Preview: Jogamos a versão teste de Elden Ring – e está inacreditável
Preview: Jogamos a versão teste de Elden Ring – e está inacreditável
O novo game da FromSoftware é o projeto mais ambicioso do estúdio, criado em parceria com George R. R. Martin.
Maculados, levantem-se! Eu sei que a ansiedade de qualquer fã da franquia soulsborne está insuportável quanto à espera por Elden Ring. Depois de muito tempo de espera, ganhamos um trailer, um vídeo de gameplay, mais informações e essas coisas só nos deixaram mais malucos pelo game.
Bom, já aviso que esse texto só vai colaborar com esse nervoso coletivo.
Isso porque a Legião dos Heróis foi convidada pela Bandai Namco para participar do teste de rede fechado de Elden Ring. Assim, tive o privilégio de experimentar as Terras Intermédias com antecedência para contar um pouquinho do que vi por lá para vocês.
Nesse texto, vou detalhar o que vi nos primeiros 30 minutos do game. Pode parecer pouco, mas o início de Elden Ring já é recheado de novidades e impressionante.
O Anel Prístino está quase ao alcance das nossas mãos!
(Imagens: Divulgação)
Além do mar de névoa, as Terras Intermédias
Esse é um daqueles artigos que me deixam extremamente feliz em escrever. Fã de carteirinha de soulsborne, estava junto de toda a comunidade na espera angustiante por novidades sobre Elden Ring, novo game da FromSoftware, primeiro original depois do maravilhoso Sekiro: Shadows Die Twice, de 2019. Eis que a oportunidade de participar dos testes do jogo surgiu e eu logo vesti minha armadura para adentrar as Terras Intermédias.
Vale dizer, antes de tudo, que esse teste de Elden Ring ainda não é o game final. Foram disponibilizadas cinco builds pré-montadas, não há cena introdutória e foi reforçado que parte do que está ali pode ou não aparecer da mesma forma na versão final – parecido com a demo de Sekiro onde você enfrentava a Corrupted Monk, que apareceu no jogo depois, mas em outro contexto e retrabalhada. Ainda assim, deu para ter uma boa ideia do que o título reserva.
Logo de cara, o cenário para fãs de soulsborne parece familiar, mas o sentimento é diferente. Você inicia a aventura em uma caverna que serve de tutorial, mostrando que agora você pode pular com seu personagem, que o dano de queda é reduzido e que os controles de batalha foram aprimorados brilhantemente. No entanto, nada do clássico chefão inicial que te mata para mostrar que a derrota faz parte do crescimento. Se isso vai permanecer assim? Só fevereiro de 2022 para dizer.
Essa ausência do “susto fatal” inicial que é marca dos soulsborne (o Asylum Demon de Dark Souls, o lobisomem de Bloodborne ou o Genishiro em Sekiro) já é uma pista de que a direção de Elden Ring parece semelhante à dos outros títulos, mas não é a mesma. Os criadores já haviam dito que esse game trabalha um conceito de “glória” diferente dos outros – assim sendo, o aprendizado muda.
Para entender melhor o que isso significa, saindo do tutorial para o mundo, você logo encontra um cavaleiro montado patrulhando a área. Dificilmente você vai conseguir derrotá-lo nesse início, ele está ali para te pisotear caso você tente. Porém, diferente dos jogos anteriores, Elden Ring, com seu mundo aberto, te permite analisar a situação e escapar dele para voltar ali quando estiver mais preparado. O mapa livre te faz abordar os desafios de uma maneira quase impossível na linearidade de um Souls, algo mais parecido com um sistema JRPG ou MMORPG.
Assim, são vários “choques” iniciais: a jogabilidade foi aprimorada, o ambiente ainda é familiar, no entanto todo o resto do game segue outra fórmula. O mundo aberto é absolutamente estonteante e convidativo, a dificuldade de batalhas permanece em um nível Dark Souls 3, os mistérios do lore já começam a te envolver – ainda que o teste não tenha entregado muito – e o jogo te desafia a encontrar a sua abordagem para esse novo universo cheio de possibilidades.
Um dos pontos mais altos do gameplay está na liberdade que você tem para explorar o mundo e a infinidade de coisas presentes no mapa gigante do jogo. Você pode seguir a “graça”, que te guiará no caminho em busca do Anel Prístino, ou você pode desviar seu caminho para encontrar cavernas e templos escondidos, missões secundárias e chefões “secretos”. Tudo isso com aquela construção detalhada absurda que é assinatura da FromSoftware, onde mesmo as menores masmorras deixam seu impacto no jogador.
Mas o meu favorito nesse teste foi batalhar montado no Torrente, seu corcel espectral. Você não começa o game com ele, mas o encontra logo no fim da primeira meia hora, e Elden Ring ganha outro tom quando você assume as rédeas do cavalo.
Com o Torrente, essa ideia mais “analítica” e em área das batalhas do game fica mais concreta. Esse é um cavalo FEITO para o combate, os controles dele estão perfeitos para você usá-lo para se locomover ou lutar sem o mínimo problema.
Nas rédeas do Torrente, você assume uma postura nova para os soulsborne de velocidade, investida e retirada. O jogo te incentiva a usá-lo para derrubar grupos grandes de inimigos ou para atacar monstros gigantes. É como se o título estivesse orgulhoso do trabalho feito com a montaria – e deveria estar mesmo.
Além disso, um dos motivos da FromSoftware para o teste era aprimorar o coop de Elden Ring e esse também é um dos elementos destaque do game. Todos os soulsborne, talvez com exceção de Sekiro, são jogos de comunidade, feitos para trocar figurinha com outros jogadores, aprender com eles, ensinar e, claro, participar de PVP, invasões e tudo mais. Em Elden Ring, isso não é apenas mantido, como expandido e incentivado ainda mais.
O próprio game solo agora te dá a possibilidade de invocar ajudantes de uma forma mais simples que os símbolos no chão dos soulsborne. Você pode adquirir cinzas para invocar aliados diferentes, sejam animais, monstros ou até grandes guerreiros. Eles não são obrigatórios, mas são uma alternativa para um gameplay diferente e talvez uma ajuda para jogadores novatos.
Já o modo cooperativo aparece logo quando você ingressa no mundo pós-tutorial. Assim como nos outros games, você precisa de itens para invocar, ser invocado ou invadir, mas agora existe uma aba própria no seu inventário para tudo isso, totens de invocação espalhados pelo mundo, próximos de chefões e coisas do tipo, e o mundo aberto te permite elevar a ideia de PVP para outro nível – algo parecido com as catacumbas de Bloodborne.
Tem MUITA coisa que pode ser dita sobre esse teste rápido de Elden Ring. A única coisa que ainda permanece nebulosa é a assinatura do Martin no lore, mas isso é porque muito pouco da história foi mostrada. O que dá para ter certeza é que esse é mais um clássico da FromSoftware, que talvez consiga mais público que qualquer outro até então, e que estará entre os melhores do ano de 2022.
Dá pra dizer isso com tão pouco tempo? Dá sim. Confiem no Anel Prístino e nas Terras Intermédias, eles não irão decepcionar.
Fiquem ligados para mais novidades sobre Elden Ring em breve, aqui na Legião! O game tem lançamento marcado para 25 de Fevereiro de 2022, para PlayStation 4 e 5, família Xbox e PC.
E aí, ansioso para Elden Ring? Não esqueça de comentar!
Veja agora nossa lista sobre o game: