30 anos de Sonic na BGS: Relembre a trajetória do ouriço mais adorado dos games
30 anos de Sonic na BGS: Relembre a trajetória do ouriço mais adorado dos games
O mascote da SEGA vai fazer a festa na BGS 2022
Este ano, a Brasil Game Show vai reviver as memórias mais nostálgicas dos gamers das antigas. Além de trazer um estande dedicado à Nintendo, conhecida pelos jogos de Super Mario, a maior feira de games da América Latina também vai comemorar o aniversário de 30 anos de Sonic, o eterno mascote da SEGA. E para quem já ficou com o coração quentinho, preparamos uma retrospectiva dos momentos mais marcantes da carreira do ouriço.
- Corrida pelo topo na era clássica
- Fora dos games
- A era moderna
- Renascimento do Sonic
- 30 anos de Sonic na BGS
Corrida pelo topo na era clássica
A grande estreia do Sonic aconteceu em Sonic The Hedgehog, em meados de 1991. O personagem foi criado por Yuji Naka e Naoto Oshima, especificamente para rivalizar com o encanador bigodudo da Nintendo.
E a ideia deu muito certo. O carisma de Sonic foi tão grande que o jogo logo virou o carro-chefe do Mega Drive e ele tomou o posto de mascote da própria SEGA. Com apenas um par de tênis vermelhos e um sonho, ele conseguiu conquistar o mundo todo.
Nos anos seguintes, o ouriço ganhou os primeiros aliados na constante batalha contra Robotnik. Em 1992, a raposa Tails fez a sua estreia em Sonic The Hedgehog 2 como um grande admirador do velocista. E dois anos depois, em 1994, o protagonista encontraria em Knuckles um amigo e um rival no jogo Sonic The Hedgehog 3.
A dupla deu tão certo que não desgrudou mais de Sonic. O herói teve outros jogos menores em sua era clássica, em portáteis e experimentando outros gêneros. Até retornou ao mundo pixelado em 2010, em Sonic The Hedgehog 4, mas suas aventuras mais marcantes continuam sendo ao lado de Tails e Knuckles.
Fora dos games
Não demorou para o Sonic invadir as televisões. Logo de primeira, o azulão emplacou duas animações em 1993 — Sonic, o Ouriço e As Aventuras de Sonic, que passou na TV Colosso em 1996. Era super bobo, mas foi uma febre nos Estados Unidos. E também foi onde algumas características essenciais do personagem foram definidas, como seu amor por cachorro-quente.
Bem depois veio no Bom Dia & Cia a série Sonic Underground, uma história bem doida onde o Sonic tinha até dois irmãos — Sonia e Manic. Mas a animação que mais fez sucesso no Brasil, com certeza, foi Sonic X.
Este foi o primeiro anime inspirado nos jogos, mas seu maior sucesso foi fora do Japão. Como nos filmes mais recentes, a trama trazia o ouriço e seus amigos para a Terra. Ao lado de um garoto humano, Chris, eles enfrentam os planos maléficos de Robotnik. Nada muito complexo, mas foi um sucesso na Jetix e também na TV Globinho, ajudando a popularizar ainda mais o Sonic pelo Brasil.
Sua animação mais impecável é também a mais subestimada. Mais recentemente, o ouriço se tornou a estrela de Sonic Boom, uma reinterpretação fantástica da equipe do velocista com um humor sarcástico e inteligente que combina demais com o herói.
Diferente do game horrível de mesmo novo, Boom é uma das melhores produções do ouriço. Os episódios estão disponíveis na Netflix, que está preparando sua própria série original da lenda dos jogos — Sonic Prime — para chegar junto do futuro game Sonic Frontiers. Mas para falar disso, precisamos retornar aos jogos e mergulhar na era moderna do ouriço.
A era moderna
Muitas séries de jogo penaram para fazer a transição do mundo bidimensional para a terceira dimensão. Mas depois do exemplo de acerto de Super Mario 64, os desenvolvedores entenderam que a chave para acertar era criar uma experiência completamente nova que conversasse com a temática dos grandes clássicos. E assim, Sonic fez sua estreia na era moderna em 1998 com Sonic Adventure para Dreamcast.
Não foi só a jogabilidade que foi repaginada para reforçar a sensação de velocidade. O próprio Sonic era um personagem diferente. Enquanto o Sonic clássico era baixinho, redondinho e simpático, o novo Sonic moderno feito por Yuji Uekawa era alto, magro e metido — o sinônimo de um cara legal para a época.
Essa primeira aventura contou com seus velhos amigos, Tails e Knuckles, e também com a Amy, que tem um crush pelo herói. E na sequência, Sonic Adventure 2 de 2001, temos a estreia do enigmático Shadow, que tem sua própria campanha ao lado de Robotnik e da vampiresca Rouge. Este jogo marcou o fim da exclusividade de Sonic aos consoles da SEGA.
Depois disso, a empresa parou de fabricar consoles próprios e começou a produzir jogos para suas antigas rivais. Assim, Sonic fez sua estreia no Nintendo GameCube, PlayStation 2 e Xbox em 2003 com o jogo Sonic Heroes. Porém, longe de casa, o ouriço entrou em uma era sombria de jogos de qualidade duvidosa e levou um tempo até reencontrar sua identidade.
Experimentando novas ideias, a equipe produziu o polêmico jogo de tiro do Shadow the Hedgehog, um reboot de Sonic The Hedgehog introduzindo o viajante do tempo Silver e uma série de exclusivos de Nintendo Wii que não vingaram. Entre essas bombas, Sonic Unleashed foi lançado, marcando os jogadores com a estreia do Sonic Lobisomem. A ideia é tão bizarra que acabou consagrando o título como um clássico cult que só foi ser devidamente apreciado muitos anos depois.
E ironicamente foi no Nintendo Wii que Sonic encontrou sua nova casa. Ele começou uma parceria esportiva com seu antigo rival e protagonizou os jogos oficiais das Olimpíadas de Pequim no game Mario & Sonic at the Olympic Games. Pouco depois, o ouriço ainda foi convidado para se juntar ao elenco de Super Smash Bros. Brawl, entrando para o seleto grupo de lutadores do maior crossover dos games.
Cada vez mais a vontade em território inimigo, o herói enfim encontrou seu caminho com o lançamento de Sonic Colors, em 2010. O game trouxe o equilíbrio certo entre aventura e velocidade, definindo toda a base para o futuro dos jogos modernos de Sonic. E ainda introduziu um certo elemento puzzle com os Whisps, espectros coloridos poderosos que não saíram mais da franquia.
Agora que tudo estava em harmonia, Sonic Generations veio para juntar toda a história do herói em um único jogo. Pela primeira vez, era possível controlar tanto o rendondinho Sonic Clássico quanto o ousado Sonic Moderno no mesmo jogo. O game foi um divisor de águas, agradando fãs novos e antigos. Tanto que a fórmula foi repetida em 2017 com Sonic Forces.
Renascimento do Sonic
Atualmente, os fãs do azulão estão muito bem servidos, pois vivemos em uma era que pode ser considerada o renascimento de Sonic. O ouriço vive seu melhor momento em todos os âmbitos que se propõe.
Sonic Mania, em 2017, foi uma carta de amor de fãs para fãs da era clássica do herói. O jogo exila nostalgia e elevou a série a um novo patamar. E de quebra ainda resgatou dois personagens perdidos da história do Sonic, Mighty the Armadillo e Ray the Flying Squirrel, que haviam apenas aparecido na época dos fliperamas.
Os filmes também pegaram todos de surpresa. Em 2020, semanas antes da pandemia de covid-19 estourar, Sonic: O Filme fez um sucesso estrondoso. O longa live-action da Paramount Pictures trazia o ouriço para o mundo real, com uma dose de humor sob medida. A sequência, Sonic 2: O Filme de 2022, foi ainda melhor, adaptando mais elementos do jogo. E a história vai continuar em mais um filme e na série derivada do Knuckles, no Paramount+.
E por fim, para celebrar os 30 anos de história, um jogo inédito da era moderna do Sonic está sendo desenvolvido para o final do ano — Sonic Frontiers.
30 anos de Sonic na BGS
Muita coisa aconteceu durante a jornada do ouriço mais querido dos games e nessa correria pode faltar tempo para parar e celebrar.
Em 2021, a franquia Sonic alcançou oficialmente a marca de 30 anos de história, mas devido à pandemia as comemorações precisaram ser limitadas. Por isso, este ano o ouriço está de volta com tudo para celebrar seu aniversário e a BGS 2022 foi escolhida para ser palco desta festa.
Conheça a mente por trás de Sonic
Para começar, Takashi Iizuka, atual diretor criativo da série Sonic, estará pela primeira vez no Brasil, especialmente para o evento. Sua jornada com o ouriço começou bem nos primórdios, como um game designer em Sonic The Hedghog 3 de 1994. Desde então, Iizuka foi ganhando cada vez mais espaço no Sonic Team e assumiu a direção da fase 3D do mascote, em Sonic Adventure.
Todo jogo da linha principal do Sonic teve um dedo do Iizuka-san, incluindo Sonic Mania, em que agiu como produtor, e não será diferente com Sonic Frontiers, que estreia no final deste ano. Em homenagem a essa incrível jornada, o desenvolvedor vai receber o Lifetime Achievement Award, um prêmio por sua carreira, no palco principal da BGS.
Iizuka-san estará na feira nos dias 11 e 12 de outubro, em contato direto com os fãs nas sessões da BGS Meet & Greet Intel, em painéis na BGS Talks TikTok e também na cerimônia de abertura. Além de sua presença, o evento também vai contar com outra atração imperdível para os fãs do ouriço: a estreia mundial da Sonic Symphony.
Uma orquestra hipersônica
Para relembrar os momentos mais marcantes da série Sonic com bastante estilo, uma orquestra internacional vai rodar o mundo ao lado de uma banda de rock tocando as inesquecíveis músicas dos jogos mais populares do ouriço azul. E a Sonic Symphony começa a sua turnê mundial aqui no Brasil, direto da BGS 2022.
A orquestra preparou uma apresentação especial para o público brasileiro que vai acontecer no último dia da feira, 12 de outubro. É uma ótima maneira de se despedir da maior edição que a BGS 2022 já teve em toda a sua história!
Se você é fã de games, não dá para perder essa edição da Brasil Game Show. A maior feira de games da América Latina acontece entre 7 e 12 de outubro em São Paulo, no Expo Center Norte. Ingressos estão à venda no site, mas é melhor correr como o Sonic, porque os ingressos para sábado já esgotaram.
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