Arrow: 6×22 – O momento Tony Stark!
Arrow: 6×22 – O momento Tony Stark!
Ou quase isso.
Arrow se encaminha para um final de temporada bem explosivo. Apesar de alguns momentos extremamente chatos e previsíveis, o capítulo 22 da sexta temporada, “The Ties That Bind“, trouxe aquele que pode ser o maior momento na carreira de Oliver Queen, que resolveu que não tem mais nada a perder.
O capítulo foi recheado de ação e teve pouco de desenvolvimento da história. Até por conta de ser o penúltimo da temporada, sem qualquer espaço para desenvolver mais do que já fez em todos os anteriores. Este ano de Arrow parece ter durado uma eternidade e esperamos que, pelo menos, seu fechamento seja digno do que vimos em seus momentos conclusivos.
Após decidir que mataria Oliver e todo mundo próximo dele, Ricardo Diaz envia suas forças para atacar as “vidas normais” dos nossos vigilantes, incluindo inocentes que poderiam ser pegos no fogo-cruzado, como as crianças de Oliver e René. O grande ponto fraco neste sentido é que o único que se prejudicou no ataque foi Curtis, que teve seu namorado baleado – é sério mesmo que vocês sempre colocam o maior sofrimento para os poucos gays da série, senhores roteiristas?
Mas certo, foi apenas um momento entre tantos que tivemos nos pouco mais de 40 minutos de todo o episódio, que foi recheado de balas voando. Muitos planos mirabolantes para tentar pegar Diaz com “calças curtas”, mas ele continua surgindo dois passos adiante da Equipe Arrow. Mesmo no momento em que Felicity descobre a possibilidade de derrubar o vilão com os dados roubados de seu pendrive, ele contra-ataca de maneira que deixa nossos heróis sem nada. De novo.
As partes previsíveis que cito envolvem aquelas conversas mega-carregadas e desnecessárias que rolaram entre os personagens, lá pelo meio do capítulo. O mundo está caindo sobre suas cabeças e eles insistem em ter “DR” com seus amigos e parceiros românticos. Gente, jura que não dá para agir um pouco mais e deixar esse tipo de conversa para depois? Não é exatamente urgente e ficar um pouquinho triste não vai matar ninguém. Vocês são adultos, comportem-se como tal.
E é claro que também tivemos algumas mudanças de alianças e status quo para o lado dos vilões também, mas sem “DR”. Diaz resolve tudo na bala (ou melhor, na facada), quando decide que o pessoal do Quadrante não é mais tão necessário assim. Ficou um pouco inconsistente, levando em conta o quanto ele fez questão de entrar no grupinho, em um capítulo bem dramático da temporada, semanas atrás. Mas bem, não dá para exigir muito de um vilão que não é muito bom das ideias, certo?
O episódio terminou de maneira um pouco inesperada. Oliver Queen se reúne com Samanda Watson, aquela agente do FBI que estava sumida desde metade da série, e decide “sair do armário heróico”, ter aquele “momento Tony Stark” que cheguei a citar em uma análise passada e que achava que não ia mais acontecer. Bem, aconteceu, por mais que tenha sido para apenas uma pessoa. Em troca de pedir ajuda do FBI para retomar Star City, o ex-prefeito revelou sua identidade secreta.
O detalhe é a pessoa para quem ele revelou. A agente Watson pode ajudar Oliver, sim, mas não vai deixar ele sair impune depois disso. Em sua posição, ela é leal ao governo dos EUA, não a um vigilante de uma cidade pequena. A consequência disso será, provavelmente, a grande revelação da identidade do Arqueiro para todo mundo, mais ou menos como ocorre nos quadrinhos. E aí, sim, teremos uma sétima temporada bem diferente para nosso herói, agora com outro status quo.
Mas, calma. Por ora, é apenas um chute nosso. Veremos como vai terminar, no próximo e derradeiro capítulo. Com dois esconderijos a menos, grandes revelações e um brilha extra de Layla, que também andava sumida, Arrow nos apresentou um capítulo bem trabalhado, em termos de ação.
Veja ainda nossa galeria de Arrow, com imagens do último episódio: