Dragon Ball Super: Ep 122-129 – O melhor de Dragon Ball está em seu Instinto… Superior!
Dragon Ball Super: Ep 122-129 – O melhor de Dragon Ball está em seu Instinto… Superior!
Faz um tempo que não venho comentar Super – e não por falta de qualidade, ou vontade, mesmo que um ou outro episódio tenham sido bem filler. Estamos de frente com o fim da saga que reviveu Dragon Ball de forma excepcional depois de tantos anos e, com a despedida próxima, é necessário conversar sobre os últimos passos do anime.
Parece muita coisa, do 122 ao 129, mas, como o próprio Vegeta disse no episódio dessa semana, o Torneio de Poder foi muito rápido. No entanto, muita coisa aconteceu sim. Depois de muito, muito, muito clamor dos fãs – inclusive meu – o Príncipe Saiyajin teve seu momento de glória. E que glória, meus amigos!
Vegeta resolveu que teria que resolver as coisas por si mesmo e partiu, sem ninguém esperar – mesmo – para cima do Jiren e tivemos um grande arco de crescimento do personagem. É possível afirmar que ele nunca foi tão bem tratado pelo anime como foi nesse final de Super – talvez na época Majin, mas só talvez, ela ainda é um tanto melodramática demais. Nunca houve a mínima chance de ele vencer o imponente Cinzento, não agora. Isso não o impediu de tentar de novo, de novo, de novo, explodir seus poderes mais e mais, atingir um Beyond Blue e manter seu orgulho intacto até o fim.
Em outro canto, o melhor personagem do Torneio de Poder, sem pensar duas vezes, foi o Androide 17. Quem teve a ideia de resgatar o rapaz do limbo da Saga do Cell foi um gênio. 17 não permaneceu até o fim por força, ainda que sua fonte de energia infinita calhou várias vezes – e se não fosse um ser tão poderoso quanto deuses na Arena, talvez tivesse até garantido a vitória – mas por inteligência e estratégia.
Seu arco, junto do Vegeta, foi um dos melhores de Super quando vimos um “Androide” se tornar mais humano que qualquer outro. Seu sacrifício final foi digno de um herói e tirou o estigma de Super de não matar ninguém. Se alguém realmente merecia vencer o torneio por participação, o 17 ganharia um barco do tamanho de um universo.
Gohan, do time final, por outro lado, foi mais humilhado nessa saga do que depois que decidiram que ele não merecia ser protagonista na Saga do Boo. O líder do Time 7 teve tanta liderança quanto o Kuririn nessa história. Não foi desenvolvido, perdeu para um truque antigo e, sendo sincero, ninguém se importou.
Mas aí entram os melhores capítulos: a ascensão do Deus da Destruição, Toppo. Todo o tratamento que deram para aquela batalha foi fenomenal e a transformação do personagem casou com o fechamento de arco que estava para acontecer. Ele não era um inimigo para o 17 ou para o Freeza – ele seria um inimigo para o Freeza, se continuasse acreditando na justiça. Se tirassem o Jiren da jogada, o Toppo era o final boss perfeito para uma saga, com um visual assustador, brutal e que sim, teve toda a construção necessária – estamos conhecendo o personagem desde o episódio 80 e alguma coisa.
O Toppo estava ali para o Vegeta. Começamos Super com o Príncipe Saiyajin revelando seu trauma dos Deuses da Destruição e, em seu confronto mais importante, ele precisa enfrentar um valendo a vida do seu universo, da sua família, seu orgulho e, mais ainda, de um universo onde sua raça ainda existe e prospera. Toppo é a antítese do Vegeta: nunca vimos o guerreiro negar seus ideais; o vimos amadurecer, construir novas ligações, mas ele nunca traiu a si mesmo. Tanto que tivemos o Majin Vegeta para confirmar isso. O Toppo desistiu de si mesmo por poder. Não foi apenas um embate entre o Vegeta e um Deus da Destruição – que, diga-se de passagem, era sim um verdadeiro Deus da Destruição, ele obliterou metade da arena em uma cena fantástica. Foi um embate de ideais onde o orgulho Saiyajin venceu.
Tivemos também um pouco do passado do Jiren, que não deixou muita gente contente, desviou bastante do personagem do mangá, mas condiz com o que foi mostrado do Cinzento do anime. Pessoalmente, eu não enxergaria muito ali, criando conspirações sobre Anjos ou ele mesmo sendo o próprio assassino. Quem sabe. Sinceramente, isso só confirmou que, para o anime, ele foi criado como alguém que representa o máximo de poder que pode existir SEM ser o Rei do Universo e seus subordinados, basicamente um Saitama sem senso de humor. Jiren e sua história não são e não precisam ser interessantes, ele não é um vilão; o que importa é como os personagens ao redor lidam com ele.
Depois do esgotamento com o Toppo, ainda em pé, Vegeta deu mais um show para os fãs, tentando lutar sem poderes contra o ser mais poderoso com quem já cruzou. Vocês podem dizer o quanto for que é coisa de fã, mas esse é o motivo que me fez ficar apaixonado pelo personagem: a persistência e o orgulho inabaláveis que ele traz desde que surgiu, por mais que, no começo, fosse algo medonho. Algo que nunca esperávamos ver, porém, era o hoje herói caindo da Arena chorando por não cumprir sua promessa, deixando como legado todo seu orgulho e poder para o seu maior rival e amigo. Isso é uma cena icônica.
Enfim, chegamos ao 129 e, meus amigos, que episódio. Dragon Ball honrou o Super no título e entregou o Ultra Instinct da melhor maneira possível, ainda que muita gente possa reclamar de reciclagens de cena da abertura e tudo mais. Foi uma luta linda, de tirar o fôlego e, em VÁRIOS momentos, emblemática. Quando o Vermut está dando tudo como ganho e o Vegeta retruca, relembrando do quão rápido foi o Torneio e como os Saiyajins, desde ele mesmo, ao Goku, até a Caulifla e a Kale, cresceram absurdamente nesse curto período de tempo, foi um belíssimo tapa na cara.
Algo legal de se perceber é que o Goku lutou a sério do começo ao fim. Nada de TATATATATATATA. A diferença do Instinto Superior é clara, absurda e foi mostrada de forma belíssima. De todos os momentos, vale citar quando o Jiren encurrala o adversário com uma sequência insana de ataques por cima, enquanto o Goku usa seus braços em uma velocidade ainda mais absurda para criar uma barreira e se defender. Mas a cena que foi de arrepiar, que fez qualquer fã levantar, ir para a beirada da cadeira e perder a respiração foi outra.
A transformação no Instinto Superior final, aperfeiçoado, foi a coisa mais épica que Super trouxe – e olha que o Golden Freeza sailor moon é bem bonito de se ver. O Goku se transforma no meio de uma galáxia, um universo todo de poder. Para se igualar, o Jiren libera toda a sua fúria. Mas a nova forma do protagonista derruba aquilo como se fosse uma bolha de sabão e libera ataques tão grandiosos que o Cinzento provavelmente nunca esperou ver. Coberto em uma aura brilhante, com cabelos e olhos prateados, o sonho de muitos fãs das antigas – estou olhando pra vocês, criadores de fanfics das épocas AF e até anteriores – nasceu na forma do Instinto Superior.
O que torna isso mais épico é a reação dos outros personagens. Os Deuses da Destruição, que até agora apenas contemplavam a luta entre os universos, se levantaram, um a um para ver de perto o mortal que atingiu um estado tão divino, que talvez nem eles mesmos tenham conseguido. Mais ainda: quando vemos o Beerus olhando para o Goku, entendemos no sorriso um tanto raivoso dele que sim, possivelmente ele foi superado, enquanto o Whis só está contente pelo aprendiz. Vale nota o espanto do Daishinkan também, que não mostrou uma expressão tão forte durante o torneio todo.
De arrepiar, né? Com dois episódios restantes, só nos resta aguardar o que mais Super tem reservado. Sabemos que a batalha final será intensa, afinal, o Jiren não está todo acabado à toa. O que vocês acham? Não esqueçam de comentar!
Ah, não esqueci do Freeza. Eles só querem que esqueçamos. Quero deixar ele guardado para o momento certo. Vocês sabem que ele vai voltar ainda. Afinal de contas, nós não vimos e nunca veremos a forma final dele.
Confira nossa galeria com imagens do penúltimo episódio de Dragon Ball Super: