Preview: Jogamos a primeira hora de The Dark Pictures: House of Ashes
Preview: Jogamos a primeira hora de The Dark Pictures: House of Ashes
O novo capítulo da antologia de terror da Bandai com a Supermassive tem inspirações em Abismo do Medo e O Exorcista.
Um novo conto obscuro surge no horizonte! Dando sequência à ótima The Dark Pictures Anthology, série antológica de games de horror da Supermassive com a Bandai, House of Ashes tem lançamento marcado para outubro e parece bem promissora para os fãs de clássicos do gênero.
Para você que ama jogos ou cinema de horror e quer saber mais sobre House of Ashes, a Legião teve acesso a uma prévia do game – a primeira hora – e eu já posso contar para vocês se as ruínas sumérias escondidas no Iraque realmente devem ser temidas.
O horror espreita nas profundezas. Se agarre à sua lanterna e vem comigo!
Requisitos Mínimos:
- Processador: Intel Core i5-3470 ou AMD FX-8350
- Memória RAM: 8 GB
- Sistema Operacional: Windows 10 64-bits
- Placa de Vídeo : NVIDIA GeForce GTX 750 Ti ou AMD Radeon HD 8570
- Memória de Vídeo: 2GB
- Espaço no HD: 50 GB
Configuração usada para review:
- Notebook Acer Nitro AN515-54
- Processador: Intel Core i5-9300H CPU @ 2.40GHz
- Memória RAM: 8,00 GB
- Sistema Operacional: Windows 10 64-bits
- Placa de Vídeo: Nvidia GeForce GTX 1650
- Memória de Vídeo: 4GB
- HD: 500GB SSD
House of Ashes e o horror satisfatório
Sempre achei a série The Dark Pictures Anthology muito interessante e importante para a renovação do mercado de terror e horror na indústria gamer. Se você não conhece, essa é uma saga de jogos antológicos, criada pela Supermassive Games e distribuída pela Bandai Namco, onde cada título conta uma história obscura diferente, com um gameplay baseado em exploração, escolhas e decisões rápidas.
Cada um desses jogos – House of Ashes é o terceiro – conta com cerca de quatro personagens interagindo com uma narrativa sobrenatural e muito gráfica. Você pode jogar sozinho e controlar todos eles, no multiplayer online e dividir a aventura com outra pessoa ou compartilhando o controle com mais quatro amigos. Suas decisões influenciam no desenvolvimento da história, no relacionamento entre os protagonistas e no fim que eles terão.
Enquanto Man of Medan, o primeiro lançamento, conta a desventura de um grupo em um “navio fantasma” e Little Hope, o segundo capítulo, te leva para uma cidade assombrada, House of Ashes segue por um caminho bem distinto. No novo game, você controla militares americanos e iraquianos durante a Guerra do Iraque, em 2003, que acabam presos em ruínas sumérias sepultadas na areia do deserto.
Na primeira hora, você já consegue captar os sentimentos principais que o game quer te passar: paranoia e claustrofobia. As principais inspirações de House of Ashes são claramente os aclamados Abismo do Medo (The Descent) e O Exorcista, com uma pitadinha de Alien. O medo do desconhecido está sempre presente, aliado ao perigo do ambiente instável e à sensação de vulnerabilidade, seja para os monstros do lugar ou para soldados inimigos.
Exploração de ruínas antigas, especialmente sumérias, não é algo novo no terror, mas ter o controle sobre a exploração delas é muito legal. O game mantém a jogabilidade dos anteriores, com uma câmera em terceira pessoa muito “íntima”, que se movimenta devagar, pode ficar fixa em alguns momentos e às vezes se aproxima para acompanhar o ambiente pelo ombro do personagem, aumentando a claustrofobia e o sentimento de perigo.
É importante destacar que esse, assim como os outros, é um jogo lento, afinal ele não é um game de ação e sim uma narrativa com exploração. Isso, no entanto, adiciona ao clima que a aventura vai criando e se você não pode correr, qualquer ameaça parece mais letal ou assustadora.
Dessa vez você joga com militares em diferentes níveis. Os personagens são um sargento e dois operadores americanos e um soldado iraquiano. Por conta do tempo e lugar que House of Ashes se passa, o game te faz questionar qual é o principal perigo nessas ruínas; seriam os monstros à espreita ou soldados inimigos que podem surgir a qualquer momento? O elemento humano é muito presente e bem vindo, deixando as coisas menos previsíveis.
Muitos jogadores criticaram Little Hope, o jogo anterior, por conta dos personagens rasos e das escolhas no game não afetarem tanto o desenvolvimento da história. Em House of Ashes, é possível notar que a produção ouviu as reclamações e tentou elevar o novo título. Claro, eu testei apenas a primeira hora, então isso pode mudar no resto da narrativa, mas esses protagonistas são intrigantes o suficiente e as primeiras escolhas, coisas simples, já mostram muita influência na jornada.
O mais legal é que esses personagens são intrigantes, mas não são necessariamente simpáticos – é bem o oposto, na verdade. Estamos falando aqui dos exércitos americano e iraquiano e de muita violência e prepotência. São protagonistas que andam em uma área cinza e até despertam simpatia, mas se algo de ruim acontecer com eles, não é uma derrota para o jogador.
É aquele tipo de horror satisfatório, que acontece com pessoas que você não gosta muito, dá até um pouco de pena, mas só um pouco. Isso não significa que você não se importa com os personagens, mas que não vai ter medo de explorar todos os finais possíveis.
Enfim, o maior mérito de House of Ashes fica para a ambientação. É difícil não ficar encantado pelas ruínas e tomadas cinematográficas do game. A iluminação baixíssima, junto do ambiente instável e fechado, contrastam lindamente com grandes salões de pedra, estátuas gigantes e fendas onde o sol invade. Essa beleza ameaçadora te faz querer explorar tudo, para conhecer de perto os mistérios desse templo abismal.
Com toda certeza, se você ama horror, The Dark Pictures: House of Ashes é um título para ficar de olho nos próximos meses. Os mistérios da primeira hora foram o bastante para me deixar super empolgado pelo restante do game e para conhecer o fim da aventura desses personagens.
The Dark Pictures: House of Ashes tem lançamento marcado para 22 de Outubro para Playstation 4 e 5, família Xbox e PC.
E aí, o que acha da The Dark Pictures Anthology? Animado para House of Ashes? Não esqueça de comentar!
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