Oscar 2021: Nomadland conquista a estatueta de Melhor Filme do ano

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Oscar 2021: Nomadland conquista a estatueta de Melhor Filme do ano

Por Gabriel Mattos

A indústria do cinema quase parou em 2020, mas ainda conseguiu produzir verdadeiras obras de arte que competiram pelo título de Melhor Filme esta noite, na premiação do Oscar 2021. A disputa foi bastante acirrada, mas, no final, quem levou a estatueta para casa foi Nomadland.

Um momento histórico

Nomadland, o grade favorito da noite, também levou os prêmios de Melhor Direção. Dirigido por Chloé Zhao, a trama mostra a solidão da protagonista, Fern (Frances McDormand), que passou a viver como nômade nos Estados Unidos após a Grande Recessão, a maior crise econômica na história recente do país.

O filme emociona ao explorar o drama de pessoas reais, nômades de verdade convidados pela diretora do filme, com toques de uma ficção brutalmente realista.

A vitória de Nomadland na categoria principal do Oscar é um momento histórico, pois este é apenas o segundo filme dirigido por uma mulher a ganhar como Melhor Filme.

Essa também é uma notícia espetacular para os fãs da Marvel, pois Chloé Zhao também será a diretora de Os Eternos, que estreia mais tarde este ano, em 5 de novembro. Será que teremos outra obra-prima vindo aí?

Seleção incomum

De um modo geral, os indicados à categoria esse ano mostraram uma renovação nas histórias que a Academia decidiu valorizar. Apesar de ainda termos um filme que homenageia a indústria do cinema com Mank, não há nenhum épico de guerra. Na verdade, os filmes desse ano são muito mais sensíveis, focando em denunciar opressões e na fragilidade da mente humana.

Talvez o melhor exemplo dessa mudança seja Meu Pai, filme de Anthony Hopkins sob a perspectiva de um homem que sofre com Alzheimer. Também concorreram na categoria: Judas e O Messias Negro, sobre os Panteras Negras; Bela Vingança, uma sombria comédia sobre assédio sexual; O som do silêncio, o drama de uma pessoa com deficiência auditiva; Nomadland, que explora a solidão dos nômades contemporâneos; Minari, um ensaio sobre imigração; e Os 7 de Chicago, um julgamento sobre abuso de poder.

Minari reforça diversidade na categoria principal

Depois de uma série de críticas ao olhar defasado da Academia diante de uma indústria em constante evolução, para que o futuro do Oscar será muito mais interessante. Finalmente, histórias verdadeiramente diferentes começam a ganhar destaque.

O que isso significa para o futuro da premiação? Não deixe de comentar!

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