A carreira de Robert Pattinson: Por que se empolgar com seu Batman

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A carreira de Robert Pattinson: Por que se empolgar com seu Batman

Por Dyllan Souza

Recentemente, tivemos a divulgação das primeiras imagens do uniforme que Robert Pattinson vai usar nas telas para interpretar o Batman. Esta semana, seu visual completo foi revelado em fotos tiradas do set. O traje parece trazer um visual amálgama entre o tecnológico com uma certa “experimentação”, mesclando o moderno e o clássico. Mas o que o novo papel de Pattinson como um dos maiores personagens da DC Comics pode ter a ver com a carreira atípica do ator? Bom, vamos começar do começo.

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O começo da carreira para Robert Pattinson

 

Robert Douglas Thomas Pattinson nasceu em Londres em 13 de maio de 1986. É ator, modelo e, inclusive, músico. Antes do seu papel na saga Crepúsculo, Pattinson começou como modelo, mas não deu muito certo. As agências gostavam dele pela alta do visual andrógino na época, mas depois ele acabou sem emprego no ramo por crescer e ganhar traços mais masculinos. Inclusive suas irmãs o maquiavam e o apresentavam como Claudia quando ele tinha 12 anos.

Pattinson teve sua estreia nas telas aos 18 anos. Diferentemente do esperado, foi nas telas da TV, no filme A Maldição do Anel (2004). O ator fez também uma pequena participação em Feira das Vaidades, do mesmo ano, mas que acabou sendo cortada. Em 2005, Pattinson chegava aos cinemas no filme Harry Potter e o Cálice de Fogo no papel de Cedrico Diggory, que retornaria em Harry Potter e a Ordem da Fênix (2007). 

 

 

Então veio o momento do sucesso. Em 2008, Pattinson supostamente bateu mais de três mil candidatos ao conseguir o papel de Edward Cullen na adaptação do livro Crepúsculo. O ator já revelou inclusive, que estava muito nervoso para a audição para o papel, porque achava que não alcançaria a “perfeição” que o mesmo exigia. A história a gente já sabe, ele estreou todos os filmes da saga ao lado da Kristen Stewart e sua imagem ficou marcada no personagem, principalmente no que tange sua atuação inexpressiva. O estigma de Crepúsculo pairou sobre o ator por um bom tempo entre a massa popular, visto que a saga acabou sendo ridicularizada por muitos que a acusavam de trazer uma abordagem”piegas” à mitologia dos vampiros nos cinemas. 

Mesmo assim, entre os filmes da saga, o ator fez Poucas Cinzas (2009) onde interpreta Salvador Dalí e Água para Elefantes (2011), longas nos quais foi muito elogiado pelas sua atuações e principalmente por seu trabalho neste último projeto. Críticos chegaram a dizer que ele tem um “magnetismo lento que trava o olhar do expectador sobre ele”. O talento de Pattinson esbarrava no papel que trouxe sua fama. Era hora dos críticos do ator embasados somente em Crepúsculo reverem seus conceitos. 

A Fase Independente

Porém, o ator começou a ganhar mesmo reconhecimento e destaque em seus papéis em filmes independentes. Dos que se destacam são Cosmópolis de 2012 dirigido pelo grande David Cronenberg (A Mosca), onde o ator interpreta um milionário em busca de um corte de cabelo. A maior parte do filme passa-se dentro de seu carro enquanto o mundo fora dele colapsa. É uma atuação que depende muito do poder de presença do personagem para ocupar espaços simples como um carro e de deixar a cena com vida (mesmo que o papel o obrigue a ser um tanto indiferente). 

 

 

 

Além desse longa, o ator teve uma de suas melhores performances em Bom Comportamento (2017), dos irmãos Safdie (que fizeram Jóias Brutas, com Adam Sandler, este ano). Bom Comportamento  é um longa em que a câmera está sempre muito perto do rosto do personagem, reforçando um senso de paranoia constante, obrigando o intérprete a estar sempre carregando o filme, de certa forma, mas também paradoxalmente tentando fugir dele o tempo todo. É um pouco complicado explicar o trabalho desses diretores, mas o ponto é que se trata de uma atuação complexa que Pattinson leva com extrema maestria, onde sentimos tudo que o personagem nos passa muitas vezes só com uma expressão facial aliada a uma ansiedade constante.  

 

 

Muitos outros filmes estrearam nesse meio tempo, principalmente o seu último longa, O Farol de 2019 onde, ao lado do grande Willem Dafoe, o ator interpreta um zelador que chega para ajudar um faroleiro em uma atuação bastante bruta, por assim dizer, mas que por fim, deixa extremamente distante sua figura da imagem de Edward Cullen

O Futuro: Na Pele do Morcego

A Warner parece buscar bastante, principalmente nos filmes do Batman, algumas coisas bem específicas; por exemplo um realismo que os filmes do Nolan trouxeram à mitologia do personagem de maneira primorosa. Contraditoriamente, também há uma certa “fantasia de poder”, que talvez a influência dos populares jogos Arkham tenha deixado como legado na versão de Ben Affleck do personagem. A escolha de Matt Reeves na direção desta nova encarnação do Batman não poderia significar outra coisa: o diretor de Planeta dos Macacos mostra, não apenas nos dois filmes que realizou para a trilogia símia, mas também através de seu trabalho em Cloverfield: Monstro, uma capacidade que poucos possuem de lidar de forma séria e realista com situações um tanto fantasiosas, seja o domínio do planeta por macacos ou a invasão catastrófica de um monstro gigante. 

As imagens divulgadas até agora do novo traje seguem um certo realismo, indo na linha de uma armadura, ao invés da roupa colada como nos quadrinhos. Isso sem falar nos detalhes da costura da máscara. Ainda assim, será um universo com diversos vilões. Vilões estes que caminham para realmente seguir um molde caricato de suas psicopatias, mas que não se deixam de ser uma ameaça séria.

Pattinson e seus trabalhos recentes têm demonstrado as habilidades necessárias para conseguir trazer uma atuação complexa que abranja esse constante embate Bruce Wayne e Batman, sem deixar de lado um tom que promete de ser Sério e Fantasioso.

O tom de um Batman detetive que investiga as pistas de vilões,  muitas vezes com intenções ou armadilhas absurdas, num total Freak Show dentro do gênero dos super-heróis – uma luta constante entre realismo e loucura, algo que o universo do Batman nos quadrinhos sempre foi. A racionalidade constante do herói contra a insanidade do mundo e dos seus arqui-inimigos.  A carreira do ator reflete que ele é mais do que capaz de entregar esse personagem. 

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Já que estamos falando da carreira de Pattinson, conheça-a ainda mais a fundo através desta lista: