Supergirl: 2.11-15 – Sobre Luthors e “o romance ruim”!
Supergirl: 2.11-15 – Sobre Luthors e “o romance ruim”!
Numa montanha-russa de episódios ótimos e medianos, temos Supergirl cada vez mais se aprofundando nas críticas políticas e em um romance ruim…
No décimo primeiro episódio da temporada, intitulado The Martian Chronicles – As Crônicas Marcianas em tradução-livre – demos adeus para M’gann. O episódio pegou um clichê clássico da TV (confinar os personagens em um local com uma ameaça à espreita) e conseguiu trazer algo divertido e interessante a mesa. Entre tentar descobrir quem era um Marciano Branco e ver J’onn admitindo seus sentimentos pela Miss Marte, o episódio funcionou bem como um “até logo” para M’gann.
No meio da trama também tivemos um desenvolvimento legal nos problemas enfrentados por Alex e Kara agora que Maggie está fazendo com que as irmãs Danvers não tenham tanto tempo livre juntas. Contudo, isso foi muito mais uma trama secundária e o verdadeiro destaque foi J’onn e M’gann. Já estava na hora do Caçador de Marte ter uma história somente para ele e, talvez, uma guerra contra os Marcianos Brancos, algo que a série vem sugerindo desde o começo da segunda temporada, seria um ótimo gancho e trama para o futuro.
Já em Luthors, o episódio seguinte, voltamos o foco para a ameaça recorrente da temporada: Cadmus e Lilian Luthor. A trama já pode estar cansando alguns fãs, porém, é inegável que sempre que temos um destaque maior em Lena Luthor não há como reclamar. A personagem é um dos destaques do episodio e nele pudemos ver ainda mais da amizade entre ela e Kara/Supergirl. A maneira como Kara a defende de todos que acreditam que ela realmente era uma vilã todo esse tempo é incrível.
“Um amigo não é seu amigo até que ele te defendeu em sua ausência” é uma dessas frases de tumblr da qual sempre gosto de lembrar. Mesmo que muitos fãs prefiram um romance entre Kara e Lena (existe bastante química lá, admito) é muito bom ver uma amizade saudável entre duas jovens profissionais que não precisa delas disputando sempre por algo ou alguém, além disso, não há uma relação de aprendiz e mentora – como a qual Kara teve com Cat Grant. Kara e Lena são amigas, puro e simples, algo que é muito bom de se ver em uma série onde a protagonista praticamente não tem contato com outras mulheres, exceto sua irmã.
No final do episódio, contudo, é quando as coisas começam a desandar, pelo menos, para os fãs que precisam acompanhar a vida amorosa de Kara na série. Após Mon-El declarar seus sentimentos para Kara algum tempo atrás, agora a heroína diz que também possui sentimento pelo daxamita. Quando tudo parecia certo, dons confins da quinta dimensão, surge o Mr. Mxyzptlk. O personagem é interessante, porém, na maior parte das vezes se torna apenas chato demais.
No episódio de Dia dos Namorados, Mr. & Mrs. Mxyzptlk, temos o duende da quinta dimensão que pode alterar a realidade tentando se casar com Kara; Mon-El agindo como um babaca ciumento e, salvando o episódio, Maggie e Alex tendo uma história secundária fofa, nos ensinando que mesmo que você não goste de algo, é necessário fazer pequenos sacrifícios para que um relacionamento funcione bem.
O Mr. Mxyzptlk é um personagem que possui muitas coisas interessantes para se mostrar em tela, que não dependem apenas de seu visual clássico, mas sim seu senso de humor, poderes e, principalmente, o fato de que no fim ele é apenas um agente do caos. Nada disso foi levado para Supergirl, o que faz com que a aparição do personagem tenha sido apenas para ser mais um degrau no relacionamento entre Kara e Mon-El e, agora… Agora começa:
São três da manhã de um sábado, poderia estar fazendo coisas melhores, vendo séries, ou atualizando a lista de filmes, muito atrasada. Está tocando o cover de Bad Romance do Thirty Seconds to Mars. Isto é algo que eu preciso fazer. Realmente não queria ser o cara chato que reclama quando a protagonista da série tem um romance, afinal, romance está nas melhores e mais épicas histórias, porém, aqui o problema não é o romance e sim a maneira como ele é lidado e, principalmente, o péssimo modo como o interesse amoroso é retratado.
“Kara, você é minha kryptonita” diz Mon-El para Kara em determinado momento e, esta pequena frase, descreve toda a relação entre Kara Danvers e o fratboy até o momento. O relacionamento deles é kryptonita, no sentido de que não afeta em absolutamente nada Mon-El, enquanto torna a Supergirl mais fraca como personagem. O relacionamento entre eles é ruim e tóxico apenas para Kara.
Em diversos os momentos Mon-El subestima Kara, ignora seus pedidos e nunca sequer se mostra arrependido de ter quebrado sua palavra, seja contando para todos no DEO sobre o relacionamento entre os dois ou duvidando de Jeremiah; Mon-El não possui o mínimo respeito por Kara e suas escolhas, deixando isso claro em diversos momentos. Mon-El, admitidamente, não é de todo o mal, contudo, seu romance com Kara não acrescenta nada de diferente na série – a não ser um drama desnecessário e já saturado.
Falando em Jeremiah, é no episódio quatorze desta temporada, Homecoming, que temos o inicio de uma ótima trama envolvendo o personagem e Alex. Com o retorno de Jeremiah, Alex volta a quase ser uma garotinha, ela quer que o pai a note, ela quer recuperar o tempo perdido e que tudo volte a ser como antes, algo que sabemos não ser possível. A história possibilita vermos ainda mais este lado de Alex, que faria absolutamente qualquer coisa por sua família e como isso pode ser explorado pela Cadmus.
Isso leva para a trama do mais recente episódio, intitulado Exodus. Novamente, Supergirl traz tramas políticas atuais, dessa vez, mostrando a perseguição contra aliens e Lilian Luthor decidindo “deportá-los” para seus planetas de origem; “alguns deles escaparam da fome, pobreza e genocídio” um discurso claro e simples, que pode ser aplicado não somente em aliens, como grupos de pessoas reais que buscam, não apenas nos Estados Unidos, abrigo e um refugio de seus países de origem.
Além disso, o episódio também deixa claro que Jeremiah voltou de vez para o lado de suas filhas e não será tão facilmente manipulado por Lilian Luthor, que o ameaçava, dizendo que machucaria suas filhas (a Supergirl e uma agente poderosa do DEO) e ele fazia qualquer coisa que ela queria como um cachorrinho de colo. Quando se tem duas filhas poderosas e que podem cuidar de si mesmas, é preciso confiar que elas vão se proteger de uma mega organização do mal e uma louca com acesso a armas nucleares.
Por fim, temos uma grande mudança para Kara: Ela é demitida por Snapper Carr. Obviamente que isso foi ruim, porém, o chefe chato da personagem não estava errado, o problema não foi Kara publicar a história em outro local, mas sim ter feito isso em uma plataforma concorrente a CatCo, postando uma matéria que foi feita no seu tempo de serviço e com recursos da companhia. Obviamente haveria consequências. É assim que funciona o mundo real. Contudo, é uma cena agridoce ver a heroína dizendo que Supergirl é o que ela pode fazer, enquanto Kara é quem ela é.
Nos resta saber qual será o próximo passo de Kara em sua vida profissional.
PS: Ótima referencia a Supergirl segurando Lena da mesma maneira que o Superman faz com a Lois Lane sempre que ela cai de um prédio.
PS²: Desculpa o atraso pessoal, as reviews de Supergirl continuarão semanalmente agora!
O próximo episódio de Supergirl é o crossover musical com The Flash, que começa hoje. Confira as imagens abaixo:
“Star-Crossed”, o inicio do crossover musical vai ar ar hoje, dia 20 de março.