Arrow: 6×01 – Sem grandes surpresas na hora de descobrir quem sobreviveu!
Arrow: 6×01 – Sem grandes surpresas na hora de descobrir quem sobreviveu!
Depois de alguns meses esperando pela volta de Arrow para descobrirmos quem sobreviveu ao final explosivo – desculpa– da quinta temporada, finalmente podemos conferir o que será de Oliver e sua equipe daqui para frente.
Tenho que admitir que foi um episódio bem “ok” para um retorno de temporada tão aguardado. Não foi ruim, não me entendam mal. Muitas coisas boas precisam ser notadas nessa nova temporada, boas mudanças. Mas a falta de surpresa em quem sobreviveu a ilha e as lutas mal ensaiadas tiraram um pouco do brilho do episódio que abriu a temporada.
Vamos começar pelas coisas boas da trama.
Foi divertido ver as consequências da explosão da ilha na vida de todo mundo e como cada um está lidando com isso. Diggle teve um ferimento no peito/braço que o está impedindo de ser o guerreiro 1000% que ele sempre foi. O Detetive Quentin Lance está se torturando com a culpa de ter atirado na Sereia Negra, e foi muito bom ele não enrolar muitos episódios para contar isso para o restante da equipe e alongar essa culpa e segredo por muito tempo. E Oliver está….mais leve.
Nós podemos ver o protagonista sorrindo mais, com uma energia menos pesada, adotando um papel de pai, não só do seu novo filho, mas também de sua equipe. E foi bom ver ele mudar, depois de diversas temporadas dele se culpando por tudo, e de quebrar diante do inimigo da temporada passada, agora ele parece muito mais centrado e menos estourado. Foi realmente bom ver isso.
E para quem não curte o shipp Felicity e Oliver – o que não concordo – vocês podem respirar aliviados, que apesar daquele sentimento dos dois continuar ali, na tensão que sempre surge quando os eles estão sozinhos, os produtores parecem que não vão querer se aventurar nessa briga com o fandom nessa temporada, porque os personagens se mostraram dispostos a deixar para depois a resolução os seus sentimentos.
Agora….a parte não tão boa. E novamente, não chega a ser ruim. Apenas o que deixou um pouquinho a desejar aos fãs a série.
Nós esperamos meses para saber quem iria morrer na ilha, e claro que quem acompanhou as notícias que saíram sobre a produção já sabia algumas informações privilegiada, mas poxa, nenhum personagem relevante morreu. E o mais grave que tivemos foi Thea em coma, que nós sabemos que não irá durar e que ela irá voltar sem qualquer sequela relevante em algum momento conveniente para trama.
Quanto as mortes, por enquanto (ainda não sabemos o que aconteceu com Talia e Evelyn, por exemplo) foi apenas a mãe do filho do Oliver que não sobreviveu a explosão, que convenientemente empurrou a trama de pai para frente (não vou nem comentar ela voltando para morrer estrategicamente nos braços de Oliver e fazer o pedido final para que proteja seu filho, porque essa foi a cena mais clichê de todas do primeiro episódio). O que é bem simples, óbvio e nada surpreendente. Novamente, não é algo ruim. Mas uma explosão dessa magnitude, com todos os personagens valiosos da série reunidos, nos devolveu uma trama obvia, com os protagonistas protegidos. E quando a história não oferece perigo aos personagens principais, quando sabemos que eles estarão sempre protegidos, que não precisamos temer pela vida deles, grandes cenas assim perdem o impacto. Por exemplo, da próxima vez que tiver uma grande batalha você vai assistir tranquilamente com a certeza e que apenas os personagens secundários sem importância que correm real perigo. Uma pena né?
Quanto as lutas, a produção não parece manter uma constância. Tem temporada incríveis, com lutas super bem ensaiadas, cortes frenéticos, você sente a ação pulando da tela, e na outra…você tem aquele sentimento de série B, que não ensaiou direito os dublês. Esse primeiro episódio foi a segunda opção. As lutas não estavam “encaixando”. Dava para ver os figurantes pulando quando a câmera passava, ou se apoiando para não cair no chão. E para não parecer extremamente exigente e cricri com pouca coisa, até os protagonistas pareciam não acertar os socos nos adversários antes de eles voarem pelos ares.
Como disse, tiveram temporadas de Arrow em que as lutas foram incríveis, então não é necessariamente uma condenação para os próximos episódios. Podemos muito bem ter boas cenas de ação logo no segundo episódio, mas esse primeiro foi meio estranho. Se for arriscar opinar, acredito que quando os atores não têm coreografias incríveis, talvez planos mais fechados com cortes rápidos deem mais impacto para cena do que arriscar mostrar uma cena mais aberta e deixar claro os erros de sincronia. A proposta de passear entre os vários heróis lutando pela mesma sala é boa, e com uma equipe tão grande como temos agora na sexta temporada, talvez seja até mais frequente vermos tomadas assim, mas traz esse ônus de você poder ver a movimentação inteira do corpo do ator e de todos os figurantes na cena e acaba deixando alguns erros mais expostos.
Mas fora isso foi um bom episódio. Dando ênfase para que o uniforme do Rene que ficou muito bom, assim como as tiradas dele. Ele foi um personagem bem bacana de ver.
E quanto a cena final em que a repórter descobre o rosto de Oliver, apesar do sentimento de “já vi isso em algum lugar”, deu um bom gancho para o próximo episódio. Agora é só esperar para ver como a cidade irá receber a notícia de que seu prefeito além de lidar com a papelada da prefeitura durante o dia, também combate ao crime a noite.
E se você quiser acompanhar tudo que está saindo sobre a nova temporada de Arrow, nós separamos algumas fotos da produção para você bem aqui: