Arrow: 5.11 – Quatro vidas de um canário!
Arrow: 5.11 – Quatro vidas de um canário!
Quantos canários são necessários para construir uma história heroica? No episódio dessa semana de Arrow, os fãs mais saudosistas da Canário Negro dos quadrinhos devem ter ficado satisfeitos, enquanto a história da Talia Al’Ghul parece promissora e a trama da Felicity vai ficando um tanto obscura.
Meu nome é Tina Boland e…
Na verdade, meu nome não é Tina. É Dinah Drake. Isso mesmo, meus amigos. A personagem apresentada no final do último episódio, arrebentando uns caras em um bar de Hub City com grito sônico, também possui o MESMO nome da mãe da Laurel – e quase o mesmo da própria.
Se não fosse o nome e a introdução apressada da personagem no Time Arrow, poderíamos declarar a nova Canário Negro a melhor adição da série nessa temporada. Sim. Tina, ou Dinah, trouxe consigo TODO o clima que a heroína evoca nos quadrinhos. Atitude, visual, carisma, o verdadeiro grito sônico e ela é até motoqueira!
É nesse ponto que a coisa fica chata para os fãs da Laurel. Querendo ou não, a construção da moça nunca foi, exatamente, para se tornar a Canário que os fãs conhecem e amam dos quadrinhos – mais urbana, com uma atitude mais forte, podemos dizer até um pouquinho rock n’ roll. Ela era outra pessoa. A própria Sara, primeira Canário, tem essa personalidade mais agressiva. Então, quando os fãs pediam, exaustivamente, por mais fidelidade na adaptação da heroína, pensando no contexto geral, isso nunca chegaria com a Laurel.
Não dá para saber exatamente onde o arco da Dinah – que já é a quarta pessoa tentando carregar esse manto – vai levar, com pequenas sugestões no episódio de que, talvez, vejamos o romance entre Arqueiro e Canário acontecer. Nesse momento, só dá para julgar a apresentação da personagem e, de primeira, já é possível se apaixonar por ela.
Sobre o episódio em si, temos outra mulher forte mostrando para que veio, só que nos flashbacks. Talia Al’Ghul salvou o Oliver e, pelo visto, será o estágio final do treinamento do Arqueiro antes de retornar para Star City. E essa Talia, assim como a Dinah, parece extremamente promissora, quando se mostrou uma personagem carismática, que pode levar para um grande arco ainda nesse ano da série.
Além das duas, o capítulo em si é diferente. Temos pouca Star City e muita Hub City, uma dinâmica distinta para a série que, tirando o caso de Nanda Parbat, nunca se aventurou tanto fora do território do Oliver. E isso foi ótimo. Ver o Arqueiro e seu time lutando em outra cidade chega ser revigorante, mostrando todo o potencial que o programa ainda pode explorar.
E no núcleo TI das coisas, a Felicity está entrando em uma jornada de moral um tanto duvidosa. Suas raízes de hackativista estão aflorando novamente e seu futuro parece interessante. Revivendo seus tempos de ativista gótica, a moça consegue liberar o Diggle da cadeia, então, nos próximos episódios, veremos todo o Time Arrow de volta – já que temos uma nova Canário. Bom, quase.
Qual o paradeiro de Thea Queen? A Speedy não aparece faz dois episódios, nem para fazer uma pontinha. Estamos com saudades, principalmente da moça atuando como vigilante brutal. Thea, por favor, não fique perdida no churrasco por muito tempo.
É incrível como, depois do episódio controverso da semana passada, Arrow conseguiu se reerguer muito bem aqui. Só fiquemos na esperança de que a showrunner da série não crie ódio da nova Canário também.
Arrow vai ao ar todas as quartas-feiras, pela The CW.