The Flash 4×05 – As Meninas Super Poderosas!
The Flash 4×05 – As Meninas Super Poderosas!
“Eu sou um policial … EU SOU O FLASH!”
Nesta semana, tivemos a exibição do 5º episódio da 4ª temporada de The Flash, intitulado Girls Night Out (Noite das Meninas), o que é um título que resume bem o que seria este episódio. Desde antes da temporada ser lançada, nós já sabíamos que teríamos este episódio focado na despedida de solteira de Iris West, onde teríamos como principais personagens, o elenco feminino da série, com adição de Felicity Smoak.
O resultado foi um episódio um tanto quanto interessante focado nestas ótimas mulheres do Arrowverso, Iris, Caitlin, Felicity e Cecile. Principalmente quando você joga um elemento tão volátil quanto Caitlin nessa mistura. Mas antes de entrarmos no foco do episódio, já que ele é tão importante neste caso, vamos primeiro falar deste núcleo secundário que trazia os personagens masculinos da série; Barry, Joe, Cisco, Harry e Ralph.
Nós precisamos tirar um momento para apreciar o Barry Bêbado, se você não achava que o Flash era um herói “gente como a gente”, esse foi o episódio que isso mais caiu por terra. Mesmo que você não seja adepto – ou não tenha idade – da prática de se embriagar alcoolicamente para se identificar com Barry neste episódio, com certeza você já viu coisas semelhantes acontecendo e entende que o Flash nunca foi tão “humano” como nesta semana, onde ele estava comemorando sua despedida de solteiro. Em paralelo, tínhamos Joe entrando em um parafuso mental por conta da responsabilidade de ser pai novamente aos 50 anos.
Foi definitivamente um núcleo muito divertido, o que concretiza que a adição do Ralph Dibny de Hartley Sawyer, foi uma decisão muito certa e que trouxe um novo clima para a série – eu só não sei como me sinto ao ver Harry tão confortável em um strip club.
Agora vamos ao núcleo principal da série, as meninas. Sim, nós lemos muito os comentários de vocês por aqui e pela internet inteira, nós sabemos muito bem que a opinião da maioria em relação à Iris West não é muito favorável, e a palavra “chata” aparece com certa frequência. E esse tinha tudo para ser um episódio para reverter isso… Bem, tinha…
Eu, particularmente, tinha uma expectativa muito alta no episódio onde as personagens femininas seriam as principais da trama. Haviam maneiras muito eficazes e interessantes de se abordar um episódio com esta proposta, e fazê-lo cumprir seu objetivo de fortalecer as personagens de Iris, Cecile e Caitlin. Mas no fundo, o que me pareceu foi que o episódio resolveu tomar algumas decisões fáceis e alguns “discursos prontos” – um tanto quanto forçados – quanto a cena onde elas juntam punhos dizendo ‘”#Feminismo”. Por favor não me entendam errado, o problema não é com o feminismo, muito pelo contrário, eu queria que realmente fosse um episódio onde empoderássemos estas personagens, mas tudo o que ele mostrou foi uma caricatura do que poderia ter sido. Para servir de comparação, em Supergirl, nós tivemos um episódio focado no relacionamento de Alex e Maggie, um episódio com uma importância social tão forte quando este episódio de The Flash, e em Supergirl tivemos um episódio forte, impactante, natural, honesto e verdadeiro, enquanto em The Flash, praticamente nenhum daqueles diálogos sobre mulheres pareciam reais, mesmo tendo duas mulheres como roteiristas.
Porém isso fez um episódio ruim? obviamente que não! Não é uma falha que vai jogar o episódio no lixo. Ele tem grandes momento, principalmente toda a trama envolvendo a Nevasca, que ainda passa pelo seu momento Médico e Monstro, ou como Felicity ressaltou, Bruce Banner x Hulk – o que me leva a questionar, existe Marvel dentro do Arrowverso? Isso não faz o menor sentido, e ao mesmo tempo faz total sentido – e enquanto caminhamos aos poucos no crescimento da personagem, também vimos este background do que aconteceu com Caitlin, e ao que parece, nos direcionamos para um consenso entre as duas partes da personagem. O que é algo que sempre quisemos ver.
Enquanto tivemos momentos medianos, algumas coisas que o episódio trouxe neste núcleo foram muito boas, como a apresentação da vilã Amunet, interpretada pelo ícone da cultura pop, Katee Sackhoff, de Battlestar Galactica. A vilã foi interessante, bem interpretada, com uma personalidade cativante e, mesmo que em uma curta sequência de luta contra Nevasca, tenha sido um pouco mal feita, ainda assim ela apresentou uma boa ameaça que queremos ver no futuro.
Como eu disse, o episódio tinha um bom potencial para alavancar e fortalecer a personagem de Iris West, mas desperdiçou fazendo as mesmas coisas que estão fazendo as pessoas a chamarem de vários “nomes feios”, como por exemplo forçar uma liderança que ela nunca conquistou, fazer com que ela vá para a ação no lugar de policiais sem o menor treinamento ou motivo aparente, e esperou que a gente comprasse todo o ar badass da personagem simplesmente “porque sim”.
Como dito anteriormente, foi um episódio bom, mas ficou atrás da qualidade dos anteriores que estão construindo esta que vem sendo a melhor temporada de The Flash até aqui.