Agentes da S.H.I.E.L.D.: 5×13 – Gravidade!

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Agentes da S.H.I.E.L.D.: 5×13 – Gravidade!

Por Gus Fiaux

Vocês não são novos aqui e sabem do quanto eu estava achando Agentes da S.H.I.E.L.D. meio morta nessa temporada. Digo, o começo foi surpreendente e maravilhoso, mas a trama espacial se arrastou de uma forma meio inconveniente. Felizmente, desde que os agentes retornaram ao presente, a série voltou a engatar, e mesmo que o 100º episódio tenha sido um pouco decepcionante devido à expectativa posta sobre ele, ainda assim foi um ótimo capítulo.

Mas agora, a trama voltou aos trilhos e posso ficar bem feliz com isso.

Antes de mais nada, tenho que dizer que “Principia”, o décimo-terceiro episódio da temporada, parece ter ouvido, ainda que inconscientemente, as reclamações dos fãs sobre o episódio anterior. Dessa forma, ele não apenas dá continuidade à trama, como também resgata o espiríto do que o 100º episódio pretendia fazer, homenageando a história da série até aqui.

E isso pode ser visto de dois lados diferentes, uma vez que o episódio é dividido entre dois subgrupos muito importantes. O primeiro deles – e o mais intrigante para o futuro – é o dos agentes da General Hale, que dessa vez, está tentando recrutar Werner Von Strucker – sim, o filho do Barão Von Strucker, visto pela última vez na terceira temporada, quando foi acordado de seu coma pelo falecido Lincoln Campbell.

Hale, cujos propósitos sinistros ainda não foram divulgados, usa sua filha, a letal Ruby, para seduzir e manipular Werner, para que ele possa fazer parte de sua equipe. E é o que a garota faz, ainda que não de uma forma muito convencional.

Devo dizer que, apesar de um problema bem grave – tanto Dove Cameron (a Ruby) quanto Spencer Treat Clark (o Von Strucker) atuam com a mesma intensidade que uma vassoura –, a trama dos vilões está realmente chamando muito minha atenção. E sabendo que o Homem-Absorvente e provavelmente o Superior estarão nessa jogada, só fico ainda mais intrigado pelo que está acontecendo aqui.

Por outro lado, o segundo núcleo da série é o dos agentes, que estão se recuperando da abertura da fenda dimensional e do ferimento sofrido por YoYo. Eles precisam roubar uma carga muito grande de gravitonium – um elemento químico importantíssimo da primeira temporada, e que tem ganhado bastante relevância nesse quinto ano –, e, para isso vão atrás da Cybertek, a empresa de tecnologia responsável pelo nascimento do Deathlok.

Com isso, Mack reencontra um antigo amigo, o ex-estudante da Academia da S.H.I.E.L.D. conhecido como Tony Caine – que é interpretado de forma bem divertida por Jake Busey, uma versão menos agressiva do Donald Trump por seu cabelo esquisito e sua pele laranja.

Caine ajuda Mack, Coulson e Daisy a recuperarem um carregamento roubado de gravitonium, que seria essencial para fechar de vez a fenda dimensional. E apesar de um contratempo grande causado pelos agentes infiltrados da General Hale, eles cumprem seu objetivo. E o dia foi salvo mais uma vez, graças aos Agentes da S.H.I.E.L.D.

O episódio consegue ser empolgante de uma forma que eu realmente não via desde o grande flashback de Fitz, no começo da temporada. O desenvolvimento entre esses personagens – principalmente no que tange à suas relações interpessoais –, como Deke descobrindo a verdade sobre seus avós, são o que motiva o público a se manter fisgado na série, embora  a ação também seja digna de aplausos.

Mais do que nunca, esse episódio conseguiu me deixar na ponta da cadeira, morrendo de ansiedade para saber se eles conseguiriam cumprir a missão e se Mack – um personagem que eu nem gosto tanto assim, para ser sincero – conseguiria escapar vivo, já que seu futuro não parece ser muito brilhante daqui pra frente.

Fico feliz que, pelo menos, a série vai explorar as consequências do episódio anterior, e que em vez de traçar apenas um evento comemorativo para a série, talvez todo o final da quinta temporada seja uma grande ode à tudo que já aconteceu em Agentes da S.H.I.E.L.D., já que os próximos episódios resgatarão, além do já mencionado Superior, o Fitz do Framework e Jasper Sitwell, entre outros personagens icônicos.

Isso mostra, mais do que nunca, que a quinta realmente será a última da série. Mesmo que seja renovada para uma nova temporada, tudo está se encaminhando para um fim grandioso e inteligente, e talvez, a chegada de um sexto ano possa até ser prejudicial para o que está sendo contruído.

Poderia me estender mais nos quesitos técnicos – que como sempre, estavam impecáveis, mostrando que a série, apesar do orçamento limitado, sabe aproveitar seus recursos. Mas, para ser sincero ao extremo, o que “Principia” realmente me mostra é esperança, já que a temporada finalmente está mostrando ao que veio.

O começo pode ter sido sim um pouco arrastado. Mas se a terceira e a quarta temporada – que até hoje, representam, ao menos para mim, o pináculo de qualidade das séries do Universo Cinematográfico da Marvel – nos mostraram algo é que a espera pode ser recompensada. E analisando a fundo o que tem sido feito até agora, já percebemos que esse pavio está no fim e a explosão não vai tardar a chegar…

Abaixo, veja mais fotos da temporada:

Agentes da S.H.I.E.L.D. vai ao ar todas as sextas-feiras, na ABC. Você pode sempre conferir a minha review semanal da série, todas as segundas, aqui na Legião dos Heróis.