Monster Hunter Rise: Jogo do Nintendo Switch surpreende nos gráficos e diversão
Monster Hunter Rise: Jogo do Nintendo Switch surpreende nos gráficos e diversão
Apesar de pouco amigável aos novatos, jogo recompensa esforço com entretenimento.
Lançado no final do mês passado, Monster Hunter Rise é um dos grandes lançamentos do Nintendo Switch. O game é parte da famosa franquia da Capcom, que conquistou o mundo ao apresentar combates épicos contra monstros gigantescos, se tornando a segunda saga mais popular da empresa – ficando atrás apenas de Resident Evil.
Com gráficos surpreendentes, o jogo vendeu mais de 5 milhões de cópias na sua semana de lançamento, e seu sucesso é muito merecido. Todavia, ainda que se esforce para ser mais amigável com os jogadores que estão conhecendo a franquia agora, Monster Hunter Rise é pouco didático e se prova um grande desafio para os novatos.
Aqueles que insistem no game, superando um tutorial cheio de texto e poucos ensinamentos, e as diversas mortes que acontecerão até que você pegue o jeito, são recompensados com muita diversão e um game que realmente é épico em todos os sentidos. Confira o que achamos do jogo!
- Sobre o que é Monster Hunter Rise?
- O que achamos de Monster Hunter Rise?
- Que nota damos para Monster Hunter Rise?
Sobre o que é Monster Hunter Rise?
Monster Hunter Rise segue a premissa dos outros jogos da franquia extremamente popular da Capcom. Nele você encarna um poderoso caçador, que tem como missão exterminar monstros colossais e proteger os humanos da sua vila, em um universo místico repleto de criaturas humanóides, feras terríveis e armas gigantes, que se mescla com a estética do Japão feudal.
Na trama, os moradores da Kamura Village avistaram um monstro lendário, o que é o sinal de que uma grande catástrofe está chegando para ameaçar todo o mundo. Assim, contando com a ajuda dos moradores da vila, o jogador assume o papel de um caçador “recém formado”, que precisará aperfeiçoar suas técnicas e dominar a arte da caçada para impedir que todo o mundo seja devastado pelo caos dos monstros gigantes.
Com habilidades poderosas, as criaturas ferozes são extremamente violentas e não hesitam em atacar tudo que encontram no caminho — incluindo outras feras selvagens. Por isso, é preciso ter muita técnica e atenção para criar a melhor estratégia para enfrentar cada monstro, pois quanto maior for a ameaça, mais grandiosa será a recompensa que o jogador receberá após isso.
Entre missões de exploração, captura e extermínio de monstros, é possível ser convocado para proteger a Kamura Village, defendendo toda a população das hordas invasoras. Por sorte, é possível encarar tudo ao lado dos amigos, explorando o modo online para formar uma linha de frente para destruir as criaturas.
Mas, mesmo que você parta sozinho para essas empreitadas, é possível contar com toda a ajuda da vila. Aprimorando seus equipamentos, recebendo dicas dos moradores e comendo refeições que concedem alguns buffs que fazem toda a diferença na hora da batalha. Além disso, o fiel amicão e o adorável amigato sempre estarão contigo, auxiliando no combate e diversificando o leque de estratégias que você poderá usar para tentar vencer.
O que achamos de Monster Hunter Rise?
Esse foi meu primeiro contato com um jogo da franquia Monster Hunter e, sendo bem sincero, não havia acompanhado as notícias sobre o game. Por conta disso, logo de cara, fui pego totalmente de surpresa com os gráficos. Monster Hunter Rise é muito lindo, mostrando todo o potencial que o console da Nintendo esconde (e muitas vezes não é aproveitado pelos lançamentos da plataforma).
Nos cenários, algumas texturas deixam um pouco a desejar, mas é compreensivo que alguns elementos precisaram ser simplificados em detrimento de outros. E o contraste é positivo. Os monstros estão lindos, a vila e os moradores são bem trabalhados e o seu personagem também é visualmente perfeito.
Contudo, após ficar embasbacado com o visual, fui recebido por muito textão. Como apontado por muitos fãs da franquia, Monster Hunter Rise se esforçou para ser bem receptivo com os novatos, mas o resultado disso é muito texto no que serve como tutorial do jogo. Na primeira vez que joguei, pulei alguns diálogos confiando na minha capacidade de aprender sobre o jogo enquanto jogava, achando que as coisas seriam mais intuitivas. Bem, não é assim que o game funciona e precisei recomeçar um save e ler com atenção tudo que me era ensinado.
O problema não é que eu não goste de textos, é que talvez houvesse uma forma mais didática de ensinar o que fazer, sem as interrupções constantes com as caixas de 3 ou 5 slides de texto.
Mesmo assim, apesar de todo o esforço, não achei o jogo muito amigável com os recém-chegados da franquia, afinal, quando você está terminando de ler o último texto do tutorial, sem empregar de fato o que foi ensinado no jogo, você meio que esquece o que foi dito no começo.
E durante o jogo real, a jogabilidade do personagem foi bem diferente do que eu estava acostumado, tanto no que diz respeito ao uso das armas e itens, quanto aos combos. Enfrentar os monstros é muito difícil, especialmente quando você ainda está pegando o jeito e tentando entender como as coisas funcionam.
Demora para você chegar no ponto em que você consegue ser útil e conseguir causar algum estrago nos monstros grandiosos. Demora até você encontrar a arma que mais combina com o seu estilo de jogo. Demora até você entender o que está fazendo e como combar e fugir dos ataques das criaturas. Pra resumir: Demora até você aprender a jogar Monster Hunter Rise e finalmente começar a sentir que está fazendo alguma coisa além de morrer.
Mas então, depois de apanhar diversas vezes, você finalmente pega o jeito e é ai que a diversão começa. O jogo fica uma delicia, mesmo que continue te frustando algumas vezes. É interessante pensar em uma estratégia e planejar o momento certo para escapar e usar as poções para se curar, explorar todo o potencial das suas armas e compreender que, no fim das contas, é quase uma dança que você está fazendo junto do monstro.
Dizer que depois de um tempo Monster Hunter Rise fica um tanto repetitivo seria desonesto, considerando que a franquia se consolidou nesse modelo de grind e que, desde sempre, fica claro que a forma que você tem para crescer e ficar mais forte é enfrentar uma mesma criatura algumas vezes até conquistar o que você deseja.
Com um grande leque de armas – que funcionam como as classes que você pode assumir no jogo – itens para personalização e muitas missões que variam desde explorar o mapa e coletar recursos até defender a vila, capturar monstros e exterminar bestas poderosas, o Monster Hunter Rise garante horas de diversão e fica muito bom.
E quando você está começando a achar as coisas um pouco entediantes, depois de já ter pegado o jeito e estudado como enfrentar algumas das feras mais comuns das missões, temos o modo online que adiciona uma nova camada de conteúdo ao game.
Se eu tivesse que escolher uma única coisa para elogiar em Monster Hunter Rise, seria esse recurso online. As missões ficam muito mais divertidas (e um tanto mais amigáveis) quando você junta um grupo — de até quatro pessoas — para enfrentar criaturas gigantes e perigosas. Joguei tanto com amigos quanto com desconhecidos, e me diverti muito nesse modo. O game ganha uma nova vida e parece completamente diferente quando você não está explorando o mapa de forma solitária.
Que nota damos para Monster Hunter Rise?
Nota: 4,5
Ainda que se esforce, Monster Hunter Rise não é um jogo muito fácil e convidativo para aqueles que estão chegando agora na franquia. Os textos do tutorial quebram ritmo, a jogabilidade não é fácil de aprender e é muito difícil ser útil e concluir suas missões logo de cara. No fim, o jogo consegue ter um começo complexo, mesmo que os veteranos da franquia considerem que ele está sendo o mais didático possível.
Entretanto, ao se esforçar para continuar jogando, é possível se divertir muito com o jogo. Tudo fica mais interessante quando você compreende o que está fazendo e como conquistar seus objetivos. As caçadas ficam emocionantes, os combos das armas mais tranquilos de executar, e as missões se tornam mais épicas quando compartilhadas (com amigos ou desconhecidos) no modo online.
Juntando isso com um gráfico muito bem feito, que surpreende aqueles que não estão acostumados a ver esse tipo de estilo e execução nos games do Nintendo Switch, é fácil gostar do título.
A impressão que fica é que, uma vez que você supera o começo difícil, o jogo muda completamente e você finalmente consegue mergulhar fundo nesta famosa franquia da Capcom. E depois disso, dá pra compreender porque Monster Hunter conquistou uma legião de fãs em todo o mundo: Tanto o universo, quanto o jogo, são bem divertidos e extremamente interessantes.
Por esse motivo, Monster Hunter Rise leva 4,5 amigatos, digo, estrelas.
Monster Hunter Rise já está disponível no Nintendo Switch.
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