proteger seus aliados. Mas então, por que ela é veementemente contra algo que aparentemente sempre defendeu?

A resposta é simples: ela ainda segue apegada às memórias dos companheiros que faleceram em combate ao longo de toda a história. Você leitor sabe que não foram poucos os soldados do reconhecimento que morreram antes mesmo de descobrirem a verdade sobre o mundo fora das muralhas.

Momento em que Hange lembra de todos os seus companheiros da Tropa de Exploração.

Hange sabe melhor do que ninguém, como Comandante, que nenhum dos que se foram lutando por justiça diriam algo como “desde que a Ilha tenha liberdade, tudo bem.”. Muita gente morreu buscando por liberdade, mas um genocídio não é um preço que eles estavam dispostos a pagar por ela. Então Jean compreende exatamente o ponto da Comandante e se mantém firme apoiando a decisão de sua superior e o desejo de seus amigos que morreram.

No fim, Hange querer impedir Eren vai muito além de sua culpa por ter sido um dos motivos que incentivou o garoto, ela não é egoísta a esse ponto. Mas pensar que estaria indo contra o desejo de todos os seus companheiros que entregaram seus corações em busca de liberdade é algo que ela jamais aceitaria fazer, por mais cômodo que fosse.

Confira também: