Arrow: 6×15 – Coerência, enfim!
Arrow: 6×15 – Coerência, enfim!
E uma reunião mais do que esperada.
Quando Arrow começou, tudo era mato. Não tinha Flash, Supergirl e nem gente viajando no tempo em uma balsa flutuante, muito menos um monte de personagem que só estão servindo para encher o bolso de alguns atores que não teriam a mesma sorte nos cinemas. O episódio desta semana nos deu um gostinho deste passado, trazendo de volta um herói afastado e unindo um casal há muito tempo separado – além de mostrar uma ameaça mafiosa, como nos primórdios do seriado.
Bem, o capítulo também trouxe alguma coerência. Terminamos o episódio anterior com a Sereia Negra tentando se passar por Laurel Lance da Terra-1, como se tivesse perdido a memória. Achamos que todos iam cair neste papinho, mas seria muito melhor se a farsa fosse logo desmascarada, não é mesmo? E bem, ninguém acreditou, só o grande público, a “massa”, e a imprensa, lógico (poxa, vida…). Mas, hey! Coerência! Personagens inteligentes! Yay!
Seguindo, vemos que Laurel-má não é uma menininha burra, ainda bem. Ela, ainda assim, tenta passar seus amigos-inimigos para trás, dos dois lados. Mesmo que tente, sim, ajudar os mocinhos, ela também trabalha para o lado de Ricardo Diaz, ou melhor, Richard Dragon, como é mais conhecido nos quadrinhos. E olha, meus queridos e queridas, este episódio fez um serviço muito melhor do que o restante da temporada em nos mostrar a ameaça que é o Sr. Diaz.
Se antes ele parecia apenas um mercenário genérico, um “gangster mexicano número 2 na cena 4”, aqui ele se destacou como um verdadeiro vilão de temporada e mostrou o estrago que pode fazer na vida de Oliver, pública e particular. Descobrimos ainda que Diaz está com Roy Harper, o antigo Ricardito, Arsenal e Arqueiro Vermelho, ou qualquer nome que você prefira chamar. O rapaz está levando a pior, graças a uma possível chantagem, que pode fazer com que ele testemunhe contra Oliver Queen no tribunal.
Mas como encontraram Roy? Bem, isso pode ter sido mal explicado, mas vamos lá, é uma série de quadrinhos, não é mesmo? Da exata mesma forma que aceitamos Dinah Drake trabalhando com Quentin e Oliver naturalmente, após a grande traição que ela fez contra os dois no último episódio. Algumas coisas você precisa relevar, outras apenas pensa em resolver depois – em outros casos mais extremos, nos resta apenas interpretar o “Jeremias Muito Louco” em nossas vidas e dizer: “Deixa isso pra lá, deixa isso pra lá…”.
Ah, e não podemos esquecer da importantíssima reunião entre Roy e Thea Queen! Meu ship! Ninguém sai! Por mais que Roy Harper tenha se tornado, durante algum tempo, um personagem irritante (todo personagem dessa série teve uma fase assim, em algum momento!), é inegável que vê-lo ao lado de Thea novamente é reconfortante. Ainda mais pela pista deixada por Oliver, sobre a possibilidade de que os dois possam partir juntos, quando tudo isso acabar. Por mais que eu tenha curtido ver a irmã do herói encarnar novamente o papel de Ricartida, acho que o ciclo dela na história já se encerrou há algum tempo.
Com tudo isso, a impressão que dá é que, como citamos na análise do capítulo passado, esta temporada de Arrow finalmente engrenou. A história começou, de fato, os vilões cresceram, o time está ganhando novas formas e Oliver está frente a uma ameaça que pode mexer, de novo, com suas estruturas. Cayden James foi só um treino. O final do episódio volta a brincar com o retorno do núcleo da Liga dos Assassinos, então vamos que vamos aturar de novo as crias de Ra’s Al Ghul.
Veja ainda nossa galeria de Arrow, com imagens do último episódio: