Stranger Things: Experimentos da série já foram feitos na vida real, entenda
Stranger Things: Experimentos da série já foram feitos na vida real, entenda
A série retratou experimentos que realmente aconteceram no século XX.
Stranger Things é uma das séries de maior sucesso e repercussão da Netflix, tendo cativado inúmeros fãs com suas tramas de ficção científica e suspense. Dente muitas outras coisas, a série mostra o Projeto MKUltra, utilizado pela CIA para testar as habilidades de Eleven. O que muitos não sabem é que subtrama é inspirada em um experimento que realmente aconteceu, da qual você saberá mais a seguir (via Screenrant).
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O Projeto MKUltra, ou apenas MK-Ultra, foi um programa de controle mental conduzido pela CIA nos anos 50. A operação secreta foi iniciada em 1953, e tinha como objetivo desenvolver técnicas para levar vantagem na obtenção de informações cruciais durante a Guerra Fria, através de experimentos em seres humanos. Neste caso, a ideia seria enfraquecer os inimigos através de métodos de controle mental para força-los a contar segredos e dar informações.
Evidentemente, muitos desses experimentos eram ilegais, mesmo para a época, e foram realizados em dezenas de hospitais e instituições pelos EUA, na qual cidadãos americanos e canadenses eram utilizados como cobaias. Apesar de terem tentado apagar os arquivos sobre o caso, dos detalhes sobre o Projeto MKUltra vieram a público em 2001.
Durante os testes, as cobaia eram expostas a drogas psicoativas (LSD, por exemplo), sendo, inclusive, injetados com as substâncias sem seu próprio consentimento, e, em seguida, eram interrogados para saber se iriam contar segredos que não diriam em situações comuns. Outros testes também envolviam hipnose, eletrochoque, abusos e outros métodos de tortura.
Tendo durado décadas, o Projeto MKUltra acabou sendo utilizado como parte importante para a trama de Stranger Things, em especial para o desenvolvimento de Eleven. Na série, o doutor Martin Brenner foi o responsável por realizar testes do Projeto MKUltra no Hawkins National Laboratory, onde Terry, mãe de Eleven, se voluntariou para participar do programa. Lá, Terry foi drogada com agentes psicodélicos e passou por privação sensorial. Nesse período, ela também acabou engravidando, sem saber, de Eleven, que foi tomada pelo Dr. Brenner após seu nascimento, que foi acobertado pela CIA.
Nascida com o nome Jane, a criança adquiriu poderes telepáticos e de telecinese, como efeito da exposição de sua mãe ao LSD. Renomeada como 011 (daí Eleven), a criança veio a fazer parte de um novo programa governamental, o Projeto Indigo, no qual ela, junto de outras crianças com poderes, teve seu primeiro contato com o Mundo Invertido e os demogorgons, abrindo o portal para a outra dimensão. Ela consegue sobreviver ao encontro, mas, ainda assim, os demogorgons continuaram a ser uma ameaça constante na série.
É bastante evidente a maneira que Stranger Things trabalha as ideias de conspiração que se construíram ao longo do século XX nos EUA – algumas, inclusive, ainda são bastante lembradas para muitas pessoas. Na vida real, o MK-Ultra foi desativado nos anos 70, mas muitos ainda acreditam que experimentos do tipo ainda existem nós dias atuais. Mesmo se tratando de um tema bastante delicado, muitas obras de ficção trabalham esses eventos para construir suas tramas, e também alertar o público, de alguma maneira, sobre os eventos que ocorrem no mundo. No caso de Stranger Things, os experimentos secretos do governo americano cabem bem para a trama, e também retratam bem esse episódio macabro da política americana e mundial.
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