Arrow: 5.23 – Finalizando a melhor temporada com um ESTOURO!
Arrow: 5.23 – Finalizando a melhor temporada com um ESTOURO!
O ditado “tudo que é bom, dura pouco” não cabe aqui por dois motivos: o quinto ano de Arrow não foi nem curto e nem apenas bom. Foi uma jornada longa, porém ótima.
Pois é, galera, chegou a hora. “Lian Yu” finaliza o quinto ano de aventuras do Arqueiro Verde dando para a história do Oliver um fechamento QUASE total.
Vamos por partes. Primeiro, temos que reconhecer que foi uma ótima ideia finalizar os flashbacks exatamente onde tudo começou. Depois de cinco anos, os cinco anos do protagonista na ilha – e em Hong Kong, Rússia e os quatro cantos do mundo que ele viajou nesse tempo – chegaram ao fim. Conhecemos o Oliver de uma ponta à outra agora.
A conclusão dos flashbacks é em uma batalha tensa contra os russos e o Kovar, terminando em um mano-a-mano onde o Arqueiro está correndo contra o tempo. Ele luta contra o Kovar, mata o vilão, usa os apetrechos deixados pelo Anatoli para se fantasiar de “O Náufrago” e, enfim, assistimos aquele começo da série, com o rapaz correndo pela floresta, acendendo a fogueira com uma flecha e sendo resgatado pelos pescadores. Depois de tanta sofrência nos flashbacks, é um sentimento estranho ver a coisa toda terminar de uma forma bacana.
Para fechar com flechas de ouro, Moira Queen surge, com a série mostrando o primeiro contato entre o Oliver e ela depois do naufrágio. Extremamente emocional. Saudades, Moira.
No presente da ilha, as coisas não acabam tão bem assim.
Não vou mentir: em certos pontos, o episódio peca bastante. Comparando com o resto da temporada, as atuações, de início, não são as melhores; filmagem, efeitos, coreografia, está tudo muito okay. De início. Conforme a trama avança, fica a impressão de que gastaram todo orçamento do capítulo no terceiro ato.
Em um jogo de gato e rato meio esquisito, o Arqueiro tenta resgatar seus amigos com a ajuda da Nyssa, do Malcolm e do Exterminador. Posso dizer que os três foram adições excelentes. Enquanto a Nyssa é a mais consistente e tem a melhor – porém curta – batalha da finale, contra sua irmã, o Malcolm e o Slade estão com as melhores atuações.
É convincente a redenção do Slade? É. Ele nunca foi o Exterminador dos quadrinhos. No começo, ele e o Oliver eram amigos, ele só fica malucão um tempo depois. Sem Mirakuro no sangue e com muito espaço para pensar, o Exterminador não entra forçado na história e a relação entre ele e o Oliver é ótima. Existe rancor, existem erros; o Oliver falhou com o Slade, o Slade matou a mãe do Oliver. Mas existe parceria e um sentimento de ajuda mútuo.
O Malcolm, por outro lado, tem uma ótima atuação, mas o arco forçou. Toda a relação dele com a Thea sempre foi uma coisa muito difícil de digerir. Não melhorou agora, nem com ele se “sacrificando” pela filha. O ator disse que não deve voltar para o papel nas próximas temporadas, mas nenhum corpo foi mostrado. De qualquer forma, ele leva o figurante que se diz Capitão Bumerangue junto. Saiu com um estouro.
Outra coisa legal, longe do protagonista e do vilão, é a luta entre as duas Canários. A Dinah finalmente recebe a benção do Quentin para agir como Canário Negro e a Laurel Terra-2 está ali fazendo o papel que fez no resto da temporada – a gente não sabe direito a utilidade dela, mas não é algo ruim.
E o resto do time? Não fizeram muita coisa além de servir de vítima ou isca. Pior ficou para a Evelyn Sharp, esquecida no começo do episódio. Desperdiçaram completamente a Thea, enquanto o Curtis e a Felicity só renderam expressões de pânico. Tem a mãe do William também, que a gente nem sabia que estava na ilha – e já esquecemos também.
Enfim, é hora de Oliver e Adrian. É incrível como o Prometheus é um dos poucos personagens em Arrow que fez o Stephen Amell “atuar” um pouco mais. As cenas entre os dois foram sensacionais, as lutas brutais (na medida do possível) e tudo termina em um barco – já que as coisas começaram em um. Chase se consagrou, sem dúvida alguma, como o melhor vilão do Arqueiro.
Tudo parecia ótimo… até o momento que descobrimos a enganação da produção. Não foi Star City dessa vez, mas a finale teve sim sua dose catastrófica. Explodir Lian Yu é algo interessante? Pensando na ideia em si e na metáfora do Oliver superando seu passado, com toda certeza. Sendo racional e imaginando como o Adrian arranjou tantos explosivos assim? Não. Principalmente pela proporção mostrada.
Mais problema – e aprendemos isso com The Walking Dead – é não fazer cliffhangers tão dependentes. Esse final requer um final, isso não é bacana, não é um “mistério para a próxima temporada”. É quase uma tentativa de sequestro da atenção do público, sendo que, nesse caso, todo mundo sabe que Arrow não vai matar seu elenco inteiro. Não foi a melhor decisão esse final explosivo.
No geral, foi um bom episódio e finalizou muito bem a saga construída ao longo da temporada. Poderia ser melhor? Sem dúvidas. Mas isso não tira o mérito de Arrow de ter saído do fundo do poço direto para sua melhor temporada.
E vocês, o que acharam do episódio? Foi um bom final? Como as coisas devem se desenrolar agora? Não esqueçam de comentar! Vejo vocês na próxima temporada!
Confira nossa galeria com imagens de Arrow:
Quantas flechas o Arqueiro merece? Não percam nossa crítica sobre a quinta temporada de Arrow na próxima semana!