Supergirl: 3×16 – Entregue-se à escuridão!
Supergirl: 3×16 – Entregue-se à escuridão!
Quando a Peste chega, nossos heróis precisam enfrentar escolhas…
Depois do último episódio de Supergirl já havia ficado claro que a Peste estava chegando, trazendo seus efeitos destrutivos para o nosso planeta. Impedir Peste, que no futuro evoluiria para a Blight e causaria a morte de milhares de pessoas, era também a verdadeira missão da Legião dos Super-Heróis.
Veja bem, a própria presença da Legião no passado indica, como a Imra disse, que o que quer que Kara Danvers tentasse fazer com a Peste daria errado e que, caso não fosse morta antes, ela iria ser uma ameaça ainda pior. O que você faria nesta situação?
Se a sua resposta foi como a da Supergirl, que insistiu no mantra sem graça dos heróis de “nós não matamos”, você automaticamente se torna o responsável pelas mortes de todas aquelas pessoas no futuro. Sim, matar é errado e não deveria ser estimulado, mas proteger a humanidade significa fazer escolhas difíceis às vezes.
Mais engraçado ainda é a Kara julgar e brigar tanto com a Imra, mas não ter perdido a cabeça quando a Alex matou Astra. Nem quando o J’onn Jonzz matou a Índigo de forma violenta. Muito menos quando ela mesmo cegou seu tio Non e supostamente o matou (afinal, nunca mais ouvimos falar dele na série), ou quando ela matou sua sogra, a mãe do Mon-El no final da segunda temporada.
É no mínimo bastante tosco uma personagem que já matou – ou ficou 100% nem aí – com a morte dos seus inimigos fazer tanta cena contra a Imra, ainda mais quando ficou muito claro que Imra não teria prazer nenhum em matar a Peste, tudo que ela queria era proteger o mundo. E não é isso que heróis fazem?
Essa hipocrisia dos heróis é o que me faz preferir os vilões e os anti-heróis na maioria dos casos. Eles fazem o que precisam ser feito, sem todo esse drama, sem tudo isso de “Nós não matamos pessoas, exceto quando a gente mata porque ai pode.” Em outras palavras: Imra estava certa e talvez se tivessem ajudado a moça ao invés de atrapalhá-la, as três Arrasa Mundo não teriam se reunido no final. Parabéns Supergirl.
Ok, depois desse desabafo que eu simplesmente precisava fazer, devo dizer que adorei o visual da Peste e suas garras pestilentas, mais do que isso, eu amei o fato de que não fizeram a mesma coisa que aconteceu com a Pureza. Diferente das outras duas Arassa Mundo, Peste não quer ser salva, não existe lado humano com quem barganhar, só existe sua maldade e morte.
E isso é muito bom. Nem todos vilões precisam ter um lado bom, nem todo mundo pode se redimir. Fora que, o fato de que não existe uma consciência humana tentando lutar pelo controle da Peste, é uma excelente justificativa para sua evolução para a Blight que é ainda mais perigosa. Ou seja, ainda que no momento Peste e Pureza sigam os comandos de Reino, por não ter resistência, fica claro que Peste será bem mais poderosa – e talvez a verdadeira vilã da temporada.
Enquanto acompanhamos toda a discussão moral entre a Imra e a Supergirl, a série finalmente corrigiu o visual horrível do Brainiac 5, apostando por uma saída bastante inteligente de usar o ator sem maquiagem. É bom ver que a série ouve as críticas dos fãs pois eu realmente não sei se aguentaria ver mais daquela beleza peculiar do alienígena.
Mas além do visual novo do rapaz, vimos que boa parte do mundo perecia com os efeitos da Peste, incluindo Winn e Alex. Tenho que admitir que fiquei com um medo real de que Winn fosse morrer. Isso seria uma excelente motivação para Kara e a sua equipe contra as Arrasa Mundo, fora que né, não é como se o personagem estivesse sendo bem aproveitado na série…
Pelo menos depois de confrontar a morte, Winn parece ter ganhado um novo gás, avaliando melhor suas decisões e habilidades, o que pode resultar em mudanças significativas no personagem – e quem sabe um pouco mais de destaque.
Não faria mal algum matarem o Guardião, que além de irrelevante é interpretado por uma verdadeira porta (sério gente, você tá vendo seu grande amigo morrer pra uma praga alienígena e, mesmo assim, você não consegue chorar direito?) e dar mais tempo de tela para o Winn. É uma escolha que aposto que 85% dos fãs da série iriam aprovar.
No meio de todo esse caos, Lena Luthor continuava sua jornada desesperadora de ajudar Sam, tendo que torturar sua amiga com choques para conseguir avançar em suas descobertas. Inclusive, seria errado começar a shippar Lena com a Sam? As duas têm uma química muito boa, fora que a história delas é mil vezes mais interessante do que LenaXGuardião…
Toda a jornada de Sam e seus diálogos com a Reino também foram bem interessantes, especialmente por mostrar que mesmo que seja uma partezinha pequena, parte de Sam deseja aquele poder, deseja ser incrível e invencível. E é isso que assusta tanto a humana. Como ela mesmo disse, foi como um confronto com sua própria Sombra, encarar tudo aquilo que ela reprimiu, escondeu ou rejeitou de si mesma, mas que faz parte dela. Isso só trouxe mais profundidade para a personagem, mostrando que todo mundo possui um lado mais obscuro.
Infelizmente, apesar de Lena aparentemente ter conseguido encontrar respostas, Sam foi raptada pela Pureza e Peste, se transformando em Reino e mostrando que se o time da Supergirl não conseguia bater de frente com uma Arrasa Mundo, não vai ser agora que eles irão conseguir.
Como a sinopse do próximo episódio indica, Supergirl não irá reagir muito bem ao segredo de Lena, o que talvez finalmente culmine no ponto em que a Luthor descobre a identidade secreta da heroína (afinal, vemos Kara Danvers cada vez menos, então não é como se isso fosse afetar muito a dinâmica da série…) e talvez finalmente se junte ao time da moça de uma forma mais ativa.
Mas o que vocês acharam desse episódio, das questões morais levantadas pela Supergirl e tudo mais que rolou essa semana? Comentem!
Não deixe de conferir o promo do próximo episódio, assim como a nossa galeria da série:
Supergirl vai ao ar toda segunda-feira na The CW, as reviews do episódio saem toda quarta-feira aqui na LH!