Review: SAKUGAN, novo anime da Crunchyroll, é divertido e muito promissor
Review: SAKUGAN, novo anime da Crunchyroll, é divertido e muito promissor
Assistimos ao primeiro episódio da nova estreia da Crunchyroll, SAKUGAN!
O episódio piloto de qualquer tipo de série carrega um fardo pesado em seus ombros: introduzir o espectador àquele universo, estabelecer os protagonistas e torná-los relacionáveis ao público, empolgar sem entregar o jogo e deixar o público curioso e ansioso para o próximo capítulo.
Tive a chance de assistir ao primeiro episódio de SAKUGAN, o mais novo anime da Crunchyroll, antecipadamente. Do estúdio Satelight – responsável pela animação de Fairy Tail – esse piloto será exibido na Virtual Crunchyroll Expo e já não vejo a hora de acompanhar os próximos episódios da animação.
Entre nesse mecha escavador que eu te explico o porquê.
A surpreendente aventura da Memempu
Quando você consome demais um tipo de mídia, chega um momento onde fica difícil algo te animar. Você já conhece os padrões, vícios e clichês daquelas produções, assim, somente títulos que parecem verdadeiramente especiais te deixam empolgado. Pessoalmente, esse é meu caso com animes; por isso, fiquei muito surpreso logo nos primeiros minutos de SAKUGAN.
Do estúdio responsável pelo anime de Fairy Tail e contando com uma equipe de peso – nomes de Dimension W e até Nier Automata – era de se esperar algo brilhante do novo título. No entanto, SAKUGAN vai além e te entrega um mundo intrigante, personagens carismáticos (e com um design incrível), uma história interessante e trilha sonora e animação de alta qualidade.
SAKUGAN já é aguardado pelos fãs de anime há algum tempo. Chamada “Sacks&Guns” anteriormente, a série é inspirada na história Sakugan Labyrinth Marker, de Nekotarō Inui, e tinha previsão de estreia para 2020. De lá para cá, o nome mudou, o lançamento foi agendado para Outubro de 2021 e seu primeiro episódio será exibido durante a Virtual Crunchyroll Expo, como uma prévia para o público.
É difícil até classificar que tipo de anime é SAKUGAN, quando ele foge de alguns padrões. Com um gostinho de shonen, mas abordando temáticas e situações mais adultas ao longo do caminho, os protagonistas dessa história são Memempu, uma menina prodígio de 9 anos, e Gagumber, o pai protetor e atrapalhado dela. A dinâmica entre os dois é muito única e talvez o ponto mais alto do piloto, criando situações genuinamente engraçadas, tocantes e dramáticas.
A dupla vive em um mundo muito distante no futuro, onde a humanidade foi confinada a habitar o subterrâneo e há muito tempo não tem acesso à superfície. No chamado Underworld, existem colônias abarrotadas de gente conectadas pelo “Labirinto”, os perigosos túneis e cavernas infestados de monstros, exteriores às locações humanas.
Nesse universo, sair das colônias é extremamente perigoso e uma tarefa relegada aos Markers – ou Marcadores – uma classe de exploradores que usam mechas de escavação para tentar mapear o Labirinto, além de buscar recursos e riquezas enterradas.
No caso da Memempu e Gagumber (que são nomes ótimos de ficar repetindo alto), a dupla trabalha apenas como mineradores em sua colônia, Pinyin, ainda que a menina sonhe com o Labirinto e em conhecer o céu fora do Underworld.
A dinâmica entre Memempu e Gagumber é ótima porque a menina, de início, parece um protagonista de shonen em seu modo de agir, determinação, sonhos e tudo mais. Ela é um prodígio da eletrônica e já consegue se sustentar sozinha, mesmo muito jovem. Já Gagumber é um pai protetor, bobão, mas que obviamente esconde um passado trágico. Ele tenta podar o sonho da menina de ser uma Marker pelo perigo da profissão, mas não está fazendo um bom trabalho.
É uma montanha russa de emoções acompanhar os dois, a dublagem é super carismática e o design deles e dos outros personagens que surgem na história são mais que excelentes. Passa um sentimento de games japoneses dos anos 90, por assim dizer. Isso vale também para os cenários e até para os mechas. É tudo MUITO bonito, com uma estética que parece familiar, mais voltada para o mundo dos jogos, mas também é original.
Os designs e até a trilha sonora seguem por uma mistura de neonoir com um pouquinho de steampunk. Existem inspirações claras ali, como Cowboy Bebop e Gundam, mas elas não se sobrepõem à criatividade da produção em si. Você tem aquele leve arrepio de reconhecimento quando escuta um blues começando na trilha, porém SAKUGAN logo segue por seu estilo próprio.
Sobre a animação – tópico que deixa muita gente com um pé atrás – SAKUGAN é visualmente muito bonito. Charmoso, diria. Existe uma mistura leve e bem feita entre 2D e 3D, especialmente para mostrar os mechas e monstros, mas nada que destoe do que já estava sendo exibido antes. Mesmo com essas diferenças, todos os elementos pertencem ao mesmo mundo, sabe?
E, para prender nossa ansiedade, o ritmo do episódio é excelente. Ele começa tranquilo e divertido, apresentando os personagens e mundo sem se apressar, e aí engata em algo mais frenético e finaliza com uma explosão. É difícil terminar o piloto sem ficar um pouquinho chocado e sem querer pular rápido para o próximo capítulo.
Sinceramente? Mal posso esperar pela estreia de SAKUGAN. O episódio piloto cumpre com excelência todos os seus objetivos e te deixa empolgado pela estreia do anime. A aventura de Memempu e Gagumber parece incrível e já entrou para a minha lista de animes para acompanhar nos próximos meses.
E aí, já tinha ouvido falar de SAKUGAN? Quer ver mais do animea qui na Legião? Não esqueça de comentar!
Veja agora nossa lista sobre Boruto:
Não esqueça: Confira a estreia mundial de “SAKUGAN” na Virtual Crunchyroll Expo, evento realizado online nos dias 5 a 7 de agosto.