Agentes da S.H.I.E.L.D.: 5×21 – O Último Grande Herói!
Agentes da S.H.I.E.L.D.: 5×21 – O Último Grande Herói!
O fim está chegando… e não estamos preparados!
Agentes da S.H.I.E.L.D. mais uma vez me conquista em sua emocionante trajetória como a melhor série de super-heróis da atualidade. E mais uma vez, o que sempre me fez ter interesse aqui, e que não me cativa em boa parte das outras produções televisivas do gênero, é justamente o trato dado aos personagens.
Pois bem, o mais recente episódio, intitulado “The Forces of Gravity”, mostra com excelência como a equipe de produtores e roteiristas preza por evoluir esses personagens, embora o episódio seja mais um grande segmento de ação do que qualquer outra coisa. E devo dizer: que ação espetacular!
A trama, como desde o episódio 19, está se passando continuamente, de forma que “The Forces of Gravity” começa exatamente de onde “The One Who Will Save Us All” termina. Aqui, vemos Daisy sendo levada pelo patriarca da casa Kasius, enquanto May e Coulson são presos pelos Remorath. E, como uma ameaça ainda maior, Talbot ataca o Zephyr, ameaçando a vida de Deke e outros passageiros. Na Terra, Mack, Yo-Yo, Fitz e Simmons precisam encontrar uma forma de ajudar seus aliados, de um jeito ou de outro.
Pois bem, o episódio, até agora, foi um dos mais empolgantes da temporada, em minha singela opinião. O senso de urgência e a constante aproximação do perigo tornaram todos os planos de fuga, as sequências de ação e até mesmo os momentos mais cômicos ainda mais intensos.
Além disso, é preciso dizer que, sendo uma das peças centrais por trás da série, Kevin Tancharoen consegue trazer uma direção à altura da série, valorizando muito bem a importância de cada personagem. Nesse em especial, eu fiquei muito feliz com o foco voltado para May, Coulson e Daisy, que sempre foram como a “trindade” da série.
May tem cenas de luta dignas da personagem, que como eu já disse em reviews anteriores, estava ficando muito apagada na temporada. Daisy não fica para trás, com um ou outro momento de arrancar aplausos – “Eu sou a destruidora de mundos…” – e Coulson, por outro lado, com um papel fundamental para o conceito tragicômico da série.
Além disso, outro que merece um relativo destaque é Deke. Vocês, melhor do que ninguém, sabem do desgosto que eu sentia pelo personagem. Mas de lá para cá, ele tem crescido no meu conceito. Esse episódio, em especial, mostra que ele está longe de ser apenas um personagem burro. Pelo contrário, ele é essencial para os planos de fuga.
Mas então, e sobre Talbot como Graviton?
Pois bem, desde o episódio passado, tenho dito que o que mais me incomodou foi a postura caricata de Adrian Pasdar. Sei que muitos de vocês gostam da ideia de que ele está louco pelas vozes na cabeça dele, e eu não me oponho a isso. O problema é que, na maior parte das cenas onde ele se coloca contra Coulson ou a S.H.I.E.L.D., ele estava incoluntariamente ridículo. Parecia o tipo de vilão que soltaria uma risada maligna a cada dez segundos.
Felizmente, neste episódio, isso quase que desaparece. Aqui, Graviton está muito menos grandiloquente, o que permite cenas de tensão contida, mas que não perdem o foco no perigo que o personagem representa. Por exemplo, só a sequência dele com o Homem-Absorvente, ou com sua mulher e seu filho, já me fez ter um respeito muito maior por ele do que o que o episódio anterior sugeriu. Outra coisa que me alegra é ver sua postura, como se fosse um herói à sua própria maneira… o último que a Terra precisa.
Ainda assim, há um ou outro momento em que eu preferia ele um pouco mais calculista e silencioso – e sem aquele maldito penteado e cavanhaque.
O frenesi do episódio é tão bom, que seria fácil ignorar detalhes menores, mas aqui, eles ajudam a compor a trama de uma forma muito boa. Gosto da ideia de que a temporada está vindo para “fechar um ciclo” dentro da série – que felizmente não será a última temporada –, e isso fez eu me alegrar, por exemplo, com a menção a Isabelle Hartley, uma personagem da segunda temporada.
Porém, o que há a se elogiar aqui mesmo são as referências a Vingadores: Guerra Infinita. Embora nenhum dos heróis esteja no meio da ação, lutando contra Thanos ou contra sua Ordem Negra, há um senso de atmosfera enorme aqui. A televisão ligada, mostrando os acontecimentos da invasão a Nova York, por si só já traz um gigantesco peso para os eventos da série, e nós sabemos muito bem o que deve acontecer quando chegar ao final, caso a série chegue ao momento em que o Titã Louco estala seus dedos…
Enquanto isso, apenas podemos tomar uma decisão:
“Ou salvamos Coulson… ou salvamos o mundo.”
Abaixo, confira imagens da série:
Agentes da S.H.I.E.L.D. vai ao ar às sextas-feiras, na ABC.